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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Expectativa


Parecemos até crianças, porque não temos as mesmas reações de uma criança quando um fato, praticamente normal, nos chega depois de muito tempo de ausência.

Estou falando no “ato” de falar, de colocar-me na frente de um público seleto, que está ali reunido, pronto para te ouvir, principalmente quanto o chefe deles anuncia por E-mails e por redes sociais que você vai lá para dar uma “Palestra”.

As pernas aos poucos vão perdendo sua força, o coração começa a palpitar, a respiração torna-se ofegante, as folhas parecem ter vida própria e começam quase que num frio intenso, a bater-se como num frio, e os braços e bambeiam, e a sudorese chega de forma firme, de uma forma que não podemos controlar.

Passei a data de ontem lendo e relendo o chamado “trabalho” para ver se via algum erro de digitação, de português, ver se está a altura do referido público e iremos então embarcar para a tal “Palestra”.

Fazer “Palestra”, nunca me foi algo assim em que eu me preocupasse, sempre estava pronto para falar em público, a fundamentar um assunto, a colocar meu ponto de vista sobre o assunto.

Mas desta vez é diferente, comecei a tremer, afinal de contas já estou a um ano e meio, quase dois sem dar uma palestra, sem falar algo a um público seleto.

Aulas não, esta já estamos mais preparados, afinal preparamos primeiramente a aula, estudamos um pouco e passamos nosso conhecimento, mas palestra, esta não, esta é especial.

Então não tendo outra escolha, vamos lá. Vamos falar sobre a “Espada Mística”, um assunto que domino, que admiro e gosto, mas não sei se será de agrado de todos, afinal de contas, estaremos lá, calculo em 30 a 33 pessoas.

Então vamos a um segundo banho, para tirar aquela ansiedade, aquele pequeno nervosismo que assola, mas não tem problemas, afinal de contas, como se fala neste círculo, “Você está entre Irmãos”.

Prazer em Recebê-los.

Clóvis Cortez de Almeida.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ainda nas reflexões


Ocorreu-me numa reflexão quase tardia de um episódio acontecido ainda no meu Grupo Escolar. Aquele mesmo da postagem de ontem.

Como já disse, fiz todos os testes com o Diretor do Grupo Escolar, e fui então promovido a aluno regular do Primeiro ano da Classe C, cuja professora era nada mais nada menos que a grande e única professora ERCY SOARES NOVAES.

E vou contar o porquê coloco o nome dela inteiro, em destaque, em letras maiúsculas, em letras garrafais, com todos os elogios e méritos que tem essa sempre mestra, professora no mais amplo sentido da palavra.

Minha mãe foi minha primeira professora, ela me ensinou o be a bá da nossa literatura, e ela não conta, porque mãe já viu, mãe é sempre nossa primeira professora seja em qualquer matéria, mas nossa primeira professora, ou professor, isenta de qualquer vínculo parental, livre de qualquer outro tipo de ligação, essa sim, podemos considerar nossa primeira mestra.

Então, posso falar com todas as qualificações, desta mulher, que dedicou ou está a dedicar sua vida a ensinar jovens alunos, a matéria para a vida, essa é a que podemos chamar de nossa primeira maestrina.

Então voltando, lembro-me bem do primeiro dia de aula, dia em que fui recebido na porta da sala, isso porque as aulas haviam iniciado em fevereiro de 1966, e já estávamos em abril do mesmo ano.

A classe de pé, em respeito aquele franzino aluno que estava com as pernas bambas por ver tantos alunos, afinal de contas a classe tinha 32 alunos em seu total, e eu lá parado, aguardando o anúncio e o convite para adentrar a sala, acompanhado pelo Diretor do Grupo Escolar Costa Braga, em Guaratinguetá, São Paulo.

A voz do Diretor solicitando sua entrada em classe, mais o silêncio da classe em respeito à autoridade presente pelo lado de fora, e aquela dama, uma verdadeira e digníssima dama, em pé, dando sua aprovação para nossa entrada.

Era o símbolo de uma autoridade justa, onde a autoridade máxima do Grupo Escolar rendia sua máxima, aquela frágil mulher, mas gigante professora do primeiro ano “C”, da sala 003 do Grupo Escolar.

Acenou-nos a cabeça, indicando que tínhamos a autorização para entrada em sala, e mais do que de pressa, a classe toda se levantou, alinhadamente, criteriosamente ao lado direito da carteira escolar.

A cena, ainda me faz emocionar, afinal de contas, era para uma criança a mais manifesta atitude de sua importância na sociedade, mesmo que infantil, mas um marco em minha vida.

Todos em pé e o Diretor anuncia mais um aluno para compor aquele quadro de discente, que deveria ser aceito pelos demais alunos, fora para mim uma glória, mais que uma glória, um marco vital em toda minha vida.

Não me recordo de recepção tão calorosa por parte de pessoas que sequer me conheciam, que estavam ali paradas, prontas para recepcionar o mais humilde dos alunos.

