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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Final de Ano


Esse é um tempo de festas, de alegrias, certo? Depende.
Como diz noventa e nove vírgula nove por cento dos advogados é a melhor expressão que já inventaram. Depende.
Sim, nesse caso depende de uma série de fatores. Se você está contente com o ciclo que está terminando, se está contente com a antiga porém recente lembrança que vai ficar guardado em sua memória, se está feliz com a vida que tem levado até agora, depende.
Depende também se você não deseja numa dessas viradas de um ciclo uma mudança radical para sua vida, uma coisa nova na sua vida, enfim, um objeto novo de desejo, tudo é muito relativo.
A palavra Depende aqui tem que ser absorvida dentro de nossos corações para que possamos entendê-la melhor, não deixando nenhum espaço vazio entre boas e velhas lembranças e novas e desafiantes desafios que está por vir.
Novos sonhos, novas esperanças, renovadas inspirações, amizades novas que estão por vir, um novo dia que desponta neste primeiro minuto de um dia que marcamos para se Ano Novo.
Dia Primeiro de Janeiro, o dia da transformação para muitos, o dia da Remissão para outros, o dia do Pagamento para alguns, o da Expiação para alguns, enfim “O Dia”.
Dia em que ao levantarmos de nossas camas, abrimos a janela e vemos tudo renovado, ou que vamos dormir com tudo novo de novo, mais um ano que se passa, mais um dia entre tantos do cósmico.
É o ciclo da vida, deixamos para trás algo que nos incomodava, colocamos aquele “Sapato que nos Aperta” para bem longe de nossos pés, e começamos a idealizar o novo ciclo que está iniciando.
Uma viajem, um curso novo, uma nova casa, uma nova namorada, um novo filho que vai nascer, ou um filho que já não vemos a tempo, que esperamos na porta de nossas casas, o beijo da mulher amada, o pedido de bênçãos aos nossos Pais, Avós, o abraço apertado de quem amamos de verdade, aquele novo amigo virtual que de uma ora para outro se passa a ser real, o carro novo, as balas no baleiro que são extremamente deliciosas, enfim novo ciclo.
Eu começo o meu hoje, dia trinta e um de dezembro de dois mil e doze, às vinte e três horas e cinqüenta e nove minutos e cinqüenta e nove segundos, fico esperando as vinte e quatro badaladas de um janeiro que era tão distante a alguns minutos atrás.
Uma nova vida, saúde, educação, são os sentimentos que devo levar do dias de hoje para o futuro, mas que futuro é esse?
É o futuro idealizado pelos homens, onde tudo o que começa novo, começa sem vícios, sem defeitos. É um futuro digno, que sem manchas deve ficar ou permanecer do jeitinho que foi no passado, mas com o toque do imaculado, do desconhecido que surge de agora para frente.
O que vamos encontrar é a pergunta que não sabemos responder, mas que com nossa imaginação estaremos dispostos a enfrentar.
O novo colega da mesa ao lado, o novo caso que devemos defender, uma nova doença que temos que combater, com as mesmas e velhas ferramentas conquistadas no nosso passado, não tão distante.
Prometemos em nosso interior, desejar bom dia em todos os trezentos e sessenta e quatro dias que virão, desejaremos paz ao companheiro do lado, anunciaremos amor a nossa companheira, ficaremos deslumbrados com novas conquistas, enfim, estaremos por mais um ano efetuando promessas velhas.
Promessas que vimos repetir ao longo de nossa vida, e daí eu chego a conclusão de que o novo vem, mas sempre acompanhado de velhas e boas coisas do ciclo que se finda.
Então, vamos começar novo ciclo, desejando a todos um Feliz Ano Novo, um ano de realizações, mas só para as coisas boas, de novas conquistas, desde que sejam boas para nós, de novos amores, desde que sejam estas as vontades de nosso coração, de boa saúde e nos livrando sempre do mal, aquele mal arraigado em nosso vício do ciclo que se finda.
Estou aqui hoje, para renovar as promessas, renovar os votos de amor, renovar os pedidos de perdão, ou simplesmente renovar.
E com essa palavra Renovar, é que acabo de encontrar o significado do Feliz Ano Novo, o significado desse novo Ciclo.
Então Feliz Ciclo Novo, que possa o Pai Maior, cobrir-nos com suas vestes celestiais, nos deixando com todas nossas promessas, com todos nossos amores.
Prazer em Recebê-los

Clóvis Cortez de Almeida

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ser Rico

Querem uma confidência? Nunca pensei que seria tão bom ser rico. Mas rico mesmo, de verdade, não possuidor de cédulas monetárias, mas ser rico no amplo sentido da palavra.
Nunca imaginei que poderia ser tão bom assim, e como é interessante que mudando seu status de pobre para rico as coisas se transformam.
