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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um instante Maestro?

 

Para aqueles de idade um pouco mais adiantada, vai lembrar-se de um locutor que tínhamos em nossa TV Excelsior (antiga canal 7) de São Paulo, mas para aqueles que nasceram mais tarde, vão ficar boiando, mas vamos explicar.

Tratava-se de Flávio Cavalcante, que para anunciar os “reclames” ou conhecidos como “propagandas”, falava o microfone esta que ficou eternizado em sua voz.

Mas este instante Maestro poderíamos hoje traduzir para muitas coisas, mas muitas mesmo.

Se olharmos com olhos críticos nossa situação hoje, no geral, vamos observar que não é bem como se apresenta, talvez que o rombo seja maior do que o anunciado, ou que a realidade está bem distante do filme que nos apresentam nas telas da TV.

Já vem de muito tempo, e isso não é um privilégio apenas deste governo, mas ao longo de nossa história, já participamos da mesma embarcação, com algumas modificações, mas a embarcação em suma, é ainda a mesma.

Senão vejamos, a corrupção que não pertence ao momento que estamos vivendo, mas que se iniciou em 1.500, na descoberta do Brasil, conforme contam nossas histórias, quando Pedro Álvares Cabral, ao partir novamente à Portugal, levou daqui uma verdadeira fortuna, e entregando ao Rei, somente algumas quinquilharias, o resto era seu “bônus” por ter navegado a tão distante terra.

Em todos os países que lemos a história de Descobrimento, vemos que o povo que o descobriu, colonizava-o, construindo uma Igreja, uma Cadeia e uma Escola.

A Igreja para alentar o coração daqueles que deixaram sua terra natal para longe ir viver; a Cadeia para conter os abusos de alguns baderneiros que se aproveitavam de alguns fracos para subtrair-lhes os pertences, e a Escola.

Esta por final, para que os filhos daqueles imigrantes pudessem ter uma adequada escolaridade, pudessem estudar para contribuir com o progresso do País que estava nascendo.

Isso é lido na história dos Estados Unidos, Canadá, mas o que vemos aqui no Brasil, esse lado foi um pouco diferenciado pelo desbravamento do povo Português, que ao invés de colonizar nova terra para que esta fosse uma Extensão de Portugal, preferiram avançar em todas suas riquezas para dar a Coroa Portuguesa, mas não só a Coroa, mas também aos bolsos do povo Português.

Foi um tal de matar a galinha dos ovos de ouro, que ao invés de preservar para que esses ovos continuassem sendo botados, passaram uma faca no seu ventre e retirar os ovos que poderiam ser produzidos.

Com essa analogia poderíamos bem trazer aos nossos tempos, pleno Século XXI, com os Povos fazendo a Descoberta do Brasil e este matando a Galinha dos Ovos de Ouro.

Nunca na história deste País viu-se tamanha corrupção, roubalheira, apropriações de terceiros em locais e patrimônios nossos, de nós mesmos Brasileiros que lutamos para manter a Galinha em Pé.

E o pior é saber que estamos sendo enganados por quem depositamos no nosso Congresso, na Câmara dos Deputados, no Palácio do Planalto, e agora que estão lá, nada podemos fazer para retirá-los sem que nos machuquemos e muito.

Há um levante pela internet dizendo ser a favor de um “impeachment” da Presidente da República, um plebiscito para saber o que faremos com os corruptos que serão mais uma vez avalizados por nós e que mais alguns anos estarão nos governando e até um “referendum” para saber se o que eles fizeram se é ou não de nossa aprovação.

Tudo muito bonito, tudo muito legal, mas uma experiência pequena de minha vida diz que nada disso vai dar certo.

Quando elegemos pessoas a nos representarem no governo, ali depositamos nossas esperanças para que eles nos defendam das tentativas externas de nos governar, praticando um governo do Povo e para o Povo.

Fico me lembrando do livro “O Inferno” de Dante Alighieri, quando o homem chega à frente de um portal, e ao levantar a cabeça aos Céus, depara-se com a inscrição: “Hó! tu pobres mortais. Deixais aqui neste portal TODAS vossas Esperanças”.

Me dá então um calafrio ao ver que não importa qual o partido que colocamos, quais os ideais deste partido, mas se não suscitarmos em colocar pessoas certas, jamais teremos resgatado nossas Esperanças.

