Uma das minhas maiores
preocupações, é saber que marca vou deixar em quem eu conheço, se
será uma boa ou uma má cicatriz, daquelas que não tem como mais
ter condições de conserto.
Quando vou conhecer uma
pessoa, procuro num bom e forte aperto de mão, olho no olho e dizer
que é uma satisfação estar conhecendo aquela pessoa, para que num
futuro encontro possa aquela pessoa estar com ânimo de me
reencontrar.
Um sorriso no rosto, algumas
palavras positivistas, para mim é um bom começo, pois a empatia
depende realmente da primeira vista.
É muito difícil desfazer um
mal primeiro encontro, as pessoas que se fazem antipáticas da
primeira vez, tem em seu semblante a característica de que não quer
sua amizade, ou para ela, você não tem a menor importância em
tê-la conhecida.
As vezes, não se trata da
pessoa, mas vai carregar uma antipatia para o resto da vida, por
causa de um simples episódio de que poderia ser evitado, com apenas
gestos mais amigáveis, ou mais amáveis.
Muito difícil você carregar
o peso de que não gostou daquela pessoa, ou do que não foi aceito
por aquela pessoa.
Os ânimos, depois de um
conhecimento, vão se perpetuar, em você e na outra pessoa, fazendo
com que vocês escolham em se tornarem amigos ou inimigos, e para
desfazer essa condição, tem que ter uma longa reflexão de uma das
partes, e também fazer com que a outra aceite esse novo ponto de
vista.
Inimaginável quando você ao
olhar nos olhos de seu interlocutor e ver uma simpatia, parece que
meio caminho já foi dado, basta agora uma pequena argumentação sua
ou da outra parte para fazer o círculo mágico que o universo
conspirou.
Se você está atrás de um
pedido, de um favor, ou de qualquer coisa, até mesmo de uma amizade,
a mágica conspira por você, e em três minutos depois você já tem
o que foi buscar.
Porém, se a antipatia for o
primeiro mostruário, pode esquecer daquele favor, daquela amizade,
daquilo que você foi procurar.
Para você desfazer essa
marca, é um processo lento, com muitas tentativas para terminar com
essa antipatia inicial.
Uma porque você não sabe o
que leva o interlocutor a agir daquela forma, ou você, e para
reparar algo que você desconhece, mesmo sendo o autor da barbárie,
é complicado a reflexão.
Afinal, você deve colocar-se
no lugar do outro, mas em todos os sentidos, para que seja lhe
esclarecido o ponto inicial daquela marca deixado em você ou na
outra pessoa.
O que passa na cabeça da
outra pessoa, ou o que ela estava fazendo e foi interrompida para ter
aquele encontro com a sua pessoa, e isso vale para você também.
Que serviço você deixou de
fazer, ou que laser você interrompeu, o como foi seu dia até o
momento de encontrar seu interlocutor.
Tenho medo, confesso, de
deixar uma mancha feia em alguém, e é por isso que procuro, ao ir
ao encontro de uma pessoa, ou de receber um desconhecido,
primeiramente em me preparar para ser recebido ou para receber.
Uma boa respiração
tranquila, uma pausa naquilo que estamos fazendo, um minuto de
silêncio, para mim resolve muito a questão da antipatia ou não.
Um sorriso, um fraternal
abraço ajuda e muito, não só a nós, mas quebra qualquer pessoa
que venha com negativismo para conosco, parece um mantra mágico de
acolhimento entre as pessoas.
E depois que isso acontece,
como falei, pode ter confiança e fé de que metade do que você
gostaria que acontecesse já foi conspirado a seu favor.
Prazer em Recebê-los
Clóvis Cortez de Almeida.