Acompanhem-me durante alguns minutos e veja como é verdade, que não é apenas uma corrente imbecil de internet que vai deixando você cada vez mais pobre, mas com a sensação de serem ricos, mas é de verdade, troquei de Status.
Levantei hoje e fui olhar no meu perfil e lá verifiquei, Status – Pobre. Não fiquei conformado mais com essa afirmativa que o facebook tinha me tarjado, procurei o botão Status e fui nas configurações.
Achei o bendito, e bota bendito nisso, poderia alterar alí as configurações e mudar de Pobre para Rico em questão de segundos, e com foi bom.
Só tenho a falar que foi muito melhor do que esperava. Comecei recebendo votos de boas vindas ao face. Amigos que não me reparavam agora queriam desejar-me um bom dia, e até quem não era amigo me pediu solicitação de amizade.
Foi o máximo, recebi solicitação até do Barack Obama, não é o máximo isso? O Presidente dos EUA me pedindo para ser meu amigo e que era de muita consideração que eu o aceitasse, como se esse pedido não fosse um privilégio para mim.
Recebi também solicitação de convite da Rainha da Inglaterra, do Sir Paul, e também de pessoas comuns do dia a dia como a Cristina, e pasmem até do Hugo.
Eu hein? Não sou comunista, pensei cá com meus botões, mas estava completamente alegre. Era realmente Rico e Muito, mas bota Muito Rico.
Acessei então meus E-mails, que já estão quase que em extinção, mas fui lá na caixa de entrada e vi um monte de convites para jantares, almoços de negócios, chá da tarde, imaginem chá da tarde para um simples, porém agora Rico, mortal como eu.
Fui respondendo um a um, e num comentário quase que alta patente para com a esposa, ia relatando a ela a importância daquelas pessoas no mundo político, financeiro, no mundo das animações, das defesas de Estado, dos comandos de Navios, não que ela não soubesse, mas eu como Rico, precisava mostrar minha superioridade intelectual.
Eram músicos, maestros de primeira categoria, tenores, contraltos e até sopranos que se ofereciam a cantar para mim, como se eu fosse a estrela, e era, eu era Rico.
Me fiz Rico, para que fosse notado, e havia conseguido, estava mais do que feliz. Então coloquei uma roupa de sair, e peguei meu fusquinha, e cadê meu fusquinha? Procurei e quando já estava desistindo da busca, pronto a fazer um boletim de ocorrência por furto do meu pobre, mas fantástico fusca, é que fui interpelado pelo porteiro do meu prédio.
Um senhor, de aproximadamente 35 anos, muito sorridente, aclamado por toda a população do prédio como um senhor porteiro, veio ao meu encontro dizendo que o diretor daquela empresa, a da estrela na frente do capô, havia deixado no lugar do fusca uma 260K novinha em folha.
Já estava por agradecer quando vi um papel no para-brisa dizendo, não se preocupe em agradecer, você agora é Rico. Nossa, vocês pobres não imaginam como foi uma massagem no Ego.
Já nem peguei no carro, voltei a frente do meu computador só para ver meus novos compromissos para aquela manhã e ao abrir novamente a caixa de E-mails foi que percebí a real importância de ser Rico.
Saudações, você precisa atualizar a trava de segurança do seu Banco X”, outra que dizia, “Nossos mais sinceros parabéns, você conseguiu o prêmio máximo do nosso site, clique aqui”, uma outra que falava “Prezado Senhor, o depósito que combinamos já foi efetuado, clique aqui para ver o recibo”.
E foram outras também como, “Seu boleto cujo vencimento deu-se ontem, fora prorrogado para a data de hoje, para imprimí-lo clique aqui”
Foram tantos os Clique Aqui, que comecei a me questionar sobre como era ser Rico.
Cheguei a conclusão, que ser rico era ter Paz de Espírito, Anonimato, e uma caixa de e-mails sem tantos Clique Aqui.
Não tive dúvidas, entrei no Face novamente e procurei as configurações novamente e lá no Status, bem lá no Status coloquei – Pobre.
Minha vida voltou a normalidade, já não sou mais amigo do Barack, nem da Elizabeth, nem do Hugo, que só fala que sua operação se correu um sucesso, vote em mim ou em quem eu mandar.
Pois bem, voltei a ser Pobre, mas feliz, e é mais pobre quem me diz.
Prazer em Recebê-los.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E o Fim do Ano Chegou

Mais uma vez estamos gritando, Feliz Natal – Ho Ho Ho, seja bem vindo mais um ano em nosso calendário, e daí vou perguntar ao coração de cada um, o que mudou?
Sim, a pergunta foi feita para você, você mesmo que tinha planos para 2012, tinha sonhos para 2012, tinha vontades para 2012, tinha todos os bons sentimentos para 2012.
O que realmente aconteceu em nossas vidas? Para uns chegou a felicidade plena, tudo correu como queria. Aquele carro novo, aquela casa dos sonhos, o casamento, o divórcio, o namoro para aquela jovem que olhava fixa a janela de 2011, vendo o futuro em 2012 pela fresta, pelo vão que dá o encontro das folhas da vidraça.
Aquele buraco na porta, que chamamos de fechadura, será que se abriu? Será que veio aquele nosso pronto estado de felicidade, de alegria, de saúde?
Aquele que olhava o futuro através de um soro no hospital, que será que realmente aconteceu?
Não podemos entrar nos corações de cada um, mas podemos visualizar seus mais intensos momentos de emanar doces ilusões a outras pessoas.
Aquele que por necessidade especial não pode ver, não pode andar ou mesmo ouvir, o que se passa? Aquele carrancudo que a tudo briga ou a tudo faz motivo de briga, o que será que mudou.
Não sei dizer, só sei falar o que mudou para mim, porque é o único coração que não conheço, mas que com muito esforço pretendo conhecer.
Me lembro do 24 do ano passado, momentos felizes porque estava junto aos meus, mas ao mesmo tempo triste, por ter deixado no coma, amigos.
Amigos é uma coisa, que devemos ter, devemos fazer, devemos cultivar, até mesmo podar para colher o melhor que ele pode nos dar.
Perdões, Saúde, Felicidade, Alegria, Risos, Choros, Amores, Sentimentos de Perda e de Posse, tudo isso me vem a cabeça no momento, e daí pergunto a mim mesmo, o que mudou?
Muita coisa, quer dizer meu coração, mas quase nada o que diz a razão. Amo a mesma mulher, tenho as mesmas alegrias, os mesmos amigos, e então digo Tudo Mudou.
Sim, Tudo Mudou, porque os novos amigos se apresentam com o mesmo jeito, com a mesma fidelidade, com o mesmo comprometimento para comigo, e isso é uma mudança, porque olho cada vez mais com olhos de Amor de Amigo.
Minha Esposa, com a mesma dedicação, mesmo amor, mesmo carinho, e me pergunto o que mudou? E a resposta é Tudo Mudou, porque hoje a olho com olhos de muito mais amor do que fazia antes.
Meus pais, com o mesmo carinho, assim como minhas irmãs, e eu novamente venho a perguntar, o que mudou? E novamente me vem, Tudo, pois não poderia eu ter maior alegria de ter pais e irmãs do jeito que os tinha no ano passado, no Natal Passado.
E o Natal, o que mudou? Nada, e esta resposta é o que mais me assusta, pois o verdadeiro aniversariante não revindica seu dia, não faz conta de sua importância, mesmo que numa data tanto quanto arrumada para festejar seu aniversário.
Vejo casas cheias de presentes vazios, mesas fartas de alimentos que não nos alimenta a alma, pessoas que se abraçam por se abraçar, sem a gana de ter a vontade de abraçar, não falo aqui nem de amar, mas de abraçar.
Árvores natalinas brilhando com luzes que acendem e apagam num piscar de olhos, mas nossos olhos estão apenas vendo os brinquedos que serão distribuidos, correntes de luzes, fogos de artifícios que estouram no céus, fazendo-os apenas mais tristes, chorando com lágrimas de pólvora não queimada, deixando os rastros do choro divino, por nada ter mudado.
São essas coisas que nada mudaram é que me fazem querer mudar alguma coisa, e então resolvi escrever, escrever para deixar transparecer de que existe gente com o comprometimento de fazer mudar alguma coisa em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso pais, e quiçá em nosso mundo.
Quero neste Natal que se aproxima, olhar não pelas fresas de uma janela, não pelo buraco da fechadura, mas olhar pela janela aberta do meu coração, com a porta escancarada dos meus sentimentos, e pela alegria que se fará presente, tenho certeza disso.
Que este Natal que se aproxima, se aproxime corações de Filhos para com seus Pais, de Irmãos que não se falam, com amigos que já não se comunicam há muito tempo, enfim, que o Natal tenha todo o significado do Natal, todo o sentimento gerado por essa data, tão grande para o Universo, mas tão pequeno e tão particular para nós, não pelo tamanho, mas sim por ser precioso do tamanho que guardamos em nosso coração.
Fica então aqui os mais sinceros votos de uma mudança dentro de seus corações.
Que o Natal de 2012 seja diferente e igual. Diferente para os nossos corações, mas igual nas conquistas em relação aos nossos sonhos.
FELIZ NATAL A TODOS.
FELIZ NATAL A VOCÊ.
FELIZ NATAL.
FELIZ.
C.C.A.
Prazer em Recebê-los
Clóvis Cortez de Almeida

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eu ouvi isso também


Devo avisar que não sou o protagonista desta história, nem fui eu que presenciou, apenas ouvi a história. Vou mudar os nomes, é lógico para evitar de denunciar as pessoas.
Bem vamos ao fatos. Eu estava sentado no banco escolar quando fomos fazer nossa confraternização de final de ano, afinal de contas, já estamos juntos desde junho deste ano, o que faz da turma que começou com 35 alunos da Pós-Graduação em Direito, passar para apenas 10 regulares e corajosos estudantes.
Já com uma semana antes das aulas quinzenais, começamos organizar quem levaria o quê para que todos pudessem saciar sua vontade mais de bater papo do que realmente comer, apesar que ninguém dispensou nenhum pedaço de tortas, doces, bolos, sucos que foram por nós levados.
Eu já havia falado que normalmente as mulheres levariam os comes e os homens os bebes, e que eu iria pegar uma colega na casa dela, para evitar de que ela viesse com as delícias gregas que estavam prontas para nós.
Uma das colegas, apesar de me chamar de engraçadinho também falou que eu estava sendo aproveitador, imaginem só, eu aproveitador onde?
Começamos a aula, como combinado, as 08:00h em ponto e todos nós, inclusive o professor daquela turma, estávamos de olho no relógio que fica pendurado na câmera que nos filma. O tempo ia se passando, a fome foi chegando, e todos nós aguardávamos as 10:00h.
Os debates estavam acirrados quando bateu 10:00h no Mosteiro de São Bento, e nós na Paulista, com ouvidos aguçados, poderíamos ouvir as 10 badaladas nos sinos daquela igreja.
Mais do que rapidamente, fomos lavar nossas mãos e nos apropriarmos daquela fartura, daquela mesa colorida, daqueles sucos que aplacariam nossa sede.
Eram só 15 minutos de lanchinho mas não precisa dizer que como estávamos com o Mestre na Sala, estendemos muito mais que esses 15 minutinhos, afinal de contas, era nossa última aula de 2012.
Como sempre, quase para acabar o nosso tempo estendido, e longe para acabar o lanche, um colega, que agora não vem o caso seu nome, muito divertido, e diga-se de passagem muito legal começou a contar um “causo”, e como começou muita ênfase, começamos a parar nossos assuntos paralelos, para darmos início a escutar o que o Zeca falava.
Lá estava o Zeca confessando que passeava num shopping da sua cidade, e digo confessando porque não faz o gênero do Zeca tal atitude, e de repente ele fala de um desconhecido que vinha em sua direção, mas bem distante.
Logo atrás dessa figura, uma mulata daquelas de fazer fechar as lojas do shopping, ou de parar o trânsito, como se fala. Era uma daquelas mulatas que arrebenta a cabeça de qualquer português, e digo português pela célebre música que diz: “Galinha preta que bota ovo branco, mais de uma vez, pode ter certeza que o galo é português”.
Essa mulata encontrava-se próximo ao Zeca, e também próximo ao Zeca, um grupo de mocinhas, que riam e conversavam em som alto, atrás desse amigo narrador.
Também, bem a frente, em sua direção, na linha reta de sua vista, um cara, como diz o Zeca, boa pinta, bem apanhado, um terno alinhado, gravata combinando com a felicidade do ambiente, sapatos engraxados, um lenço branco que segurava em sua mão, e olhar fixo para frente.
O Zeca, cruzou o olhar com o cidadão, mas não deu a devida atenção, até mesmo porque o olhar desse cidadão, poderia estar na direção da mulata, ou da meninas que estavam próximas ao Zeca.
Mas, numa segunda olhada, Zeca começou a perceber algo pouco estranho, as meninas todas empolgadas com aquele “pedaço de mal caminho” para elas, começavam a olhar para o cidadão e darem algumas risadinhas insinuantes.
O olhar do cidadão estava fixo, e mais uma vez Zeca cruzou o olhar, desta vez com uma certa desconfiança. O cidadão agora, passa pelas meninas e continua olhando fixo e Zeca agora preso por aquele olhar compenetrado do cidadão.
O olhar estava voltada para ele. Era para ele. Zeca começava ficar transtornado, e ali começou a travar a velha e boa cruzada de olhares.
A batalha começava, com agora a insistência de um jogo, Zeca resolver aceitar, e compenetrou seu olhar nos olhos daquele cidadão.
O cidadão olhava, Zeca olhava também; o cidadão continuava a olhar e Zeca também. Foram segundos que se tornaram eternidade, e a batalha continuava.
Os olhares fixos, cada qual nos olhos de seu oponente se mantinha enquanto o cidadão caminhava e Zeca, parado, gélido, estático, ficava aguardando a reação do cidadão.