Pessoas comprometidas com o Bem estar de seus pares, construindo as Igrejas para que nossas almas sejam fortalecidas, construindo também Cadeias para aqueles que se julgam mais espertos que outros, e assim coibindo essa roubalheira, esse vandalismo, e por último, mas o mais importante, que construam Escolas principalmente para nossos jovens.

Escolas para que não precisemos de Cadeias; Escolas para que possamos Analisar nossas Igrejas; Escola para que instruídos, possamos construir um país melhor.

Na idade jovem de nosso País, sei que tomamos tombos, que por muitas vezes somos rebeldes, mas que ao longo do tempo, desejamos estar aprendendo a ter e dar uma vida digna para a geração vindoura.

Somos um País do Futuro, mas quando esse futuro chega. Hoje, amanhã, na semana que vem, que então seja bem vindo, e que traga ao povo, esse povo trabalhador, esforçado, que tem um bom coração, cuja miscigenação deu a ele uma cor, uma raça bem definida.

A cor do homem de muitas cores, a raça das melhores raças do mundo, que é a mistura. Um bom coração, para que não seja tão gélido que não possa chorar, mas que também não tão emotivo que não possa estar sempre solícito.

Uma inteligência inconfundível, e altamente preparada para os maiores milagres da vida, que é o nosso próximo passo, por estar vivo, em um lugar confortável, com pessoas a sua volta que pouco sofram ou pouco tenham as mazelas da vida, já é um verdadeiro milagre.

Então, voltemos a Flávio Cavalcante, que nos idos de 1968, por aí, chegava ao microfone, e antes de dar a oportunidade ao próximo candidato, antes de que fosse anunciado alguma mudança expressiva na programação daquela noite, olhava para a Câmera, retirava os óculos, e com a mão que segurava os óculos, alta, firme, dizia:- “Um Instante Maestro”, e a câmera ia aproximando seu zoom do rosto à mão do locutor, e ao se deparar com os óculos, saia instantaneamente do ar, dando entrada a um “reclame”.

Então, era nessa hora, em que todo o estúdio se organizava, em que era varrido toda a sujeira do Estúdio, colocado novas mesas, novas toalhas eram colocadas, novo prato era servido aos convidados, e pelos breves momentos que se passavam, ao voltar a programação, tudo estava novamente feito.

Era um novo governo no palco, uma nova representação com artistas novos.

Será, e isso aqui é apenas a minha modesta posição sobre o assunto, não é hora de dizermos em coro, “Um Instante Maestro”?

Prazer em Recebê-los

(Clóvis Cortez de Almeida)

 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A poeira baixou!!!