Ainda me lembro do uniforme que foi comprado para mim, uma alinhada calça curta de cor caqui, pendendo para o marrom, uma camisa engomadíssima que minha mãe havia exaustivamente colocado a goma de maisena associada à água e mais algum produto que não me lembro de estalo.

Os sapatos pretos e engraxados, reluzente negritude que contrastava com a meia de cano longo, que vinha até o joelho, formando assim o uniforme do aluno do ano.

Cabelos rigorosamente penteados, com um pouco de “Trim”, para que ficasse assentado e para que o vento não me deixasse despenteado, uma bolsa de couro, linda bolsa de couro, mas sem a lancheira transversa sobre o corpo, pois nunca tive como objeto de transporte do lanche, um recipiendário específico para tal.

A classe toda voltada para aquele que desejou, suplicou, chorou, e fez o que nenhuma outra criança até então havia feito, como era de minha sapiência, aos pais para estar ali, naquele momento, naquele estado gélido de extrema gratidão aos pais e um medo mortal de ter que enfrentar aquele paredão de futuros colegas, futuras crianças que me fariam socializar com o momento.

Mas estava lá, ao meu favor a professora ERCY SOARES NOVAES, pessoa jovem aos meus olhos hoje, mas que era uma perfeita mulher para aquele momento, pronta a falar alguma coisa.

Então voltou-se ao Diretor, que gentilmente lhe deu um papel. Era meu passe de aceitação. Começou então ao mais belo discurso que uma criança poderia ouvir: “Queridos alunos da primeira série “C” do Colégio Estadual Costa Braga, apresento-vos nosso mais novo integrante da Sala, estou dizendo do nosso mais novo aluno Clóvis Cortez de Almeida”. Era em idade física o mais novo aluno.

Adentrei então à sala, com passos trêmulos e ainda inseguros, para aquela primeira de muitas confrarias que adentraria ao longo da minha vida, postei-me então à frente da glamorosa professora, arquei-me, e num gesto mais de respeito do que de reverência, saudei minha primeira Maestrina.

O tempo passou, logo no primeiro mês e eu já era o primeiro aluno da sala, e na minha formatura, como era de praxe na época, ganhei um cartão de presente, cartão este que já não o tenho mais, e fico triste ao lembrar.

No cartão, uma espécie de postal, desses que compramos nas rodoviárias da cidade, uma criança, junto a um céu lindo azul, com uma bola transparente em suas mãos, cujo significado até então não havia sido revelado.

Em seu verso, uma dedicação muito especial, palavras que levo comigo para toda minha vida, ainda que tenha um milhão de anos: “Clóvis, meu aluno, desejo a você o que de melhor poderia te desejar. Seja Feliz”.

Não preciso dizer que ao longo de minha vida, tenho lutado para que esta profecia jamais pereça.

Assim sendo, emocionado, digo-vos Prazer em Recebê-los e Sejam Feliz.

Clóvis Cortez de Almeida

 

 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Reflexões


Hoje, em pleno domingo, dia que levantamos mais tarde, fui completamente do contra. Acordei cedo.

Diria até muito cedo para determinados padrões, e posso confessar minha extrema felicidade em poder ficar mais tempo à toa como acabei de falar a um casal.

Mas, já que ficar à toa não é muito minha praia resolvi sentar-me diante do computador para redigir algumas peças que estão faltando no escritório. E são muitas.

Porém deparei-me com um episódio agora intrigante para mim, mas que no momento gerou inúmeras satisfações.

Era criança ainda, por volta dos meus seis anos de idade quando resolvi ir à luta, e estudar era a única coisa que podia fazer com aquela idade.

Fui a campo, e como já sabia ler e escrever (naquela época era muito difícil uma criança saber ler e escrever aos seis anos), não fiz por menos. Peguei um caderninho que minha mãe deixava na cômoda da cozinha, um lápis “Faber” nº 2, um pequeno saco de pano, e fui encher os pataquás de minha mãe para que me levasse à escola.

A discussão por minha parte foi árdua, e não desgrudei da saia de minha mãe enquanto ela não conversasse com o meu pai e me colocasse na Escola.

Parecia um plano ótimo, em que eu pedia e eles cediam, era fácil assim.

Meu pai chegava por volta das cinco da tarde, então fiquei sentado na soleira da porta da sala até que ele chegasse.

Paramentado, lá estava eu, das catorze as dezessete hora, praticamente sem me mexer, fixo à ideia que tinha que estudar.

Meu pai chegou, e como de costume um beijo em minha mãe, outro em nós (minha irmã se inclui), e depois de um banho lá vinha minha mãe então com os pacovás cheios de tanto ouvir falar que eu queria estudar, minha mãe então se manifestou com o meu pai.

Foi até um bom debate, pois meu pai falava de que eu tinha apenas seis anos e por outro minha mãe rebatia dizendo que se eu já tinha essa ideia então já estava preparado para assumir a responsabilidade diária de ir à escola.

Tudo bem, minha mãe venceu, para minha felicidade é claro, e combinaram então que na próxima segunda feira iríamos até o diretor do Grupo Escolar Costa Braga, e falaríamos com ele.

O tempo então parou. Parou tal como se travasse na sexta e não chegava ao sábado.

Eu já estava pensando: Vai chegar terça-feira e não chega ainda à segunda-feira. É um pensamento de criança, confesso, mas o melhor que tinha na época.

O fim de semana foi um caos, não queria brincar com minha irmã, naquela época a caçula e única, porque tinha que me preparar para possível conversa com o tal dito “Diretor”.

Para encurtar um pouco, o domingo veio, e com ele a noite chegava, e com esta um sono alucinante me tomava conta.

Chegou às nove da noite e começa então o jingle da televisão: “Já é hora de dormir, não espere mamãe mandar, um bom sono para você e um alegre despertar”.

Era a minha deixa. Rapidamente fui às bênçãos dos pais, um beijo em minha irmã e cama.

Lá sonhei com a escola, com os colegas, os amigos, os professores, e o temível diretor, pois era ele que faria minha avaliação.

Chegou a manhã de segunda, então levantei primeiro que meus pais, vesti minhas calças curtas (chique na época) azul, uma camisa branca com bolso na frente, e peguei o meu caderno, o precioso caderno para rumo ao Grupo Escolar.

Era uma época em que se ter o quarto ano do Grupo Escolar era te dar uma posição de destaque, pois a maioria do povo mal tinha o primeiro e o segundo ano de escola, então quando você completava os quatro anos, tinha um emprego garantido, um destaque na sociedade.

Ginasial então era coisa para ricos, e digo mais, para poucos ricos que podiam ter o luxo de ter o quarto ano ginasial, era considerado um mestre.

Colegial então nem se fala, era a glória de um pai que tinha seu filho como terceiranista do Colegial. Esse já podia adentrar nos melhores empregos, já podia dar aulas a outros que não tinham chance de estudar. Era um luxo.

Mas, voltando a minha segunda-feira, lá estava eu, ali, bonitinho da mamãe e orgulho do papai, pronto para chegar ao Grupo Escolar.

Não preciso dizer que o Diretor, foi fazer um teste comigo, e só não me colocou no segundo ano porque eu ainda não tinha oito anos, idade em que um aluno ia para o segundo ano.

Lá estava eu, com um laudo do Diretor dizendo: Dê a vaga ao garoto, e por outro lado, não é permitido dar vagas para quem não tem sete anos completos.

Fiz a minha parte, comecei a chorar. Mas chorar de verdade, com lágrimas no rosto e tudo mais, isso sem dizer a ranheta que me vinha pelo nariz, mas vamos pular essa parte.

Saí da sala do Diretor com minha matrícula pronta. Já poderia começar na próxima segunda-feira, pois teria que comprar o uniforme, e todo o material escolar.

Minha angústia era de que meu pai não tivesse dinheiro o suficiente para me deixar na escola, mas não, meu pai acenou com esforço, e meu material no dia seguinte estava sobre a mesa da cozinha.

Já fui desempacotando os cadernos, tirando o papel de seda que teria que encapá-los, a Gilette que iria apontar meus lápis, tudo lá.

Em menos de uma semana, eu era o primeiro de minha classe, que mesmo entrando depois das aulas começadas, isso foi em abril e as aulas começaram em fevereiro, já me destacava pela perfeição com que lia a cartilha “Caminho Suave” e demais livros que minha professora “Ercy Soares Novaes” me colocava à frente.

O final do ano chegou, fui o primeiro da classe, e lembro-me bem de um presente, que não sei se poderia dizer uma premonição, que ganhei dos meus avós Maternos. Uma Coruja sobre uma pilha de três livros e havia lá uma inscrição: “Hei de Vencer Estudando”.

Estava com meus oito anos, quando fui até a casa de um tio do meu pai, o tio Joca, um naquele tempo, senhor de seus cinquenta anos de idade e que não tinha escolaridade nenhuma, só um coração do tamanho de um boi, que me colocava ao seu colo e me pedia para ensinar-lhe a ler e escrever.

Eram horas que passávamos juntos, e eu ensinando aquele tio, o a, b, c, e todas as outras letras do alfabeto.

Hoje, quarenta e quatro anos se passaram e aquela foto mental ainda me intriga. Eu era criança demais para entender, mas a Coruja sobre os Livros é um antigo símbolo da Sabedoria.

Estou agora com cinquenta e dois anos de idade, cursando um grau de especialização que jamais pensei que pudesse fazer o doutorado, passo em frente a essas casas que tem diversos símbolos nas prateleiras, e me deparo novamente com uma Coruja sobre uma pilha de livros, e lembro-me do meu presente.

Não tenho mais o presente, e também não tenho coragem de comprar um objeto igual para colocar sobre minha mesa, mas fico pensando: Seria aquele presente uma premonição?

As aulas dadas ao tio Joca, não era premonição?

Reflexões veem, e agora já não acho mais que meu destino foi por acaso, tem que haver uma força maior para fechar o círculo da vida.

Assim vos digo: Prazer em Recebê-los.

Clóvis Cortez de Almeida


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mensuração

                   Uma palavra, cujo significado é o ato de medir, de colocar valor a alguma coisa, no nosso caso, medir em dinheiro um acontecimento, um coração de mãe.
A poucos dias atrás fomos chamados a um hospital, no período da manhã para acompanhar um paciente, ou melhor, a mãe de um paciente.

Como esse pedido partiu de um telefonema as 07:15 da manhã pela própria mãe, e com reforço de um grande Irmão, levantei meio sonado, fui a um banho, coloquei uma roupa e lá fomos.

Chegando ao hospital nos deparamos com a mãe, já desesperada e me foi contando logo a sua história.

Ouvi atentamente a história, concordando com seu desabafo, e antes de ver o filho, fomos até o lado de fora do hospital, de onde estávamos aguardando a imprensa televisiva, que nesta altura do campeonato estava a caminho.

A repórter ouviu a mãe e fazendo sua anotação da história e começou então a gravar a reportagem segundo seu entendimento.

Foram muitos minutos de gravação, até mesmo para fazerem as edições, onde novamente essa mãe, falava para câmera, novamente, tal como nos havia narrado, desta vez a um público virtual.

Depois da entrevista, fomos visitar o garotão, que já estava melhor, e ficamos fazendo a visita, agora não como advogado, mas como um amigo da família, amizade formada naquele momento.

Após bem umas quatro horas de visita, essa mãe me acenou a vontade de processar o hospital pelo erro hospitalar, contra a instituição da qual o seu filho havia passado.

Começamos novamente a ouvir novamente, toda a história, tim tim por tim tim, fazendo agora nossas anotações, recolhendo as provas para darmos início ao processo, cujo valor iria atenuar um pouco do coração de mãe.

No período dessa conversa, no meio de domingo até a data de hoje, ficamos entre reuniões, serviços pessoais e particulares, numa jornada de ir e vir do hospital ao escritório e vice e versa, tudo isso para fazer a tal ação.

Sem colocar aqui o mérito da ação, chegamos a um empasse, e esse é o nosso grande problema. Como mensurar o sofrimento de uma mãe?

A que valor dar-se-á a ação, cujo propósito era inicialmente em conseguir para o garoto um tratamento digno e com responsabilidade, sem deixar de fazer justiça.

O que se passa no coração de mãe ao ver o filho sentindo-se mal, e quanto vale essa dor?

A quanto deve ser pedido, a título de amenizar o sofrimento do filho, cujo valor não paga a saúde de ninguém.

Fomos então indagar a essa mãe sobre o valor que gostaria receber, e daí mudou-se o discurso ao ver que poderia receber valores monetários.

Informamos a mãe e ao paciente que não concordávamos com qualquer valor falado, mas iríamos lutar com toda a gana para que o desejo desta mãe fosse realizado.

Colocamos em palavras muito claras a essa mãe, que um único real recebido indevidamente caracteriza enriquecimento ilícito, mas que um bilhão de reais recebido honestamente não teria a conotação de enriquecimento ilícito, mas sim reparação de um dano que havia acontecido.

É uma grande e engenhosa manifestação cerebral, onde o justo tem que ser realizado sem deixar que a injustiça impere não dando a mãe o que ela realmente merece.

Pedir, como falei a essa mãe, o valor que ela falar nós iremos pedir, que o papel aceita qualquer coisa, que tudo que ela falou estaria no papel, mas daí vamos novamente efetuar a pergunta:

Entre a doença e a saúde, entre as verdades e mentiras, entre o certo e o errado, o quanto realmente devemos pedir?

Deixo aqui essas reflexões.

Então, Prazer em Recebê-los

(Clóvis Cortez de Almeida)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Horário de Verão


E o horário de verão está indo embora, agora no sábado para domingo e para tal deveremos atrasar nossos relógios em uma hora. Estamos preparados?
Simples não é? Só temos que acertar os relógios e uma nova perigrinação inicia em nossa vida. Vamos de relógio em relógio acertando o novo (velho) horário, que por muitas vezes não aceita o retrocesso dessa hora maior, e então passa por ele 23 horas de pensamentos e novas convicções.
São muitos e parece até inacabáveis, é o rádio-relógio que fica em cima do criado-mudo, é o relógio do DVD, da TV, dos celulares e tablets, dos computadores, relógios de parede, aquele mimo que ganhamos e que mantém um relógio como ornamento, os diversos relógios de pulso e finalmente os do carro.
Isso para não dizer de todos os relógios de nossos escritórios, serviços, e por todos os lugares que mantemos tal ferramenta a nossa disposição.
Só então, depois de termos perdido uma hora para ajuste de todas a engenhocas (em cada um dos ambientes), é que então ficamos sabendo que acabamos de ganhar uma hora pelo horário agora acertado.
Houve economia, disto não temos a menor dúvida, inclusive uma hora a menos onde em uma cidade como São Paulo, economizando esta uma hora por dia, durante o verão, poderia alimentar cidades, tais como Osasco, São Bernardo do Campo, Barueri, Santana do Parnaiba e Itapevi por um mês, sem qualquer outro gasto.
Com todos esses argumentos quase que tomamos fé de que a hora de verão veio para melhorar a vida de uma pessoa, para fazê-la mais feliz, alegre, afinal de contas, levanta mais cedo, aproveita melhor a luz solar, e tudo que essa luz natural pode nos trazer.
Não quero aqui ser pessimista, mas não é bem assim, também há transtornos no mundo coorporal, no mundo invisível de uma adaptação, no mundo do sono e outras eferas pessoais, e põe pessoais nisso.
No momento em que você se dispõe em alterar um relógio, seu relógio biológico também tem que ser acertado, no horário de verão, depois voltando ao horário norma, e em alguns países em horário de inverno.
É bem parecido quando você viaja e passa por fusos horários, e ao chegar no destino escolhido você precisa adaptar seu corpo para nova hora.
Há um período de readaptação, para que você se acostume com algo que é tão natural para todos, tais como o horário do café matinal, do almoço, da “siesta” em alguns países, da hora de dormir.
Seu estômago precisa ser reprogramado, seu corpo, sua mente, e daí a pior dos ajuste, porque por quase que vontade própria, esse órgão não é tão fácil de ser convencido de que está atrasado ou adiantado no local que agora está habitando, mesmo que seja por pequeno período, ou grande.
Por pequeno período ainda é pior, porque você tem que forçar todo seu organismo a uma nova adaptação em momento recorde.
E nosso humor que depende também desse horário, que muitas vezes é abalado pelo excesso ou falta dessa hora. Por muito não deixamos de cumprimentar uma pessoa, por nossa distração, fração de segundos, que nos faz ser vistos como uma pessoa arrogante.
O nosso chefe que chega irritado por não ter tido uma noite de sono repousante, ou o nosso funcionário que chega pelo mesmo motivo e por vezes frequentes não fica abrindo a boca de sono, ou então perde sua concentração, pondo em risco sua vida.
O motorista que não tendo seu descanso satisfatório, causa acidentes, levando a óbitos outras pessoas que nada tinham a ver com o estado de sono que teve aquele motorista, que não venceu a coisa mais difícil que um homem pode lutar, contra o sono.
Uma vez me falaram: "Tire do homem suas 08:00h de sono e veja em qual animal ele se transforma."  
É lógico que varia de pessoa para pessoa a quantidade necessária para se ter um descanso, um repouso satisfatório, mas a partir destas palavras resolvi fazer o tal teste, e olhem, foi horrível demais, não sabia mais se era eu, ou se era um comando meu para ficar acordado, me tornando um animal numa figura de linguagem, num animal totalmente irracional, que sequer respeitava algo ou alguém.
Voltei a ser o Clóvis novamente, isso depois de dormir por mais de 26 horas.
Foram as 26 horas mais revigorantes que tive. Mas pelo menos comprovei a veracidade do ditado, só não sei em que animal me tornei.
É um bom motivo de reflexão, quais os relógios que tenho que acertar? E vem a pior das respostas: O nosso próprio.
Então: Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Lembrete quase Tardio


Enquanto espero a Dutra sofrer um descongestionamento, resolvi sentar-me diante do computador para uma reflexão quase tardia de um artigo que escrevi a bem pouco tempo, com o nome de Feminismo sem Hipocrisia.

No artigo citado, coloco a responsabilidade das mulheres na educação dos filhos, onde sua revolução e suas conquistas trouxeram além da responsabilidade global, uma cega visão ou até mesmo um grande disfarce para não ver na atualidade as consequências que vem se arrolando.

No caso dos menores, deixei claro que não sou machista, muito pelo contrário, parabenizo as mulheres por conquistarem seu lugar ao sol, porém chamei-lhes a atenção para o fato da responsabilidade familiar, que não é só da mulher, mas que esta responsabilidade, deixada de lado pela mulher, pois o homem nunca teve tal responsabilidade, trouxe sequelas gravíssimas a criança e a sociedade.

Ainda citado no artigo, falei sobre os delitos cometidos nos anos de 50/60/70 e os atuais crimes que estão sendo praticados hoje, pelos chamados “menores”, que se julgam acima do bem e do mal, colocando além de seus iguais, homens e mulheres em risco de vida, fazendo coisas que adultos imbecis fazem isso porque não tem referência ou não tem a educação séria que uma mãe fazia nos anos 50/60/70.

Comentei com minha esposa, e verifiquei os comentários, os pensamentos das pessoas em relação ao assunto abordado, e muito acabaram não compreendendo, levando para o lado machista, ou pelo lado do “coitadinho” do menor que não teve uma boa oportunidade na vida.

Não acredito nesta hipótese, pois nos anos 50/60/70, as chances e oportunidades não diferem dos dias de hoje, muito pelo contrário, hoje tem-se muito mais oportunidades, porém não se tem mais educação para ver, ou para participar dessas oportunidades.

O mundo tomou um rumo de incríveis possibilidades para a criança, jovem e adolescente, que deseja, ou que quer, ou mais ainda, que tem a necessidade de ver seu futuro modificado. Com tanta tecnologia, ofertas de empregos as pessoas preparadas e especializadas, não consigo admitir que alguma criança, e quando falo criança digo até os 14 anos, diga que não tem mais oportunidade, então tem que entrar no mundo do crime, para poder viver.

Vivemos no mesmo mundo, onde adultos e crianças vivem no mesmo ambiente, partilhando e é essa a palavra da moda, das mesmas oportunidades, das mesmas convicções, possa se tornar um marginal da sociedade, um pequeno delinquente, uma pessoa que tem um curriculum policial a exibir, sendo como no nosso mundo, quanto mais extenso o curriculum mais notório saber se torna seu portador.

Dá-me arrepio na espinha quando escrevo em curriculum policial, quando evidencio a marginalidade na vida deste que está em formação, que seu espelho é uma imagem de criminalidade, que passar por uma carceragem, seja ela na fundação C.A.S.A., ou posterior aos seus 18 anos, na real carceragem, conhecido como Cadeia.

Que sua referência não é mais a figura do Pai, ou da Mãe, mas sim do marginal da esquina, naquele que furta e rouba, à mão armada, levando por muitas vezes a óbito o furtado ou roubado, mesmo que deles nada leve, só pelo esboço do apavorado com a situação acaba tendo gestos não “amigáveis” por esses menores.

A arma se tornou um instrumento de trabalho, onde o menor, como numa fábrica, tem quase que “bater ponto”, trazendo para casa, não mais um salário digno, mas sim o produto daquilo que roubou ou furtou, daquela vida, que a partir do momento do furto ou do assalto, já fora ceifada.

Entram então o direito dos menores, explicitados no Estatuto do Menor e do Adolescente, onde esse fica inatingível, intocável, no máximo uma repreensão ou pequeno castigo de privação de liberdade, para ao completar a maioridade, venha com ficha de um cidadão limpo, sem máculas, sem qualquer mancha.

Fico então me perguntando, até onde vai isso? Até quando fecharemos os olhos para essa situação? E infelizmente chego a uma conclusão trágica, quando o poder do menor bandido, do menor infrator já não for mais questionado, mas sim exemplificado por outros menores, que não tiveram passagens policiais, e que venham a ser seus espelhos.

É muito mais fácil governar um povo burro, levado por ideias muitas vezes implantadas por pessoas que tem o poder, para que estes sejam apenas eleitores de curral, onde o animal, aqui o eleitor, é mandado e segue a ordem de seu dono, o dono da fazenda, para fazer para esse dono, tudo o que lhe mandarem.

Dai ao povo Pão e Circo, como já falava o filósofo, e governe o mundo. Outra frase que me traz uma certa revolta, porque um povo burro não aceita que você lhe abra os olhos, para mostrar-lhe que não é assim, que existe outros caminhos, mas a cegueira, ou falta de compreensão só faz o que seu dono estipula.

Ontem, dia 12 de Fevereiro de 2013, apareceu às 09:00h da manhã, e tenho que frisar que 09:00h é no período matutino, um aviso escrito à mão no quadro de aviso de todos os prédios do condomínio: “Hoje, dia 10 de Fevereiro de 2013 haverá lavagem na Caixa D’Água dos prédios do condomínio. Solicitamos a todos que não tomem água da torneira, para evitar passar mal”.

Quanto a escrita, tudo bem, quanto ao aviso está ótimo, mas quanto a data, me chamou a atenção e fui falar com o síndico que estava na portaria, junto com o subsíndico e um porteiro.

Causou-me estranheza quando o síndico me falou que nada havia de errado, e eu chamando a atenção de que dia 12 era posterior ao dia 10, e que nós já estávamos no dia 12.

Fui chamado de chato, do cara que não tem o que fazer, e diversos outros nomes, que não ficaria educado colocar aqui, e o porteiro falando, “olha, o senhor Clóvis tem razão”, e mandado ele calar-se imediatamente.

Deixei para lá, pois vi que não tinha chance alguma de ganhar aquela batalha, mas voltei a pensar no artigo, do Feminismo sem Hipocrisia, e voltou-me novamente a falta que faz um instrutor dentro do lar, de alguém que poderia explicar para aquele síndico quando criança que dia 12 vem depois do dia 10.

Ao chegar a noite, lendo um bom livro, minha esposa novamente me chamou a atenção para um desenho animado que estava passando e o desenho fazia a seguinte história, bem dentro do contexto.

“Uma mãe, na época da segunda grande guerra, é convocada para trabalhar numa fábrica, deixa seu filho com um babá, e junto deu ao babá um livro com o título Psicologia Infantil. O Babá então vai trocar a criança, vai dar-lhe comida e a criança cada vez mais revoltada, queria no desenho matar o babá. O desenho se desenvolve até o momento em que a mãe ao chegar até a casa do Babá, o vê em papos de aranha, sendo ameaçado pela criança, e daí essa mãe fala se o Babá havia colocado o livro em prática e esse afirmava que sim, e a resposta da mãe foi que você talvez não tenha utilizado o livro Psicologia Infantil do modo correto. A mãe pega então a criança, põe ao colo e com o livro começa a bater nas nádegas da criança com o livro, e a criança então começa a obedecer e chorar. Então termina o desenho.”

Cheguei então a conclusão de que não estamos utilizando o livro Psicologia Infantil da forma adequada, não os lendo para as crianças, mas sim os fazendo aprender.

Então lhes digo: Prazer em Recebê-los

Clóvis Cortez de Almeida.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Feminismo sem Hipocrisia

Em primeiro lugar, boa tarde. Gostei do título da página, o que me veio a refletir sobre as atitudes humanas.
Então, primeiramente deixa-me apresentar-me. Meu nome é Clóvis Cortez de Almeida, doutorando e pós-graduado em Direito, gostaria de deixar aqui um pequeno artigo, para refletir, para uma profunda análise do acontecimento Feminismo X Machismo, tão constante pelos pequenos pensadores, mas que não põem em risco a verdadeira marcha das mulheres por um lugar (maior) ao sol.
Para tanto, devo advertir-lhes que sou no momento, isento de qualquer emoção, seja para o lado Feminista, como para o lado Machista do que vou escrever. Não se trata aqui de uma pessoa que não tem opinião, muito pelo contrário, minhas opiniões são minhas preciosidades, mas ao postar um artigo, sou obrigado a permanecer isento, até mesmo para que haja credibilidade no apresentado.
Voltemos a um passado recente, isso digo em 1950, 1960 e um pouco mais, onde os Maridos eram o chefe da casa, existia então o "pater família", ou seja a família patriarcal. Nela o homem com toda a sua soberba, se colocava como o provedor familiar, era dele que se retirava o sustendo da esposa, bem como dos filhos que provinham deste casamento. Não era permitido a mulher, usar de qualquer argumento, que não para sustentar o que o marido havia falado.
Estamos então no regime Patriarcal. O tempo foi passando e vamos agora na revolução do Sutiã, onde a mulher queima o objeto de opressão masculina, libertando-se um pouco daquele laço "machista", indo para o mercado de trabalho, provendo com metade a família ora constituída, os filhos e tudo mais.
Passemos agora para época atual, onde a mulher é completamente independente, não deixando com que falem mais alto com ela, ou até mesmo que seja-lhe imposta afirmativas, vindo por (muitas) vezes, sendo ela que supri toda a família, não só financeiramente, mas também com a moralidade e outros quesitos mais.
Vamos então a  um pequeno comparativo, entre o Machismo dos anos 50/60 e o feminismo dos anos 2000/2010.
Em 1960 o homem mandava, dava ordens e fazia prevalecer sua autoridade, fazendo com que a mulher cuidasse de sua prole, com o esmero que ele desejasse, não suportando qualquer falha da mulher em relação aos filhos.
Em 2010, a mulher sendo a provedora, ou provedora meeira de uma casa, paga alguém para cuidar de sua prole, indo para campo para o trabalho.
É nesse ponto que gostaria de chegar.
Em 1960, as crianças tinham uma educação exemplar, quase não se ouvia dizer que uma criança havia feito ou cometido um crime, no máximo, um pequeno furto famélico, onde a fome o levava a prática de um furto. Disse Furto e não Roubo.
Em 2010, com as mulheres deixando seus filhos por conta de terceiros, ajuizando a pessoas estranhas ao lar, a educação de sua prole, quase não se ouve mais falar de Furto por menores, mas sim de Roubo por menores, ou o que é pior, Roubo seguido de Morte, por menores.
Isso se deve ao fato de que as Mães, que antigamente eram a Guardiã dos Bons Costumes, deixaram da prática dessa interessante pedra fundamental na sociedade.
Começou a pagar, e muito mal pago, a outras mulheres, quase sem instrução para dar ao seu filho, educação, respeito, ordem, obediência, aos outros seres humanos que vivem sob a mesma camada de Ar.
Nota-se claramente que a mesma mulher que paga para educar seus filhos, não tem a noção de quanto vale a mulher que está dando a essas mentes em formação a educação que esses menores teriam que ter.
Portanto não se trata aqui de machismo, ou feminismo, afirmar que com a saída das mães de seu pedestal de educadoras, colocaram nesse mesmo altar, pessoas completamente despreparadas para assumir tão relevante cargo social.
Se pelo lado da questão social, foi um grande avanço para as mulheres, terem os mesmos benefícios dos homens, possuírem as mesmas chances, com o mesmo poder de decisão, ou até mesmo de opinião dos homens. São elas que com sua inteligência, com seu “feeling”, trazem para o seu lar, dinheiro, status, poder, amor, carinho e tantas outras prerrogativas, não só das mulheres mas também dos homens.
Perdemos com isso, a mãe provedora da educação, das boas maneiras, onde o certo era recompensado por elas, mas o errado também eram corrigidos.
Ficamos no hiato de qualquer passagem temporal.
Gostaria agora sim, colocar minha opinião pessoal, de parabenizar a essas mulheres que conquistaram esse espaço no mundo moderno, mas também de repreendê-las no tocante a essa responsabilidade de Educar, não só socialmente, mas como também moralmente essa geração vindoura.
Daqui a pouco, teremos mulheres ganhando bem, mas filhos que mal sabem o valor que isso possa ter, porque não tem educação o suficiente para compreender tal adversidade.
Como o grupo é de Feminismo sem Hipocrisia é que me dispus a emplacar esse artigo, deixando aqui um alerta ao feminismo, para que se torne cada dia mais forte, mas sem deixar de lado o lado da psicóloga, da mãe, da educadora dessa nova geração.
Prazer em Recebê-los
Dr. Clóvis Cortez de Almeida
(postado no perfil Feminismo sem Hipocrisia do Facebook)

 

Mestres de Cabelo em Pé



Realmente é fantástico, não pelo modo, nem pelo sabor, nem pela cor, nem tampouco pela leveza, mas sim pelo que representa.

Não é todos os dias que estamos preparados a sentar à frente de um computador e desenvolvermos um assunto ou um artigo, ou qualquer outro tipo de escrita, para que sejamos lidos, criticados ou mesmo até elogiados.

Por força do estudo, tenho que fazer as publicações em revistas especializadas no Direito, elogiando, ou até mesmo criticando um ou outro artigo, uma ou outra pessoa, que por bem ou por mal, deixou sua marca na terra, através de artigos, ou de manuscritos publicados.

Então o porquê fazê-lo, se por um lado sabemos que não teremos um público que poderíamos chamar de fiel, ou que nos seguiriam, por causa desta ou daquela publicação?

Vagamos por diversas teses que nos levariam publicar ou não o artigo, veríamos também se está dentro do contexto diário, ou se não é apenas mais um assunto trazido ao acaso, sem preocupação de veracidade ou de datas ou mesmo de nomes.

Assim, ficamos por horas e horas, meditando sobre o artigo que em breve estará estampado na galeria de publicações, com aquela certeza de que alguém irá ler, irá comentar, irá tirar algum proveito daquilo que escrevemos.

Lembrei-me hoje de um artigo, ou melhor de um trabalho universitário que escrevi falando sobre uma sala de aula, o mestre, seus pupilos, as provas bimestrais, e porque não da Cola.

Foi uma batalha mental, travada com uma professora renomada da Usp, com outros renomados mestres de uma Faculdade do interior do Brasil, que por sua arrogância, se colocava acima do bem e do mal, não permitindo que seus alunos enfrentassem a verdade, não para efeito de contrariá-la, mas sim para trazer à luz um assunto polêmico mas atual em todas as épocas.

Foi um artigo, ou melhor um trabalho perfeitamente acadêmico, quase uma tese, em que propusemos um estudo profundo sobre o que era a Cola, seus efeitos devassadores, sua simbologia, e também sobre as incoerências, que levariam ou levaram seus “colantes” aos píncaros da glória.

Houve então uma batalha, não material, mas no âmbito formal da palavra, onde “coladores”, “colantes”, “colados”, eram fatidicamente investigados, sendo torturados até o máximo de tempo possível, para que dele se extraísse uma única certeza que poderíamos chegar naquele momento e também nos dias de hoje.

Sim, nos dias de hoje, porque aquele artigo, aquele trabalho, apesar de estar datado de 1984, é mais atual do que nunca.

Era quase um tratado sobre uma das virtudes ou vícios de quase todos, ou uma boa maioria naquela época, que usava deste conceito, artifício criado para promoção de um aluno, de um ano para o outro.

A conclusão era mais do que clara para todos, entrevistados e entrevistador, mas o que mais me causou espécie, foi o fato de não ter sido aceito pelo Mestre, mas ter sido usado por ele, inclusive para defesa de sua tese de Mestrando.

Algo fantástico para mim na época, que mesmo tendo apenas o colegial, já estava ajudando alguém em conseguir seu diploma de Mestre.

E daí vem a grande afirmativa que colocou os mestres presentes de cabelo em pé.

“Os grandes coladores de ontem são os Mestres de Hoje, e os coladores de hoje, serão os Mestres de Amanhã”.

Então, Prazer em Recebê-los.
(Clóvis Cortez de Almeida)