Próximo ao elevador, Zeca não se mexia, com a esperança de que fosse para a mulata o olhar, afinal de contas, a pele, os lábios, o rosto, enfim, o conjunto era para deixar qualquer marmanjo “babando”, ainda mais com aquele vestido cujo comprimento era pequeno, bem pequeno.
Um vestido florido, branco com rosas verdes, deixava aquela pele, achocolatada da mulata, muito mais doce e agradável que um “Sonho de Valsa”.
E o cidadão vinha, passo a passo, com o olhar fixo no Zeca, e este num repente volta-se para a mulata que estava logo a uns 20 ou trinta passos às suas costas, próximos ao elevador.
Não era o dia do Zeca, a mulata acabava de chamar o elevador e este começava a descer, e o cidadão de olhos cerrados para nosso amigo Zeca.
Batalha travada, agora não tinha volta. Encararia com a mesma intensidade aquele olhar, e o cidadão chegando mais perto.
Logo, faltando uns 10 passos de seu contato, Zeca olha para a mulata que já não estava mais lá, havia entrado no elevador, e o cidadão vindo a seu encontro.
A situação estava tensa, quando o cidadão se aproximou de Zeca, que sem ação aguardava com até ansiosidade esse encontro.
E o cidadão que acabara de chegar até Zeca, parou a sua frente e falou: - “Meu senhor, poderia me informar onde posso encontrar a Rua Tal aqui neste shopping?”
Rapidamente Zeca o informou, e sentiu-se aliviado por não ter levado a cantada até aquele momento já pré-anunciada.
Assim sendo, com todos os colegas, agora esclarecidos, fomos deixando nossos lanches, para tomarmos nossos assentos, e começar a aula sobre união Homoafetiva. Foi a graça a aula.
Então: Prazer em Recebê-los.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Uma outra de Minas


Todos nós temos uma predileção a um determinado lugar, e isso é científico, e uma vez comprovado não podemos deixar de ver com melhores atenções os lugares por onde passamos.
Uma das minhas prediletas paisagens aqui no Brasil, pode ser Minas Gerais, talvez pelo total desnível de seu solo, talvez pela beleza que tem essas montanhas, ou talvez seja porque não tem praia.
Confesso que praia não é minha praia, não sou de muito de ficar como um bife empanado, tal qual um camarão que vira e se revira nas areias de uma praia, pensando que uma onda gelada venha tirar o estresse do corpo, quente ou melhor, fervendo a beira mar.
Um belo fechar das árvores nas estradas, ou mesmo uma bica no acostamento de uma via, me chama mais atenção do que o soar do mar, batendo nas areias das cidades que são banhadas por esse monstro gigantesco, ainda não explorado.
Numa dessas, eu estava em Minas, como num conto já publicado aqui no blogue, passando minha lua-de-mel, em São Tomé das Letras.
Cidade pequenina, mas belíssima por ser pacata, tranquila e cheia de história, até mesmo curiosa por sua cultura hippie, do “Tô sentindo tudo, sacou?”, muito utilizada na década de setenta, quando Raul Santos Seixas, em visita aquela cidade de mais de 1.700 metros de altitude, fazia suas incursões ao mundo da fantasia.
Outros lugares também me chamam a atenção, principalmente as Europeias, onde qualquer coisa é motivo de que surja a polícia turística, que chega ao local, coloca um holofote, cerca para todos os lados, e já começam a cobrar a visitação.
Mesmo que essa parte história seja apenas um tijolo onde fulano de tal tenha pisado. Fica até meio hilário, pois um tijolo pode mesmo virar um museu a céu aberto, com cobertura televisiva, um custo módico de alguns Euros para olhar o tal tijolo, e banheiros para visitantes, uma estrutura comercial por volta do tijolo, e por ai vai.
Aqui em Minas, um pouco diferente acontece. Sabemos por terceiros que há no local uma atração turística, temos que adivinhar como chegar, pesquisar apuradamente como chegar e sair do lugar, onde nenhuma placa ou inscrição tem no local.
Em São Tomé das Letras, a cidade mística, além das pedras que dizem que por baixo delas se chega a Matchu Pitchu, uma outra curiosidade tem que ser melhor, ou melhor, tem que ser divulgada para todos os Brasileiros e principalmente para turistas estrangeiros, trata-se da Ladeira do Amendoim, ou Ladeira do Sobe Sozinho.
É um fenômeno raro, senão único na natureza, onde a lei da gravidade é ao contrário, e que não existe uma regra definida para o que é de baixo, e o que é de cima.
Pois bem, terminando meu passeio pela cidade, fiquei sabendo desse lugar e fui buscar no mapa (não tinha ainda o Google pelo celular) e seguimos em direção a esse pitoresco lugar.
Pegamos agora uma estrada asfaltada, e rumamos em direção a São Paulo, mas de olho nas placas para ver onde seria essa tal Ladeira.
Em uma plaquinha, digo plaquinha porque não passava de um pedaço de lata indicando à direita o local pitoresco. Quase num reflexo tardio, virei o carro, sem atrapalhar o trânsito zero daquela estrada, e segui então a placa indicatória.
Passei por alguns cactos no meio da estrada de terra, uns buracos cuja estrada estragava a profundidade deles, um portão com uma Empresa de Mineração, e daí, mais uns mil e quinhentos metros afrente a tal Ladeira do Amendoim.
Bem, é muito legal a regra da gravidade no lugar. Parei o carro no topo da ladeira, e daí na parte de cima fui saindo com o carro. Incrível, mas tive que colocar uma primeira no carro, e fazer uma aceleração mais forte, e consegui então descer com o carro.
Não satisfeito, fui colocar a ré para subir a ladeira. Nem precisou, o carro voltou só e subiu com muita facilidade a ladeira.
Parei o carro no cume da ladeira, falei para esposa sentar-se no lado do motorista, desligar o carro e fui até a traseira do carro para empurrá-lo ladeira abaixo.
Era o mesmo que tentar subir um peso gigantesco por uma escada onde não haveria corre-mão, ou qualquer ajuda para fazê-lo.
Eu, um metro e setenta e oito de altura, naquela época com setenta e oito quilos, uma força gigantesca, não conseguia mover o automóvel de mil e duzentos quilos para frente, ou seja fazê-lo descer, mas no caso em tela “subir”.
Pedi então ajuda para minha esposa que juntou-se a mim nessa empreitada. E nada. Não conseguimos mover um metro e meio do carro.
Subimos, demos partida no carro e novamente colocamos a primeira e daí sim, descemos a ladeira. Ao chegar lá em baixo, colocamos o freio de mão e descemos do carro. Fotografamos, e daí resolvemos soltar o freio de mão.
Minha esposa, preocupada começou a correr atrás do carro, gritando, meu carro, meu carro, e lá foi ele subindo sozinho a ladeira, parando suavemente no seu cume.
Ficamos maravilhados é claro, mas precisava de mais um teste, afinal o carro é de metal e poderia ser uma inversão magnética da região.
Não tínhamos nas mãos nenhum objeto de borracha, então tive a brilhante ideia. Como estávamos sós naquele lugar, e eu morrendo de vontade de tirar a água do joelho, fui até a parte mais baixa da montanha, abri o zíper criteriosamente, e fui fazer xixi.
Comecei a me aliviar, quando percebemos que o líquido começava a subir sozinho a ladeira. Prá que, comecei a tomar mais e mais água, só para testemunhar tal fenômeno.
Um barato, mas digo, falta aqui o espírito de mostrar fenômenos como este ou lugares pitorescos, como este que ocorre no interior de Minas, e fiquei sabendo também que em Belo Horizonte também tem uma Ladeira do Amendoim, ou Ladeira do Sobe Sozinho, só que sem divulgação.
Uma pena, o Brasil, que conheço como a palma da mão, pois já estive de norte a sul, de leste a oeste, não dá valor a fenômenos que se fosse na Europa, já teria como falei, um belo holofote, um pedágio, um restaurante, um banheiro, e outros artefatos que fazem parte de uma visitação turística, além das placas nas estradas.
Meu carro, meu carro, meu carro, foi a frase que não sai da cabeça quando penso na Ladeira do Sobe Sozinho.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Tem Coca í na Geladeira


Para quem me conhece pelo menos a 30 exatos anos sabe que sou uma pessoa sem vícios. Sem nenhum mesmo. Nada de Cerveja, Vinho, Pinga, Vodka, ou cigarro, baseado, maconha, crack, nada que possa aviltar minha pessoa.
Não que um dia tenha feito parte da minha vida, mas já cheguei a fumar cigarros, dois maços por dia de Continental, nunca menos, nunca mais, mas foram 6 anos seguidos.
Quando morei em Anápolis-GO, trabalhei por um bocado de tempo na Cervejaria de Brasília S/A a famosa CEBRASA, onde fui gerente do Posto de Serviço do Banco Real, que fazia-se presente na Empresa, e toda vez que perguntavam para meu filho mais velho, o Ygor, o que seu pai foi fazer, e lá vinha a resposta: Foi beber Cerveja.
A fama não faz a cama como dizem por aí, mas ainda me lembro quando minha filha Àgnes nasceu, a Cebrasa me deu uma camisa com a inscrição: O Prazer de Fazer Bem Feito. Não era uma inscrição jogada ao vento, mas sim para fazer a publicidade de uma cerveja que estavam lançando, a Malte 90.
Bem, vamos deixar essa parte de lado e vamos ao que interessa de verdade.
Passou então 20 anos quando conheci minha Esposa Lourdes, e papo vai, papo vem, quando resolvemos então nos casar.
Gostaríamos de fugir, esse era nosso sonho de consumo, baseado em fatos Reais de filmes que assistíamos juntos separados fisicamente, mas na mesma bat emissora, bat canal e na mesma bat hora.
Como esse sonho teria que ser frustrado, tanto pelo coração dos pais dela como os do meus pais, resolvemos então fazer nosso casamento em 24 de Dezembro de 2005. Já pensou que data cabalística essa? Não poderia ser melhor.
Fomos ao nosso apartamento, arrumamos tudo por lá, ela foi para casa dela tomar banho (isso porque os sogros não permitiriam tal atitude enquanto não nos casássemos), eu fiquei no apartamento, arrumei as malas e esperamos a noite chegar.
Não preciso dizer que foi uma longa espera essa, das cinco da tarde até as nove da noite, hora da Ceia Natalina Portuguesa, também conhecida como Consoada, para então unir-nos até o fim.
Assim fizemos, terminamos a Consoada e rumamos a casa dos meus pais, que também levaram um baita susto, é claro.
Saímos da casa dos meus pais, lá pela meia-noite, e fomos..... deixa pra lá, é intimidade demais para ser escrita.
Já no dia seguinte fomos rumo a São Tomé das Letras, uma pacata cidade no interior de Minas Gerais.
Para variar, e só para variar, pegamos todas estradas vicinais, e então a primeira surpresa, Dezembro mais Chuva associado a uma estrada de terra, virou Barro Puro.
Era um tal de gira volante para direita, vira para esquerda, pisa no freio e no acelerador, e lá chegamos. Não preciso também falar que ficamos p da vida ao saber que paralela a nossa estrada havia uma novinha de asfalto recém-criado.
São Tomé das Letras, ficou conhecida no tempo de Raul Seixas como a Cidade do Tudo Bem, entende?
Fomos visitar a cidade, deixamos o carro na rua, ou seja no estacionamento do Hotel, e vamos andar.
Tem diversos lugares muito bacana naquela cidade, e só para fazer um parêntesis, o único PM da cidade, deixa no portão da Delegacia, sempre fechada, o número do Celular particular, com os dizeres: Qualquer ocorrência, basta me ligar. Bem irônico, mas como lá não tem mesmo ocorrências, vale a pena pelo aviso.
Umas escadarias de pedra, uma gruta que reza a lenda que vai dar em Machu-Pitchu, no interior dos Templos Sagrados dos Maias, e uma pedra misteriosa, que teríamos que subir para atingir seu cume.
Um buteco ao pé da subida, era a única indicação do início da jornada da Pedra.
Começamos a subir, vagarosamente, ao nosso rítimo, pois estamos falando de dois jovens de vinte e tantos anos. Melhor não fazer as contas não é.
Mas os passos mais vagarosos nos ia deixando cada vez mais sem ar, ficava rarefeito, e mais nossas pernas já não nos ajudava a manter-nos em pé.
A Lourdes parou nos cinqüenta primeiros metros e sentou-se numa espécie de muro de pedra, criado naturalmente, e falou para mim, que desejava um suco ou um refrigerante para aguentar a subida.
Bem, eu mais moleque, desci os cinqüenta metros em uma carreira de fazer gosto, chegando rapidamente ao buteco ao pé da montanha de pedra.
Cheguei colocando metade da língua para fora, e a outra metade também, recuperei o fôlego e fui pedir ao balconista um refrigerante, o mais comum: Uma Coca.
O balconista ao ouvir meu pedido: “Me dá uma Coca” "por favor", me olhou assim, daquele jeito mineiro de olhar, raspou a mão direita na barba, cujo barulho de lixa se ouvia do outro lado da cidade.
Me olhou de cima em baixo, para ver se eu não estaria grampeado, e num gesto rápido me chamou em um canto daquele bar.
Falou a seguinte frase: “Olha moço, para quem é a Coca?”. Eu respondí, para minha esposa que está subindo a ladeira e sem ar para chegar ao final, deseja uma Coca para dar-lhe as forças que faltam para o término da subida.
Ele mais uma vez, do jeito mais mineiro ainda, me olhou, olhou, olhou, e então foi falando: - “Olha aqui seu moço, se ela desejar fumar aqui mesmo, então fale para ela vir até aqui atras do Bar, ou então se desejar fumar lá em cima, não vai ter problema, o policial já está acostumado(com os baseados da turma), e mesmo assim, neste horário está no almoço” “Só volta lá pelas três da tarde”.
Foi um espanto e até explicar que o que a Lourdes queria era um refrigerante........
Depois de muitas risadas subimos até o cume mais alto, da montanha mais alta daquele reino Tão Tão Distante.
Tem Coca í na Geladeira??????

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eu sou um Fusca


Todos ou quase todos sabem da dificuldade em achar uma vaga em qualquer um dos shopping aqui de São Paulo, principalmente em véspera de férias, feriados, eventos natalinos e outros quaisquer.
Não foi diferente comigo no ano de 2005, quando fui fazer o sacrifício de fazer compras, compras natalinas para ser mais detalhista, em um Shopping da zona Leste de São Paulo, mais precisamente, Aricanduva.
Chegamos, pois estava eu e minha esposa no local, com aproximadamente duas a três horas de antecedência para começar a temporada de caça (hora do movimento) nos estacionamentos do estabelecimento para ver se há vagas.
Começa da seguinte forma, você entra na catraca e vê um aviso: “Disponibilidade de 2.500 vagas para carros”, e você se enche de expectativa achando que lá está a sua, paradinha no lugar, de preferência numa sombra, ou no lugar coberto, onde você vai parar, retirar aquele casaco pesado que você saiu de casa na espera do frio, retirar aquele óculos escuros da qual você portava no peito, e daí sim, fazer o planejado caminhar nos corredores do Shopping.
Sem muita dificuldade, você avança na catraca, abaixa o seu vidro, estica bem o seu braço, pois o totem de tickets fica bem afastado, toma um pouquinho de chuva se estiver chovendo, molha o ticket, guarda no bolso ou então bota na boca, para começar a andar, vagarosamente por entre carros, automóveis, ruas e avenidas, milhões de buzinas tocando sem parar.
Põem uma primeira no carro, se não for automático, e tirando o pé da embreagem, vagarosamente você começa a se deslocar.
Passa por uma rua, entra na segunda, depois vai para a terceira, e daí você começa a perceber que não será tão fácil assim, mas afinal de contas você já está lá, o presente também se encontra na loja, e você, que já está de banho tomado, perfumado, de bom humor, não se aflige.
Começa a comentar com (no meu caso) a companheira do lado sobre “como está cheio, não é mesmo?”, e vai passando por avenidas, lotadinhas de carros.
Duas mil e quinhentas vagas, não será tão difícil assim para encontrar aquela que vai te levar ao orgasmo precoce de uma parada.
Mas naquele dia não estava tão fácil assim, e mesmo com essa quantidade de vagas não parecia que tinha mais do que vinte e cinco vagas, todas completas e sem o menor sinal de que se esvaziaria assim tão rápida.
Um casal sai do Shopping, e lá vamos nós, atrás do casal, devagar, bem devagar, para ver para que ruela eles vão se dirigir, para que cheguemos junto a eles e captemos sua preciosa, sua cobiçada, salve salve vaga querida.
Não demos sorte desta vez, eles estavam a pé. Imaginem, fazendo compra a pé no Shopping, não era possível aquela situação.
A impaciência começava a tomar conta, além da forte e grande vontade de ir ao banheiro para aliviar as águas tomadas nesse intervalo de 58 e meio minutos de busca.
Não que de repente vimos uma vaga, ali paradinha, ótima, longe da porta do shopping mas era ali a vaga que procurávamos.
Também não podia ser outra, estava de encomenda, com aquele jeitinho de quem estava nos esperando. Quando falo em quem, não é exagero meu, mas sim, era quem estava nos esperando.
Botei uma primeira no carro, agora com muita pressa, como um Fitipaldi fui fazendo voltas entra carros para poder estacionar o Astra que dirigia.
Foi um tal de corta daqui e dali, passa pelo meio fio, corta pela direita, entorta-se mais a esquerda e............
Uma mulher, com aproximadamente 120 kilos, portando uma bolsa de um lado, uma sacola do outro, com um ar de satisfação em seu rosto, apresentando um grau de tranquilidade estava ali, parada, sem esboçar qualquer reação, na vaga.
Entrava com tudo, quando me deparei com essa situação, e daí não tive dúvidas, acelerei.
Sim, sem dó, pisei no acelerador olhando para os olhos da mulher, e ela começou a olhar para os meus. Foi uma troca de olhar, parecia um desafio.
Eu não desgrudaria daquele olhar, e ela parecia pensar a mesma coisa, e o carro começando a tomar velocidade. A chuva fraca não embaçava o vidro, os faróis estavam estatelados naquele corpo enorme que se encontravam entre os carros.
Foram longos segundos de travamento de olhares, e daí, meu carro não deixou dúvidas. Iria parar onde aquela mulher estava parada.
Embicado fui entrando enquanto ela, lógico, personagem mais fraco da situação, foi se afastando, mas não sem o protesto.
Estou aqui guardando o lugar para um Fusca” dizia ela, irritada com minha atitude meio tresloucada, com o Astra prata que andava por aquelas avenidas de carros.
Não teve outra condição. EU SOU O FUSCA, ficou para sempre em minha memória.
Descemos e fomos até o shopping, mas comprar o que mesmo?

Prazer em Recebê-los.