Tudo certo, a poeira agora baixou, e esperamos que não inunde os olhos de nossos jovens.
Mas o que devemos falar ou fazer para ser politicamente corretos é outros quinhentos, talvez apoiar o movimento, talvez não falar mal dos manifestantes, ou talvez rechaçar os vândalos.
Minha posição parece até cômoda, mas não o é, visto que estou no momento dando a cara a tapa, e sem medo de me esfolar por inteiro, mas gostaria de esclarecer aqui nossos jovens.
O passe livre veio e com ele as manifestações pipocando em quase todo o país, fazendo com que o Governo recuasse em R$ 0,20 centavos de aumento, e dando uma sensação de que com a abertura de planilhas e com esse recuo o Brasil está entrando nos eixos.
É o que ouvimos insistentemente nos últimos dias na TV, onde os jornais não se cansam de noticiar ou futebol, ou protestos que paralisam Ruas, Estradas, Portos, Acessos e tudo o que possa ser motivo de manifestação e o grito é único, queremos nossos Direitos.
Vem uma dúvida, o que vem a ser Nossos Direitos? Realmente não sei, porque Direito é uma palavra tão genérica que não tem forma, início, meio e fim, afinal de contas estamos num Estado Democrático de Direitos.
O Governo acena com uma série de medidas para dar ao povo “Direito” e então vamos a essas medidas.
Em primeiro lugar, sem dissolução de um congresso, cria-se uma “Constituinte Específica” para ordenar nossa Constituição Federal em pontos próprios, nos temas diversos, sem mesmo verificar que para se fazer uma Constituinte, necessário seria dissolver nosso Congresso e convocar uma Eleição para uma Constituinte, onde o povo vai se manifestar para que pessoas proclamadas por ele venha a legislar em uma nova Constituição, em todo seu aspecto, não só ao passe livre.
Depois, fala-se em abertura de planilhas, porque planilhas são uma verdadeira Caixa-Preta, mas esquecem que já vem essas planilhas a muito tempo, e será que ninguém viu que era uma caixa-preta? Precisou de uma passeata para se comprovar que a Água molha?
Depois se fala em Corrupção, sem definir um ponto de Corrupção quer que seja investigado ou colocado para fora dos limites do tapete.
Corrupção, sempre existiu, e sempre existirá, em maior ou menor número, mas isso é inerente ao ser humano que quer ter vantagem em tudo, certo? Uma frase infeliz de um jogador de futebol que ficará caracterizado pela infelicidade de uma propaganda.
Mas que tipo de corrupção será que queremos combater com uma ênfase maior? A da compra da merenda escolar por preços acima dos reais, ou de um hospital que começa e não termina, ou de um Estádio que custa a reforma cinco vezes mais que se tivesse construído do zero.
E o que fazer com esse Elefante Branco que ficarão para o Brasil, uma vez que a copa acaba, mas nossos problemas não.
Vamos continuar protestando, e com o nosso protesto vem alguns aproveitadores que picham, rabiscam, quebram, depredam o patrimônio meu, seu, nosso, e de particulares.
Daí começo a perguntar, o porquê nossas taxas bancárias são tão altas? Não será porque por qualquer coisa estamos quebrando bancos, no físico da palavra?
Seria politicamente correto de minha parte dizer, olhem que legal, o povo nas ruas lutando pelas suas convicções, pelos seus pensamentos, mas com vândalos na rua, não posso falar isso.
E o que vem a ser protestar contra o governo, senão enfrentar a Polícia, como se a Polícia fosse o Governo que deseja coibir nossas ações, principalmente quando elas se tornam violentas ou que vão contra um patrimônio alheio?
Desce Borracha, esse é o termo que o jovem usa para falar que apanhou da Polícia, mas não explica como que essa Borracha lhe chegou as costas, se não foi por estar no centro de um tumulto, ou fazendo coisas erradas contra seu próprio patrimônio.
A Polícia (e não sou policial) está em má situação. Se bate para proteger um patrimônio, é truculenta; se não faz nada, só observa, é frouxa.
Então estou pronto para dar minha cara a tapa, mas começo a perceber que uma passeata sem razão, ou com tantas razões que se perdeu no propósito, uma hora acaba, e daí vão observar que de nada serviu, isso porque, essas passeatas virarão motivo de piada.
Do tipo; vamos sair? Antes ou Depois da Passeata das quatro?
Ou então, você vai participar da passeata para diminuir o preço abusivo da Pizza, ou da latinha de cerveja?
Por isso digo, a poeira baixou, e agora?
Ou colocamos um propósito nesses movimentos ou esses movimentos falecerão, como tudo, vendo todos esses planos maquiados pelo governo sendo apenas um Engana-Bobo.
Prazer em Recebê-los
(Clóvis Cortez de Almeida)
 
 


quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Tempo Está Chegando.


Quando falamos assim, a primeira impressão é de que o saudosismo está presente, e de que não queremos ver mudança para nossa vida, ou para qualquer coisa que venha.

Mas não é essa a prática não, muito pelo contrário, sou revolucionário, não admito para mim mesmo essa condição de obediência, de ter que aceitar tudo como me é posto na mesa, no armário ou em minha garganta.

Sou do tipo de pessoa que gosta de enfrentar desafios, e dos grandes, mas quando se sabe que a luta será para uma boa causa, não que será apenas luta por luta, ou até mesmo pelo lado prático do lutar ou não lutar.

Estamos em plena metade do ano, já no dia 20 de junho de 2013 e parando para refletir como foi que passou tão rápido esse primeiro semestre é que começo ter uma reflexão, não tardia, mas temerosamente devagar sobre todos os acontecimentos.

Já no século XXI, em uma velocidade incrível de informações, onde um bite e um byte são algo comum em nossas vidas, onde as velocidades dessas mesmas informações ultrapassam a velocidade do som, e em plena consciência, quase atingem a velocidade do pensamento, é que acho um pouco temeroso fazer uma reflexão.  

