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terça-feira, 28 de maio de 2013

Acomodação


 
Não sei se falar em acomodação seria politicamente correto em um mundo onde somos quase obrigados a ser politicamente corretos.

Não podemos falar de cor das pessoas, de seu estado sexual, de sua situação financeira, de suas condição social, de seu modo de expressão, porque senão incorremos no erro de estarmos fora do contexto, completamente fora dos padrões hipócritas da sociedade.

Quando falo em hipócritas é verdadeiramente o que penso da sociedade atual.

As pessoas começaram com essa globalização verbal, com essa rapidez de comunicação, dessa velocidade de comentar, se achar no direito de dar “pitaco” na vida alheia.

Comentar sobre a vida do vizinho, do parente, das pessoas próximas e distantes, passaram a ser mais que uma simples fofoca, passou a ser o principal meio de diversão ou de observação do ser humano.

"Sabe aquele cara ali, fiquei sabendo que...", ou então "Minha nossa, fulano de tal, veja bem, não é fofoca, mas ele está saindo com fulana de tal, e veja que ela e ele são casados..., mas não um com o outro..."

"Aquele que vai na outra calçada veste peruca de touro...", ou então, "Minha nossa, minha vizinha não sabe cozinhar e se mete na cozinha..."

"Aquele cara me paga, vejam o traste que ele é..." e isso vai se juntando de uma forma que as pessoas nem percebem que deixaram de ser convenientes para ser totalmente inconvenientes.

Comecei a ter um certo atrativo ao assunto, tão logo comecei a fazer uma Pós em Direito de Família e Sucessões, e olhe que nessa matéria, o advogado que pretende atuar, tem que saber lidar com o barraco alheio.

Essa coisa de barraco mesmo, de um cara puxar a peixeira para o outro, fazer um furo na barriga do outro, ou então de ir na frente da casa da outra, puxar-lhe os cabelos, falar palavrões e até agressão feminina, que de uma forma ou de outra é hilário se não fosse trágico.

Mas quando o caso apenas é de barraco, daqueles que a turma menos instruída costuma a fazer perante uma câmera ou na presença de outras pessoas, ainda vai tudo bem.

O duro quando passa do barraco declarado e começa o barraco velado, daquele que fica ventilando no ouvido de outros suas opiniões somente para apimentar uma situação.

Não se pode dimensionar o quanto isso é prejudicial para aquele que está sofrendo da tortura escravista ou que está sendo massacrado com a piadinha dos outros, ou da instigação às brigas advindas.

Acredito que todos tem um amigo, um parente que não vê a hora de ter uma notícia nova na família para apimentar a relação, principalmente se for parentes de segundo ou terceiro graus.

Não medem esforços para dizer a outro parente, que está completamente alheio ao assunto, sobre a fulana, ou o fulano.

"Minha filha, fulana de tal está na maior traição", ou "fulana de tal está gastando mais do que pode", ou "aquele cara é frouxo, está levando chifre e não faz nada".

Mas não sabe o motivo que está levando a isso, se por um acaso é uma falta de carinho em casa, ou de um grande amor que surgiu e que apenas quer corresponder.

Situações surgem a todos os momentos, casos também, coisas também.

E o pior disso tudo é que por incrível que pareça, quando se começa uma ventilação de um boato, até mesmo de uma verdade, as coisas acontecem, e acontecem justo com aquele que começou com a boataria.

Aquela pessoa que começou a ventilar entre outros que fulana estava traindo ou que fulano estava traindo, acaba por desfazer-se de um “Amor Duradouro”, tudo isso porque encontrou uma nova paixão.

Aquele que falou que o carro do outro, acaba tendo seu veículo pifado, aquele que fica fazendo o barraco na porta de outros, acaba tendo a polícia defronte a sua casa pelo mesmo motivo.

Isso é a lei da natureza, onde "o que aqui se faz, aqui se paga". É a chamada lei do Carma, onde o retorno pode não ser imediato, mas se faz presente.

Não depende de nós, e não depende do Criador, mas sim de nossas atitudes, de nosso modus operandis.  Assim é a vida, e nos perguntamos o porquê as pessoas insistem em continuar agindo dessa maneira.

Rejeitamos intervenções, não queremos bisbilhoteiros em nossa vida, mas o complexo modo de comunicação que vivemos, na velocidade “gigatempo” que estamos vivendo, é muito comum querermos intervir na vida alheia, no comportamento de um terceiro.

É muito rápido, em segundos estamos na China, ou em segundos estamos em um ponto do Brasil, e nossa comunicação cada vez mais rápida torna-se cada vez mais imprecisa.

Vocês já conhecem a história daquela pessoa que vai contando um conto no primeiro elo da corrente humana, e quando chega ao último elo, a história já está distorcida, mas sem condição de ser consertada.

É dessa forma que caminha a humanidade, apenas a frivolidade de comentar a notícia, sem ao menos checar o porque dos acontecimentos.
Isto não é "Acomodação, é Fofoca".

Prazer em Recebê-los.

(Clóvis Cortez de Almeida)

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

VIVENDO E APRENDENDO A LUTAR


 
Não acredito muito em crédito sem luta, em vitória sem combate, em crescimento sem uma ponta de desafios acontecidos na jornada, seja ela de trabalho, de estudo, ou mesmo de vida.

É uma condição lógica, você luta você ou consegue vencer ou ganha uma baita experiência no assunto, a tal ponto que se você tiver que combater novamente a mesma batalha, ela já estará vencida pela experiência que você já vivenciou.

Não é fácil nos dias de hoje lutar, não é fácil nos dias de hoje pousar para uma luta, ou mesmo se colocar na posição de combate principalmente quando o opositor é a vida.

Para este, talvez nunca estamos completamente preparados, sempre haverá um momento em que não estamos diretamente ligados ao assunto, e assim assumimos as posições de derrota.

E é nessa posição de derrota que talvez esteja me encontrando no momento, onde, na quase ou na totalidade do assunto darei a mão à palmatória.

Discurso derrotista? Não. Apenas um reconhecimento da fraqueza que invade meu corpo neste momento, onde a dor do não vencer, não é maior do que a dor de ter tentado.

Confuso, complexo, filosófico, tudo isso eu diria talvez, se não fosse a verdade de ver a realidade que se apresenta nos quadros distribuídos nas paredes de minha mente.

Sou um investigador, pelo menos assim me considero, onde a investigação é o combustível que move esta excelente máquina cerebral que estou investido, deixando apenas para os fracos, ou para aqueles que não tem o mesmo espírito investigativo, de busca a novas verdades para velhos problemas.

Quando digo em novas verdades, é porque sempre considerei que existem múltiplas verdades para o mesmo assunto, apenas precisamos estar na observação de um ângulo, diferente da nossa zona de conforto, onde temos que combater, investigar para chegar aquela mesma conclusão.

Me coloquei ontem como uma pessoa “Tímida”, e reconheço isso, e não afasto nenhuma possibilidade daqueles que não tem esse conceito sobre minha pessoa.

Recebi também um comentário que me pedia para descrever-me, do meu ponto de vista, não de uma forma genérica, mas confesso não estou conseguindo traduzir com as palavras as ações pela pessoa colocada.

Levo uma vida, tal qual qualquer pessoa levaria no meu lugar, enfrentando problemas de forma a ganhar algumas batalhas, mas também perdendo outras tantas, que se formos colocar nos pratos de uma balança, acredito eu que as derrotas que tive, foram muito maiores que a vitória, mas que sempre vieram a me dar sustentação para outro combate.

Mas entre uma batalha vencida e uma perdida, existe um lapso não só temporal, mas também um lapso territorial, emocional, geográfico, sentimental que poderia levar em conta, se não fosse sempre chegar a mesma resposta da pergunta, o que fazer para modificar?

Sim, modificar, porque ao ganhar uma ação, não precisamos efetuar qualquer modificação nas atitudes, nas formas de agir, nas formas de enxergar a vida, porque ali foi ganho, e é daquela forma que devemos nos comportar para ganhar uma outra igual.

O aprendizado vem com o erro, e isso é mais do que certo, é lá que vamos encontrar os defeitos mais singelos que nos levaram a derrota, ao fracasso.

Então, a você que me pediu para que eu dissesse quem eu sou, sem subterfúgios, sem qualquer emendas, derrotas ou vitórias, digo que sou um homem que ardentemente procura melhor a perfeição onde ela existe, não onde dizem que existe.

Digo que sou aquele cara que ao jogar com os contrários, está sempre aprendendo a linha mais curta, mais reta para a resposta.

Digo ainda, que sempre me fazendo de advogado do Diabo, como sou muitas vezes chamado, analiso não só o que o outro tem de respostas, mas a profundidade que tive que chegar para fazer a pergunta, pergunta esta que por muitas vezes ferem e ferem fundo o coração do oponente.

Sei que um erro ao falar de oponente, mas deixemos a interpretação sisuda da palavra, para ver apenas uma palavra de conotação de embate, de gnose, de conhecimento.

Lembro-me muito bem que quando iniciei nos graus filosóficos da Maçonaria, meu pai me falou: - Chegar ao grau 33 é vencer as adversidades interpostas no seu caminho.

E não está nem um pouco errado a afirmação aqui colocada, porque realmente não é fácil ter que lutar, e estar nessa vida lutando cada vez mais por ter que sobreviver, ter que sustentar-se, ou ter que sustentar alguém.

É só nesse caminho que escolhi trilhar, é que posso realmente me conhecer, me encontrar, ou até mesmo encontrar-me na imensidão deste Universi Terrarum.

A Ordem está no Caos, e é no Caos que procuramos a Ordem, seja ela Maçônica, seja Rosacruz, seja ela o nome que queiram dar, mas o mais importante é procurar as revelações escritas nessa Ordem que procuramos.

Assim, posso até dizer UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAM INGENTIS - ORDO AB CHAO.

E a Ordem está no Caos.

Assim vou levando a vida, com análises, acertos e erros, vivendo para aprender sempre, e o melhor de tudo, Vivendo para Aprender a Lutar.

Prazer em Recebê-los.

(Clóvis Cortez de Almeida)

domingo, 26 de maio de 2013

Segunda está chegando

Verdade incontestável, inadiável, e incrivelmente preguiçosa.
Não sei se é o tempo assim um pouco frio, mas esse domingo, se não fosse o solzinho na tarde, seria como fala o locutor da Radio Bandeirantes, José Paulo de Andrade, dia “Xexelento”.
Aproveitei para dar uma volta no bairro de casa, passeando a pé para dar um pouco mais de ânimo não só nas pernas, mas no corpo todo.
Comecei observando as janelas do prédio em construção, olhando para que lado o sol batia, as casas, umas em aclive, outras em declive, umas mais bem pintadas, outras nem tanto, umas com carros na garagem outras com apenas um cachorro tomando conta da propriedade, mas o fato é que passei a parte da manhã em uma observação profunda.
Com isso, andando nas ruas, fui melhor observar melhor as perguntas filosóficas que não se calam dentro de nós, e comecei por me ater a quem sou.
Daria um livro se conseguisse transcrever em papel o que aqueles poucos segundos que se passaram em minha mente. Fui então buscando quem eu realmente sou.
Sei que não sou bom em falar de mim, mas vou tentar transcrever em rápidas palavras quem eu sou.
“Tímido”
Simples assim, e não poderia ser diferente. Não sei falar muito de mim, nem tampouco me tecer elogios ou colocar advérbios de fronte ao meu nome. Então digo sou Tímido.
Mas cá para nós, não o suficiente para não dar aquela mexida com as pessoas que já possuo intimidades, ou quem já conheço bem.
Tenho cara de bravo, como fala meus amigos, uma voz que chega a intimidar que conversa comigo, pois sempre achei falta de educação falar tão baixo que não se compreende o que o outro quis dizer, mas falando alto o suficiente para ser compreendido.
Também não sou o cara que dá bronca, mas gosto de falar, de expor minha opinião no assunto, nem que seja sério, sem muitas risadas.
Mas também não sou aquele ranzinza, cheio de não me toques ou aquele cara que não tem nada de confortável a falar para alguém ou que não pode ou não quer se expor a tal ponto de dar sua opinião.
Sou mais ou menos, mais para mais mesmo, de dar opiniões, de falar com outras pessoas, se o caso for de outros, mas se for meu mesmo, acho que a timidez entra em cena.
Sou um excelente cobrador, se o credor não for eu, se for outra pessoa que me contrate, um excelente vendedor, desde que eu não seja o dono da banca de bananas.
Convenço com facilidade quando o negócio é desacreditar, mas faço um grande descrédito quando o oponente necessita ser acreditado.
Com isso posso me considerar dos contrários.
Assim sendo, sou o tipo de cara que posso pular de alegria ao saber que amanhã é segunda-feira, e ficar extremamente chateado quando está chegando a sexta-feira, e podem contar, uma profunda verdade sobre esse assunto.
Pois bem, analiso com muita tranquilidade certos assuntos que posso me chamar de um autêntico símbolo dos contrários, onde o meu serviço na segunda-feira, começando as 08:00hs da manhã, não há nada melhor.
Como é chato você começar uma semana, lá pela terça ao meio dia, por exemplo, ou na quarta pela manhã, ou até mesmo na segunda, lá pelo meio dia.
É muito bom chegar ao escritório, abrir as janelas e dar um bom dia ao sol, à vida que se inicia.
Então, amanhã quando levantar lá pelas 05:20 da manhã, poderei dar um bom dia, tomar um banho, fazer a barba e chegar ao meu escritório antes das 08:00.
Assim digo, Bom dia escritório, que você venha me dar o que eu desejo, com muito serviço, e de muito trabalho, porque amanhã dia 27 de maio, é segunda-feira.
Estarei lá, preparado para dar início a mais uma semana, quebrada já sei, mas uma semana.
Então, Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mensagem Subliminar

                             Sou o tipo de pessoa que gosta bastante de TV, mas também faço uma grande seleção antes de começar a assistir.
Não por acaso, mas já selecionado, fui assistir a um episódio no SBT, canal 4 aqui para mim, pelo nome de “Eu, a patroa e as crianças”.
Trata-se de um episódio muito bem escrito, muito bem humorado, que sinceramente, apesar de ter assistido várias vezes o mesmo episódio, sempre acho graça com as tirada bem humoradas dos personagens.
A trama dos episódios sempre é a mesma coisa, onde o personagem que faz o papel de Pai, chamado de Caio, coloca uma lição na sua família, sempre com bastante humor, onde no final vira uma lição de moral, sempre termina bem, e raramente tem cenas externas, a maioria se passa dentro da casa da família.
Não foi diferente na última segunda-feira, aonde depois de chegar a casa, liguei a TV, e fui com a esposa assistir a mais um episódio, até mesmo porque nos canais abertos, no horário, se você espremer o controle acaba ganhando um banho de sangue, isso quando você não fica enojado com as imagens detalhadas das moto-links, dos helicópteros, e também com as imagens ao vivo de pessoas sendo seqüestradas, violentadas e violadas em seu direito de privacidade.
Parece até que a humanidade gosta disso, de tanto que tem, e todos com o sensacionalismo que lhe é peculiar.
Acredito até que não só goste de ver como gostaria de estar lá, presente, com uma atenção peculiar de quem quer ver a desgraça de outros, tal qual fazem no trânsito, quando vêem uma moto caída, seu motociclista ao solo, param o carro, deixam um imenso congestionamento, só para ver a desgraça daquele que está caído no outro lado da pista. Não me conformo com isso.
Mas voltando ao nosso episódio da TV,  que naquele dia iria passar sobre o relacionamento do Caio ao fazer um exame de Próstata, que acho que deveria ser passado mais vezes, quando percebi, não só eu, mas minha esposa também, imagem ao fundo piscando.
Fiz questão de ficar prestando a atenção só para ver se não estava vendo coisas, mas lá estava uma propaganda de um produto de beleza feminino que está muito em moda no momento.
Deu cinco piscadas rápidas, inserindo nos cérebros aquela imagem, que incutem nas pessoas o chamado “Compre Agora”.
Comentei na hora com a esposa, e ela falou que viu também a mesma imagem, que deveria ser alguma “falha” no passar o programa, e daí ficamos mais atentos a programação daquele canal.
Duas vezes mais, durante o episódio, a mesma cena, com produtos diferentes da mesma marca, foram veiculadas nesses momentos de laser que acho de muito produtivo na vida daquele que depois de um dia de trabalho, chega em casa e deseja uma diversão, por mais simples que pareça.
Com essa observação, assisti toda a programação desse canal até a hora de ir para cama, coisa que para mim, está cada vez mais cedo.
Durante toda a programação, as imagens, que comecei classificar de imagens subliminares, apareciam no meio da programação, no momento em que a atenção do telespectador é máxima.
Bom, para mim e para minha esposa, esse tipo de comunicação nada influencia, porém a uma mente em formação, pode ocorrer estragos gigantescos, induzindo a essa mente uma compra compulsiva, sem direcionamento adequado do certo e do errado.
E não precisa ser mente em formação não, basta uma pessoa pouco mais distraída, ou com a compulsão de compra, para naquele momento, pegar o número do telefone veiculado e começar a ligar para a aquisição do produto.
Me choca uma situação dessas, uma emissora que está entre as maiores do Brasil, utilizar-se de recursos abomináveis para conseguir atingir suas metas de vendas, suas metas de audiência, enfim atender o que o propagandista que as pessoas façam, ou seja, peguem o telefone, gastem seu rico dinheirinho para fazer a compra compulsiva do dia.
Conhecendo um pouco de ética de veiculação de propagandas, ética dos veículos de comunicação, sei que é proibido, por lei inclusive, pois já foi altamente testado isso nos anos de 50, 60, 70 e 80, e já foi comprovado que as pessoas que são mais suscetíveis, acabam por impulso adquirindo, comprando, ou se dirigindo a um lugar, ou a alguma coisa.
Me fez lembrar que em 1978, no cine Comodoro em São Paulo, estava assistindo a um filme, “Terremoto”, quando vários flashs seguidos de “BEBA COCA-COLA”, foi introduzido entre quadros do filme.
Do lado de fora do Cinema, colocaram na época um carrinho vendendo “Pepsi-Cola” bem na frente e um de “Coca-Cola” à uns 50 metros mais na frente.
Imaginem, ocorreu um congestionamento no carrinho de Coca-Cola, e quase sem consumidor nenhum no concorrente. Na outra sessão do mesmo filme, a experiência foi trocada, colocando na programação um “BEBA PEPSI-COLA”, e inverteram a posição dos carrinhos pelo lado de fora do Cinema.
Tal qual a primeira vez, o carrinho de Pepsi-Cola lotou, deixando o de Coca-Cola sem quase nenhum consumidor.
Foi estabelecido então, naquela época, por convenção, que estava proibido tal tipo de atitude por força da imposição que se criava nos espectadores, e começou então a veicular inúmeras matérias sobre o assunto.
Pensei que já estava pronto, que ninguém mais usaria, até ver no canal SBT, tal irregularidade.
Fica então minha indignação, meu repúdio por tal atitude que a emissora vem tomando, porque para, como falei, uma mente mais suscetível, é muito fácil a indução.
Agora é “Ligue para o número XXX, e seja um consultor do produto YYY”, amanhã poderá ser, “Faça sua Arma em casa”, ou então, “Mate aquele seu vizinho que te incomoda”, ou então “Corra mais rápido com seu Carrão da Marca X”.
Perigoso? Temeroso?
Que os Psicólogos nos orientem.
Prazer em Recebê-los
(Clóvis Cortez de Almeida)
 
 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Não, não estou maluco


Achei que já estava ficando maluco ao ouvir a notícia, ou pelo menos parte dela, narrada pelo Ministro do STF Dr. José Antônio Dias Tóffoli, com o seguinte teor: “É expressamente proibido a contratação de parentes EXCETO”... daí meu coração gelou.

Fiquei aterrorizado ao ouvir a palavra exceto de uma constituição Estadual de Goiás, terra em que vivi por quase dez anos.

É uma constituição Estadual, onde o governo do Estado prevê crime para o Despotismo, mas coloca uma pequena mas poderosa arma de burlar a contratação de parentes de primeiro, segundo, terceiro e quarto grau, para aqueles que acima da lei, se declararam Governador, Vice-Governador, Promotores, Juízes, e até mais alguns parlamentares estaduais, não constantes nesta lista.

Quase aterrorizador se não fosse verdade, quando o então Ministro Dias Tóffoli, lendo aos risos incontroláveis para os demais Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Aceitou o processo de um Promotor de Justiça do Estado de Goiás, que relatou a inconstitucionalidade  das regras Estaduais.

Por fim, relata o Ministro julgando provimento da ação, em uma pergunta ao presidente do STF se haveria alguma objeção.

Joaquim Barbosa, de pé a trás de sua cadeira, rindo então, coloca a seus pares, alguém tem alguma coisa a relatar?

Por sorte a unanimidade foi flagrada na sessão...

Prazer em Recebê-los

(Clóvis Cortez de Almeida)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Um companheiro Infernal


Fiquei abismado ao ver a notícia. O Brasil é o primeiro colocado em viciados em Crack do Mundo.

Não é exagero meu não, é sim o primeiro, e está sendo no momento divulgado pelo programa da Ana Maria Braga.

Em mil e novecentos e setenta e cinco aproximadamente, em meus livros de história, sempre lia sobre a Guerra do Ópio, onde os Estados Unidos (veladamente) contaminou a Ásia com o tabaco, ópio para melhor dizer, e depois o dominaram.

Basta assim vermos nos livros, pelo menos os mais antigos sobre essa batalha produzida e que amarga a China principalmente, a Coréia do Norte e do Sul, sobre a saúde do pessoal, de sua população, e não só pela saúde bucal ou também estomacal ou melhor, vamos generalizar, a saúde física, mas o mais importante, a saúde mental e psicológica da população.

É quase um descalabro quando vemos filmes, reportagens e documentário sobre esses países e lá encontramos oito entre dez com cigarro na boca, ou comprando ou consumindo.

Mas cigarro ainda é uma droga leve se formos levar em conta o Crack.

Desconheço toda a composição dessa pedra maldita, mas vejo os efeitos que faz em uma cabeça através dos noticiários, através das notícias sensacionalistas e não, e o que vejo é um mundo horrível.

Pessoas totalmente alienadas, sem discernimento, sem qualquer identificação com o mundo, galgando cada vez mais a vontade de saciar-se do vício, ou seja, injetando, ou melhor, fumando mais uma, mais uma, mais uma pedra de Crack.

Essa é a última, como diz o drogado, e não é. Tem sempre a última do dia, a última da semana, do mês.

Antigamente, e isso a uns dez anos atrás, diria eu, mães chorando ao ver se filho drogado, mas hoje não, digo mães fumando com seus filhos, ou melhor dizendo suas coisas, fumando com essas parideiras, as pedras que não construirão um lar, mas que o destruirão com certeza, aquilo que foi construído, talvez com muito sacrifício.

São Pedras da Vergonha, são Pedras do Abismo, que levam a uma pessoa entregar-se ao Deus dará, ou seria a Diabo dará, por seu consumo cotidiano dessa fera do alucinógeno, desse que irá aniquilá-lo senão por um período, quiçá para sempre.

O resultado, não precisamos de estatísticas para ver o que está fazendo com os consumidores, assaltos, roubos, furtos, assassinatos, violência doméstica e urbana, e numa proporção muito maior do que nossa capacidade de escrever.

A faixa etária sempre menor, antes era com dezessete anos, depois passou a quinze, depois a onze, e vezes não ouvimos falar em dependentes com nove, oito anos de vida.

Não sei se também poderia chamar de vida uma pessoa que vive vegetativamente, perambulando pela sua rodinha de usuários, sempre nos mesmos lugares, sempre com os mesmos artifícios de conseguir só mais uma vez.

Reconheço que para o Governo parar com esse círculo vicioso é difícil, mas também reconheço que não é impossível. Basta querer, basta ter vontade, vontade política diria.

Somos o primeiro colocado em consumo de Crack, que vergonha manter esse record, vergonha, vergonha, vergonha.

Os princípios são sempre os mesmos, se tem alguém que vende e alguém que compra, é porque tem alguém que fornece. E é nesse princípio que deveríamos fazer para coibir tais atitudes. Sem fornecimento, sem venda, sem venda, sem compra, sem compra, sem consumo.

Simples não!!!!!

Pois fica aqui minha indignação.

Crack, um companheiro Infernal.

Prazer em Recebê-los.

 

Dr. Clóvis Cortez de Almeida

Guarulhos, 14 de maio de 2013.

 

 

sábado, 11 de maio de 2013

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.” – (Sócrates)

Assim começa o meu blogue, com uma citação de Sócrates e tenho certeza de que este pensamento faz parte de meu dia a dia, assim como outras tantas de Voltaire, Hipócrates, Montesquieu, e outros famosos.

 

Acessei hoje meu e-mail e lá tinha uma colocação, ou melhor, um pedido, ou melhor, uma ordem “Não pare de escrever. Isso faz bem prá vc...  (Lilith)”.

 

Resolvi então rever a citação Socrática que coloquei na página inicial e fui ver a profundidade do que estava escrito.

 

Achei simplesmente fantástico com diz a citação, “desenvolva em você as mesmas qualidades da pessoa que admira”, e daí fui procurar ver as qualidades das pessoas que me rodeiam, que me seguem em uma rede social, e até mesmo que me seguem na vida.

 

Tirei algumas qualidades de um e de outro, misturei em um grande liquidificador MIX, e tirei algumas rebarbas que estavam incrustados na minha própria pessoa e “kabum”, saiu o que vi de melhor nas pessoas.

 

Comecei assim a me sentir melhor, com peso a menos nas costas, afinal comecei a ver o interior das pessoas, sua pedra bruta e seus diamantes internos, que com certeza eram em maior número.

 

Estavam todos ali, reluzentes, produzindo luz que nunca havia visto, tudo em uma coisa que tachamos como caráter, como firmeza de personalidade.

 

Estou contente, afinal pude além de ver a profundidade do pensamento que mantenho na minha página inicial, como também o seu significado no todo.

 

Assim voltarei a escrever querida Lilith, voltarei a escrever, pode ter certeza, olhando e me espelhando no que o filósofo deixou de mais profundo e complexo: começar a desenvolver em mim aquilo que admiro nas pessoas.

 

E você Lilith, é uma dessas pessoas que tenho admiração profunda.

 

Assim, Prazer em Recebê-los.

 

Clóvis Cortez de Almeida