É muita coisa ao mesmo tempo, muita informação que gira ao tempo da nova era, que passa ser muitíssimo prudente em falar que nada e tudo, são palavras inexistentes, e que a única coisa que nos interessa é o presente.

O presente momento, o presente falar, o presente doar-se, o presente movimentar-se de uma forma que só o presente pode compreender, pois se falarmos no ontem, ficará sem nexo dizer que uma notícia saiu da Rússia e levou 2 dias para chegar ao ocidente, ou dizer que foi memoravelmente realizada sua divulgação em menos de 30 segundos (o tempo do Delay) porque isso para o amanhã é um tempo interminável e não seria suportado pela gerações vindouras.

Então, mesmo caindo nessa encruzilhada do tempo, comecei a refletir, antes que o final do ano chegue e eu já não consiga me lembrar de tudo, ou que já tenha sido mudado tudo o que minha mente aprendeu até o momento.

Pleno Junho de 2013, e estamos com uma manifestação, que aparentemente se faz por um mero aumento de R$ 0,30 (trinta centavos) no aumento da condução pública, mas cujo alvo, muito maior do que esses trinta centavos, muito maior que qualquer tipo de administração possa parecer, é uma manifestação válida.

Passamos por um período quase que Romano, onde o Pão e Circo dado ao povo o faziam calarem-se diante dos eventos, dos Cristãos queimados na arena, ou no campo de batalha, soldados que mostravam seus troféus com tamanha galhardia, que nem parecia ser um outro ser humano na ponta da espada, mas sim um objeto, um objeto de conquista, um verdadeiro baluarte a ser mostrado para as próximas gerações.

O povo começou quase que meio acanhado, com alguns agente infiltrados, fazendo ruina, vandalismo, mas que não quedou-se com os manifestos contrários, com a força política que anima nossa polícia, para permanecer nas ruas, defendendo seus ideais, suas propostas.

Logo amanhã será Guarulhos, local onde tenho meu escritório, e estaremos aqui, esperando o que o como isso vai acontecer para que procedamos, também de forma pacífica os atropelos que nos aguardam tamanho é o contingente pessoal da turma do Passe Livre.

Estaremos aqui, em pleno olho do furacão, sem nos intrometermos, mesmo porque a velocidade da informação é muito mais rápida que possamos acompanhar.

É rede social, Twiter, tudo voltado a conclamar um povo que não quer mais Pão e Circo, que não mais deseja ter bolsa disso ou bolsa daquilo como Pão e também não deseja Copa das Confederações, e Copa do Mundo mascarando nossa política inerte a um comitê internacional chamado FIFA.

O padrão FIFA tem que ser implantado sim no Brasil, pelo menos é o meu ponto de vista no momento, dando ao povo, ao invés de Elefantes Brancos, também conhecidos como Estádios,  Hospitais para nossa população que já não tem mais saúde.

O padrão FIFA tem que ser implantado sim no Brasil, não nas polícias montadas reprimindo que deseja manifestar-se, mas sim quem tem o direito a manifestação que são as Escolas do Povo Brasileiro, sucateadas e sem qualquer prisma de levantamento.

Padrão FIFA de organização, de política, de políticos, e todos os outros, como Renan Calheiros, Lula, Dilma, Sarney e tantos outros que precisam ser retirados desse mundo da política e irem para o lugar que lhes é mais indicado, que é a Cadeia.

Padrão FIFA para cadeia também, onde no primeiro mundo quando se é enquadrado em um artigo do código penal, tem que ser cumprido a sentença sem tantas protelações e apelações.

Vamos para casa, hoje com a sensação de que poderá haver um Brasil melhor no segundo Semestre, que esses jovens que vem tomando as Ruas poderão mudar os destinos desta nação.

Isso porque, de Nação estamos muito bem na fita, como falam esses jovens, possuímos de tudo um pouco. Dinheiro? Temos. Ouro? Temos. Clima extremamente agradável? Temos. Minérios a vontade? Temos. Belezas culturais? Temos. Mão de Obra? Temos. Praias? Temos. Agricultura? Temos. Temos tudo isso e tudo o que nossa cabeça puder conceber.

Só não temos uma única coisa, Vergonha na Cara.

Prazer em Recebê-los

Clóvis Cortez de Almeida

 

 

 

 

domingo, 9 de junho de 2013

Uma Semana Difícil


                     Mea Culpa, Mea Culpa, Mea Culpa.
Assim começo minha postagem hoje, um pleno domingo do mês de junho de 2013.
A semana do dia dois de junho ao dia oito de junho tinha tudo para ser promissora, muitas datas importantes, muitas lembranças, mas nada que possa tirar de mim esse sentimento de mea culpa de meus ombros.
Domingo começou bem com o aniversário da esposa, veio terça, mas quando chegou à quarta-feira parece que uma nuvem baixou nos terrenos inférteis de minha mente, talvez até sabendo o porquê, mas não posso admitir esse argumento.
Levantei com faço, bastante cedo e fui fazer minha rotina, mas é lógico que não podia ser uma rotina comum, era o aniversário de meu filho mais velho, Ygor Calisto Cortez de Almeida, que completou vinte e nove aninhos, sim apenas 29 de um longo período de aniversários que ainda virão pela frente.
Como faço nos meus rituais, após o meu café, vou até o meu “Sanctum Sanctorum” e vou fazer minhas orações ao lado de minha esposa, com diversas intenções, previamente organizada pela minha cabeça, e isso queiram ou não, me faz um bem danado, talvez pelo ato de fazer oração, talvez pelo ato de estar lembrando dos amigos, parentes, pais, irmãos, esposa, sogros, cunhados, sobrinhos, primos, enfim, todas as pessoas que direta ou indiretamente fazem parte de minha vida.
Tenho amigos em São José dos Campos, Araras, Oiapoque, Chuí, enfim de norte ao sul, de leste a oeste deste Brasil, fora os que temos além mar, em outros continentes.
São muitos, mas muitos mesmo, tantos que se fosse relacionar aqui, ficaria dias marcando e falando sobre cada um desses amigos, que falo nome e sobrenome como se fosse da minha casa, e os são, como se a intimidade entre nós fosse a máxima da vida, e os são, e daí, as orações são dedicadas ao Pai Maior, que dêem vocês o nome que quiserem, mas que para mim será até mesmo para não ferir o sentimento de ninguém, o Grande Arquiteto do Universo.
São meus parentes, meus confidentes, meus amigos, minhas mais secretas intimidades, e por esses eu oro, talvez não com a fé que seja simples, mas que eu posso rotular como necessária.
Assim não foi diferente o dia cinco de junho, estava fazendo minhas orações, com muita fé, fé para que todos, sem exceção, possam ter um dia próspero e feliz, com muita saúde e paz.
Compenetrei-me e diante do meu santuário, fui então fazer minhas vibrações ao meu filho Ygor.
Como será que ele está? Como será que ele passou esse ano? Como será seu emprego? Como será que ele se comporta diante da vida?
Perguntas simples, mas que me ocorrem dia a dia, sem exceção, e também à minha filha Ágnes, como será que está?
São longos anos sem que me dirijam a palavra, sem que me vejam, ou que sequer esbocem sua presença. Estou bloqueado.
Parei no meio da oração e fui fazer essas reflexões, que para alguns parece coisa trivial, afinal de contas estão do lado de seus filhos, mas que para mim, parece uma barreira intransponível.
Fiquei imaginando como estaria completando vinte e nove anos, como seriam suas ambições, como pessoa, como homem, como família.
O que estaria pensando naquele momento, o que estaria motivando trabalhar, cuidar de suas coisas, da família que tem e tudo o que passaria na mente dele naquele momento.
Para mim, uma criança, que deve ser ainda educada, protegida, enfim, cuidada.
Não tenho mais contato, estou bloqueado. Sim, totalmente bloqueado para que eu não saiba de seu paradeiro, de seus anseios, e de seus devaneios.
Uma semana que não tenho o que comemorar, não tenho o que dizer, só mesmo terminar minhas orações, na frente de meu “Sanctum Sanctorum” para rogar ao Pai Maior que dê a ele toda a felicidade do mundo.
Não é de minha vontade blasfemar, achar ruim, ou responsabilizar a alguém, a não ser a mim mesmo, pelo amor que tenho a essa criança, que um dia entenderá que amor de pai, é eterno, é único.
Assim, Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida