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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Operação Hárpia, alguém conhece?


Quando falamos em Hárpia, nos vem de estalo uma ave brasileira, também conhecida como Gavião-Real, ou Gavião-de-Penacho, mais conhecida ainda pelo sua natureza de predador, onde em um voo rasante ele captura macacos, filhotes de veados, tatu, cobras e diversos outros animais.

Está no topo da cadeia alimentar, e por isso não tem inimigos à altura na natureza.

Mas não é do animal a que venho falar aqui, mas sim de uma operação que deverá ser em breve implantado nos sistemas de rastreamento fiscal mais impressionante já implantado nesse País.

Vamos a breves palavras tentar traduzir o que um programa está fazendo com nossos bolsos, com nossa privacidade, com nossos impostos e outras coisas mais.

Pediria uma reflexão dos senhores para que a visualização ficasse mais explícita.

Imaginem uma águia, olhando de cima tudo o que está acontecendo em um plano mais abaixo, em que um músculo, uma célula que se movimente, seria percebido por esse animal.

Pois bem, é o que faz a harpia quando está a muitos metros acima de nossas cabeças, atenta a tudo o que acontece com a natureza da qual faz parte.

É um vigilante, que não deixa que nada passe, até mesmo porque é de lá de baixo que vem sua alimentação, e com isso sua sobrevivência.

O Governo Brasileiro, já a alguns anos está desenvolvendo um programa de computador, cujo nome é Hárpia, e tem como principal motivo, a fiscalização dos impostos, tributos e taxas, que nós pagamos ao governo.

É uma visualização global, em que qualquer centavo nosso tivesse que ser tributado, mesmo você não querendo.

ICMS, IPTU, IPVA, IR, DPVAT, e tantos outros impostos, tributos e taxas que pagamos todos os dias, se cruzassem, e com isso nada escaparia dos olhos atentos do Governo.

Mas você perguntaria um IPVA não é estadual? Sim, respondo eu. Um IPTU não é municipal? Sim, novamente respondo.

E o que tem a ver com Impostos Federais como IR?

Se você paga um ou dois ou mais dessas receitas governamentais, esse dinheiro será cruzado por potentes computadores, que verificarão de que se trata se é um imóvel, ou um veículo automotivo, ou um produto de supermercado, e que verificarão qual a receita, se é ou não compatível com seu bolso.

Seria um mais imposto compulsório em que você não poderia fugir em pagar, em que qualquer pãozinho da padaria do senhor Manuel, seria também tarifado, ou um litro de combustível mais do que nunca teria seu imposto retido.

É um olhar de lince, em uma Hárpia, onde o predador que é o Governo, estará atento a tudo e a todos, ao mesmo tempo, onipresente, onisciente, e incontestavelmente tal qual um carrasco, pronto para executar o cidadão, que indefeso, só poderá pagar ou pagar.

Esse software já está em franca experiência, está em produção pelas melhores cabeças técnicas do Brasil e de outros países de maior tecnologia, para que haja sempre um fiscal.

Não adianta se esconder, pois em cada lugar que você irá comprar, uma agulha que seja, terá estampado seu CPF, e a informação estará sendo cruzada entre o Distribuidor do insumo, do Fabricante, do Atravessador, do Vendedor, e por último do Comprador, e se não tiver inclusive rastreado do catador de materiais recicláveis.

É uma gama de informações que você deixará ao nascer, ao ir para a escola, porque é desde criança que começa o cadastro.

Então, a operação Hárpia tem seus resultados aplicados, e tudo já estará consumado.

“Consumatum est” e assim a operação do governo estará completo.

Assim sendo, digo-vos

Prazer em Recebê-los

Clóvis Cortez de Almeida

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Depende de nós



Posso colocar aqui que quando nos propomos a fazer alguma coisa, jamais devemos outorgar responsabilidades de quem não tem nada a ver com o assunto, ou que não possui o comprometimento que você tem com o caso.
Essa regra vale para tudo, mas tudo mesmo, e antes que você se arrependa, faça um retrospecto de todos os assuntos que você acabou passando para terceiros a responsabilidade e o negócio ficou emperrado, ou não progrediu, ou mesmo nem saiu do papel, para seu desespero.
Os principais fatores de uma coisa dar errado é você preliminarmente, confiar que outros terão o mesmo empenho, a mesma responsabilidade que você terá ao ser contratado para resolver o problema.
Sim, o problema, porque raramente você, profissional, será chamado para usufruir de um benefício que sequer tem o seu nome, ou sua cara.
Não quero ser aqui o dono da verdade, mas algumas regras tem que ser seguidas para que você não quebre a cara, como eu, achando que ao chamar alguém você poderá não só aprender, mas também interferir ou ter o respaldo dessa pessoa.
Os diversos assuntos que poderiam ser citados aqui, tem tudo a ver com a realidade que vivemos, mas que por uma questão de descuido, acabamos não percebendo, ou ignorando propositalmente, mesmo que displicentemente deixamos de olhar com olhos de proprietários dos assuntos de nossos maiores interesses.
Usamos de muitas vezes, de um olhar menos clínico, mais como chefes, ou mandantes, do que propriamente dito de donos ou representantes dos donos, que nos pagam e desejam de uma forma ou de outra, de uma satisfação sobre o serviço que muitas vezes não possuem conhecimento para resolver tais problemas.
Não parte de nós, mas algo mais forte nos remete a essa situação confortável, de falar faça isso, ou aquilo, ou resolva do melhor jeito possível, que logo vou aí.
Quando falamos então de algo burocrático, ou técnico, fica pior ainda, isso porque, quem nos contratou não possui conhecimento técnico, ou está impedido de exercer o conhecimento que tem, tendo que passar para um responsável os assuntos que lhe estão sob sua guarda.
O bom e velho ditado que diz “O que engorda o gado, são os olhos do dono”, bem diz a verdade.
Se não é o proprietário zelar pelo assunto que deseja ver resolvido, não o será, certamente, pois os outorgados simplesmente fecham os olhos, ou não tem a competência que o mandante gostaria de ver.
Portanto, quando estiver com um assunto sob sua responsabilidade, dedique-se, faça o melhor possível, mantenha o mandante ou superior hierárquico informado, até mesmo para mostrar seu potencial ou suas dificuldades.
Dificuldades fazem parte de quem se dedica a um assunto, porque senão, qualquer um faria, e qualquer um fazendo, você certamente não seria contratado.
Novamente insisto, não desanime, dê o seu melhor, porque reconhecimento, ao oposto do que as más línguas falam, existem, e vêm apenas das pessoas certas.
E como é gratificante ter um serviço acabado, ao gosto daquele que te contratou, ou do dono, porque quando o serviço é para você mesmo, com certeza será feito o melhor possível.
Assim sendo,
Prazer em Recebê-los
Clóvis Cortez de Almeida

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Corrigindo situações



Algumas situações a que somos expostos é que nos fazem crescer, amadurecer diante de um assunto ou diante uma etapa na vida, cuja indagação só vem a puxar pela sabedoria para poder dirimir o assunto.
É simples, quantas e quantas vezes não vemos uma pessoa com um pouco mais de idade, falando, afirmando, reafirmando, colocando sua opinião como se essa tal opinião fosse a única correta.
Paramos para analisar e verificamos que não é assim, ou que não tem razão o argumento apresentado, e daí olhamos para sua cabeça e percebemos fios brancos de cabelo.
Minha avó paterna já falava, quem é velho para nós, é sempre quem tem 20 anos mais do que nós.
Sábia filosofia, pois a medida que o tempo vem chegando, idade começa a se tornar irrisória. O sobrinho fazendo 15 anos, e parece que foi ontem que o peguei no colo, ou até mais ainda, a sobrinha fazendo vinte e seis anos e vi quando ela nasceu, mas isso só vem a reforçar a ideia de que velho é quem tem realmente mais de 20 anos do que nós.
A sobrinha já casada, tem por mim a figura de um senhor, o sobrinho de 15 anos então nem se fala.
Aí nos pegamos dando nossas opiniões, colocando nossos argumentos como se fossem os únicos, e em nossas cabeças já estão repletos de fios brancos, vez ou outra disfarçados com uma tinta.
Ficamos estarrecidos, quase paralisados quando somos retrucados, mas não podemos deixar as coisas como estão. Precisamos nortear os mais jovens, para que o mundo caminhe pelo menos com rumo, e não aleatoriamente como vem sendo demonstrado nas atitudes dos mais jovens.
Nossos ídolos ainda são os mesmos, mas a aparência não engana não. Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém... Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem...”
Sim, amo muito o passado, mas não para ficar com o saudosismo simples, dizendo que “na minha época era tudo melhor”.
Acompanho a tecnologia, estou sempre por dentro dos acontecimentos e da novas demonstrações de modernidade, mas tudo isso para que não envelheça, para que não fique arqueado pelo avanço do mundo, para que não fique por fora.
O envelhecimento é fatal, mas para ter um afazer na velhice, tentando deixar o cérebro um pouco mais ativo.
Recebi ontem um jogo que mede a idade mental de uma pessoa calculado por um computador, e em outras épocas eu mesmo já estaria incomodado, pois quando uma máquina poderia fazer uma avaliação da minha cabeça.
Mas não, comecei a pensar diferente, corrigindo situações que passava, tudo isso em nome de estar jovem no meio de jovens.
Hoje posso dizer, rejuvenesci uns 15 anos ou melhor minha idade cerebral é: 32 anos. Para quem tem uma idade física de 52 anos e 11 meses e 18 dias, acredito que está ótimo. Tudo isso calculado pelo computador.
Portanto, não desprezo quem vem me ensinando, se é jovem, velho, criança ou bebê, o importante para mim é aprender, com todas as letras, e que esse ensino fique comigo para sempre, ou melhor até quando estiver ativo na vida.
Corrigir Situações, não é somente um pedido de desculpas para a vida, mas sim é perdoar-se dos erros cometidos durante uma fase da vida, e ter tido a oportunidade de poder estar corrigindo.
Assim sendo, digo-vos,
Prazer em Recebê-los
Clóvis Cortez de Almeida

Uma Saída Técnica. (por Clóvis Cortez de Almeida)



Que me corrijam meus pares, mas estamos vivendo um impasse entre Justiça e Lei, em que o Ministro Celso de Mello tem que proferir entre conceder ou não os Embargos Infringentes.
Vasculhando leis, artigos e inúmeras outras ferramentas, a favor e contra os réus, me surgiu um Artigo no CPP (Código de Processo Penal), que pode sanar não só essa dúvida, mas também livrar o Ministro Celso de Mello de Constrangimentos.
Por favor, e novamente peço, me corrijam se eu estiver errado, mas diz o artigo 609 do CPP: “Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.”
Continua no Parágrafo Único: “Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10(dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do artigo 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.”
Gostaria que reparassem na parte do parágrafo único que diz: “Decisão de Segunda Instância”.
Pelos livros escolares, acredito que o STF é a mais alta corte, ou terceira instância, como queiram.
Então o Ministro Celso de Mello, bem que poderia proferir para o Supremo, e para a felicidade de toda a população Brasileira: De acordo com o Parágrafo Único do artigo 609, declaro não aceitar os Embargos Infringentes, e daí ele daria bela aula de Processo Penal, ou mesmo do Código Penal.
Mas essa é apenas minha opinião, advogado simples, do dia a dia, que como pessoa torce para que haja desfecho nesse triste episódio da vida do País.
Clóvis Cortez de Almeida

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Uma questão de honra



Para mim, palavra é palavra, não se volta atrás, mas não é assim para todos.
Quando pequeno, meus pais sempre me educaram na sintonia do Certo, da coisa Certa, da Atitude Certa, e esse comportamento vem me seguindo ao longo dos meus 52 quase 53 anos de idade.
As coisas nem sempre são fáceis, mas quando nos é apresentada, temos que tomar um fôlego, analisar friamente o problema e daí sim, se comprometer ou não com o problema apresentado.
Certa vez, ainda moleque estudando eletrônica, quando eu e um colega pegamos um televisor para consertar, um televisor colorido de 19”, Philco, B-819, tivemos um episódio interessante.
Estava ainda no começo da carreira de Técnico, sem muita experiência, pois no local onde trabalhava, eu era técnico de TV preto e branco valvulares.
Mas isso não me assustava, mesmo porque minha curiosidade pela tecnologia estava acima de mim, e meu furor em desmontar e montar as coisas, saltavam de minhas veias.
O que me aterrorizou, foi saber que aquela TV em particular, pega pelo colega, era apenas do Chefe do Meu Pai, um então Tenente da Aeronáutica, da Base Aérea de São Paulo, conhecida como Cumbica.
Abri o equipamento, examinei-o profundamente, coloquei o fio na tomada e liguei.
Aparentemente tudo funcionando, conforme mostrava um Meeter (Abreviação de Multimeter), um equipamento caro para os padrões da época que havia ganho dos meus pais.
Fonte baixa ok, fonte alta ok, AGC (automatic gain control) ok, AT (alta tensão) também ok, e a imagem foi surgindo suavemente, mas um pouco distorcida.
Um ponto vermelho que não se sobrepunha sobre o ponto azul e que não se sobrepunha sobre o verde. Parecia o que hoje chamamos de 3D.
A convergência dessas três cores primárias, é que faziam o branco total na tela, pois está errado quem pensa que cor primária é vermelho, amarelo e azul.
Respirei fundo, pois naquele momento já sabia o que era, pensei, meditei e por fim falei ao colega: É o Chadomask (tela que ia dentro do Tubo, fina que em cada ponto passava 3 feixes de luz, produzindo as cores).
Dentre as broncas que levei em casa, por estar consertando algo que não entendia direito, e aquela coisa era do chefe do meu pai, custava o TRC (tubo de raios catódicos) o equivalente hoje a um carro zero popular.
Chamei o dono da TV, lógico que em horário que meus pais não estavam em casa, expliquei com teoria o defeito e ele aceitou em fazer o conserto.
A partir desse momento, a lição maior que meus pais me ensinaram começavam a fazer sentido, de nunca prometer, mas eu já havia pego o dinheiro do dono da TV.
Já estava compromissado, enrolado até mais do que o pescoço, sem poder dizer que não iria fazer para o dono da TV e sem poder dizer aos meus pais que iria consertar a TV.
O tempo, logicamente passou, e com ele a idade adulta veio, trazendo consigo mais responsabilidades até um dia em que fui chamado para fazer parte de uma organização, e nesta organização, o vigésimo nono mandamento diz: “Você não é obrigado a prometer, mas uma vez o fazendo se torna responsável”.
Isso calou fundo em meu pensamento e hoje, para cada ação que prometo fazer, me utilizo dessa máxima, e porque já foi analisado, previsto as circunstâncias certas e erradas, totalmente consciente da responsabilidade, e com um quesito a mais, o de sempre respeitar a máxima ensinada, não por essa organização, mas pelo meu pai que me introduziu as boas condutas.
Assim sendo, deixo a todos o meu respeito e sinceros votos de …
Há, a TV?
Sim, era realmente o TRC, que troquei ajustei e ficou como nova.
Prazer em Recebê-los
Clóvis Cortez de Almeida

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Descaso ou Descuido


 
É impressionante como três ou quatro letras fazem uma diferença muito grande em nosso dia a dia, em nosso redor, com pessoas que amamos, pessoas que gostamos ou até aquelas pessoas que cumprimentamos.

Passamos por muitas vezes batidos em gestos simples, muito simples para nós, mas de um grande valor àquelas pessoas que ficam nos parapeitos das janelas da vida, esperando um abraço, um sorriso, um gesto de carinho, um “Eu te Amo”, uma piadinha, um caso sério, um como vai, um como foi seu dia.

São mensagens simples, são oportunidades raras que acontecem em nossa vida, isso porque por diversas vezes, chegamos do nosso trabalho, exaustos, moídos, querendo apenas um pedaço de sofá para se recostar, ou uma janta para comer, ou pior ainda, uma cama para dormir.

E não precisa ser apenas na chegada de nossos trabalhos, no quotidiano de nossas vidas, nos mais singelos gestos que podem ser adotado por nós e que vezes não percebemos.

Uma rosa, ou uma simples flor, que por mais simples que seja, carrega em seu corpo a natureza Divina, de ter colocado Vida naquela pequena manifestação da Natureza, que se trazida para casa, faz com que nossos companheiros, ou companheiras, se sintam valorizados, privilegiados, e não fiquem apenas pensando que o Lar, é apenas um porto seguro, mas que dentre esse porto seguro, está mais do que simples quatro paredes, de barro ou alvenaria, de papelão ou de ouro, mas está ali alguém que realmente amamos.

Imaginem vocês que a segurança de voltar para casa seja assim tão forte que você esquece a diferença, a sutil diferença entre Descaso e Descuido.

Não se sinta mal se o seu caso for o Descuido, pois a pessoa que está a lhe esperar, muitas vezes um pouco magoada, há de compreender, compreender de que você é realmente disperso, sem o mesmo cuidado que ela como pessoa faria por você, mas tenha sempre à mão uma caixa de pedido de desculpas, um caminhão de pedidos de perdão, pois isso fará com que, não amoleça seu coração, mas abram-se os olhos para uma realidade, triste realidade.

Se você chega, e não precisa ser à sua casa, mas se você chega de qualquer lugar, e encontra o seu ou sua amada, não esqueça de que um abraço espontâneo, sem compromissos, serve para dizer aquilo que tua boca levaria anos falando, sem conseguir dar a mesma entonação, sem conseguir expressar o que o coração grita.

Eu te amo, não pode ser esquecido nunca, pois deixaria de ser Descuido, e então, entraria no campo do Descaso.

E o Descaso é um campo de lodo e ruina, um sentimento de mesquinhez e individualismo, em que você está prestes a perder aquilo que levou muito tempo a conquistar, o amor da pessoa de que partilha sua vida.

Descaso, sentimento ranzinza, não nos permite a baixar a voz, a parar de argumentar, não nos deixa refletir entre o certo e o Descaso, e nos derruba com um só golpe aos chãos dos Ringues da vida.

Com estas luvas do Descaso, queremos quando paramos para refletir, é jogar nossa amada ao solo, com um só golpe, arrancando dela os mais precisos sentimentos que nos abraçaram até esse momento, que é o amor, deixando-a desmaiada, sem movimentos, sem sequer a vontade de levantar-se e cultivar novamente o sublime amor.

Portanto, não vamos deixar, a partir de agora, deixar instalar-se em nos, nem o Descuido nem o Descaso.

Plantemos amor, cultivemos alegria, sejamos portador de palavras e gestos agradáveis, para que o seu Porto-Seguro, seja também do outro, que encontre em nosso abraço um motivo de alegria, de muito entusiasmo.

Não sou o dono da verdade, isso é tão certo como estou vivo, escrevendo, mas digo-lhes que uma das verdades desta terra é Ame e seja Feliz.

Para tanto, digo-lhes agora,

Prazer em Recebê-los

Clóvis Cortez de Almeida

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

MANIAS



Todo mundo tem uma mania, isto é inevitável e o pior, se incorporam ao nosso ser tal qual uma erva daninha no meio de folhagens.
Sabe aquele tic nervoso? Aquele em que você faz uma careta, estica os lábios para direita, depois para a esquerda, dá uma mexida no pescoço, passa a mão na cabeça e continua como se nada aconteceu? Ele em algum momento foi revelado.
Para não ser tão chato digo que em um dado momento ele se tornou visível aos olhos de seus amigos, familiares, colegas de trabalho, no seu estudo, no seu passeio com a galera, (será que esqueci de alguém?) e toda a torcida do time de futebol preferido seu, e a partir daí você começará a sofrer os temidos Bullying.
Não precisa ser gordo, magro, alto, baixo para sofrer de Bullying, mas tem que ter muita coragem para enfrentar o tal Tic nervoso. Existe até uma música que diz: “Isso me dá Tic – Tic nervoso” que retrata com bom humor o sofrimento de um jovem que tudo com ele dá errado, perdendo o emprego, arrumando uma namorada que era namorado, geladeira vazia e o desabafo, “Isso me dá Tic – Tic nervoso”.
Parece até mesmo uma brincadeira, mas não. É uma triste realidade para aquele que sofre com assédios morais, brincadeiras de mau gosto, em que o agredido fica de lado, amargando essas brincadeiras como se fosse um dia normal da vida, um dia ruim no trabalho, enfim, jogado às traças com requintes brilhantes de uma brincadeira.
Mas, voltando as Manias, quem já não as teve, não é verdade?
Hoje foi um dia curioso, depois de pegar o carro e dirigir-me até Guarulhos, onde tenho escritório, coloquei o carro no estacionamento e fui caminhando ao Escritório, cerca de uns cem metros no máximo.
Então, chegando a um semáforo, ou farol, como queiram parei e fui apertar o botãozinho que de tempos em tempos dá sinal verde para atravessar a rua.
Como cheguei cedo, não estava com pressa, resolvi observar um pouco do movimento da avenida, dos estudantes que se dirigiam à escola, do varredor de rua que limpava com sua vassoura, tendo um assobio como acompanhamento, o jornaleiro que fazia troco, o cara do café, mal humorado como sempre, enfim, uma busca completa com meus olhos para identificar cada um.
É interessante que muito pouca gente faz isso, e quando o faz, é tachado de maluco, sem noção, com tempo de sobra, mas mesmo assim, não me deixei levar pelo lado da gozação, e continuando minha pequeníssima jornada.
Parei ao lado do pequeno poste metálico, procurei o botão e instintivamente coloquei meu dedo e dei três apertadas.
Tal fato fez-me rir, pois estudei por muito tempo eletrônica, e sei que para se fazer o contato entre dois pólos, basta um pequeno encostão, um pequeno atrito e o relógio de parada para os carros já é iniciado.
O tempo, que estava a meu favor, passava suavemente diante dos meus olhos, quando reparei que um senhor, com expressões de descontentamento, com pressa, se posicionava do outro lado da Avenida, junto ao poste que mantinha um botão ligado em paralelo ao meu.
Os segundos eram eternos, quando esse senhor resolveu colocar seu dedo também no botão no intuito de ter maior velocidade no relógio de parada dos veículos.
Sinal verde para os carros e vermelho para nós pedestres, após a apertada do botão do senhor, começou a esboçar sinais de que dentre instantes teríamos nossa travessia franqueada pela luz verde.
Tudo dando certo e quando o sinal ficou vermelho para os carros e verde para nós pedestres, começamos atravessar a avenida. O senhor vinha então em minha direção, e eu caminhando calmamente pela faixa de pedestres, sendo que eu calculava que o atropelamento entre eu e o senhor do outro lado, seria inevitável.
Instantes finais, olho no olho, pé a pé, nos encontramos no meio da avenida, quando esse senhor dirigiu-se a mim e falou: - Viu como tem que fazer? Você deve apertar o botão insistentemente para que nossa vez chegue mais cedo.
Recorrer ao meu estudo de eletrônica nos anos 70, puxando pela memória, e lembrei que basta apenas um encostão para acionar o gatilho.
Mas que dó, aquele senhor juraria de pés juntos que foi a apertada dele que movimentou a máquina semafórica.
Só uma questão de Tempo.
Sendo assim, Prazer em Recebê-los
(Clóvis Cortez de Almeida)

domingo, 8 de setembro de 2013

FACULDADES DE PRIMEIRA LINHA

Observando alguns anúncios que me enviam por E-mail, os tais chamados de Spam, vi que estava em minha lista de descartáveis uma empresa cujo objetivo era de angariar ou até mesmo, buscar pessoas recém formadas para fazerem parte do grupo de pessoas empregadas.
Tal anúncio começava dizendo: “Se você é jovem, sonhador, se está cursando o primeiro até o terceiro ano do Curso de Direito em Universidade de PRIMEIRA LINHA (USP, PUC), tem como um segundo idioma o inglês e o francês procurem-nos que temos para você o estágio perfeito que irá alavancar sua carreira Jurídica”.
A primeira vista tudo bem, não questionei, a não ser pela segunda língua, mas depois, com uma leitura mais detalhada do texto, comecei a consultar-me do que seria uma Universidade de Primeira Linha.
Achei primeiramente que fosse tradição, mas não era, senão a empresa anunciante anunciaria você que faz uma Universidade Tradicional.
Foi daí então que caiu minha ficha, e agora apelo ao saudosismo dos nascidos antes de 1961 e depois de 1959, o que seria então uma faculdade, ou uma universidade de primeira linha.
Busquei.
Fui buscar em dicionários, em enciclopédias ou enciplopaédia, como a minha velha Barsa, o que seria tal instituição de ensino.
As respostas foram chegando aos poucos e aos poucos comecei a ter uma vaga resposta de ter uma universidade de primeira linha. Sim seria exatamente o que se passava em minha mente.
Uma Universidade que dava ao aluno uma formação sólida, com vasto curriculum, de professores altamente capacitados e colocados num púlpito onde o conhecimento ali se emanava para cada aluno da sala.
Essa seria a explicação mais honesta que encontrava, e comecei agora a indagar ao propagandista sobre o porque então desse anúncio que não me deixava quieto, tranqüilo, pois tudo estava ali, escrito com a palavra de “primeira” linha.
Não fiquei contente e fui pegar minhas velhas, mas boas apostilas, e ver se existia alguma coisa diferente entre eu e o curriculum pedido pelo anúncio, ou melhor, dizendo entre o curriculum que minha Universidade havia me conferido com o Diploma de Bacharel e o diploma conferido a alunos das Universidades citadas.
Comecei com o primeiro ano, e conferi Teoria Geral do Direito, certo, batido e examinado. Depois, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, e assim por diante, até chegar a última das matérias que seria o tal Estágio, onde em meu curriculum me enchia de orgulho dizendo ser estagiário do Governo do Estado de São Paulo.
Confesso, não achei nada ou qualquer código que não fosse dado em outras Universidades que a minha não tivesse me ensinado.
Meus códigos eram os mesmos, as mesmas editoras, as mesmas explicações, as mesmas doutrinas, os mesmos citados, sempre os mesmos.
Daí cheguei a uma simples, mas simples solução do questionamento.
O problema era o NOME.
Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida

 

sábado, 7 de setembro de 2013

7 de Setembro


Pensei muito em escrever ou não sobre a data de hoje. Procurei outros assuntos, me inquietei vendo televisão, mas no final estou aqui, pronto para mais umas palavras, que ficarão gravadas, porém já não sei mais se serão ou não vistas por alguém ou se serão espionadas pela Cia de Inteligência Americana, quem sabe?
O fato é que chegamos a mais uma data comemorativa brasileira, dia de desfiles militares, desfiles civis, bandas, fanfarras, e por último, não por ser menos ou mais importante, mas manifestações.
Dia em que minha Loja Maçônica foi considerada apta a trabalhar pela humanidade, dia em que alguns amigos meus fazem aniversários, alguns de vida, outros de morte, mas enfim, dia em que comemoro diversas alegrias e tristezas.
Faz-me remeter aos anos de 1966, 1967, 1968 e 1969, quando estava estudando no Grupo Escolar Costa Braga, em Guaratinguetá, cidade esta do Estado de São Paulo.
Fui matriculado no primeiro ano em 1966, já alfabetizado por minha mãe, quando o diretor daquele colégio disse aos meus pais que eu não poderia fazer o primeiro ano do Grupo Escolar por ter apenas 6 anos de idade.
Esperneei, chorei, embirrei até quando meus pais me viam com olhos de um estudioso, e convenceram o então Diretor que eu estava no amplo sentido preparado para começar a galgar os degraus do conhecimento.
Fui estudar a História do Brasil, aquela descrito nos livros, onde um português de nome Cabral havia descoberto o Brasil, a primeira missa, o reinado, o jugo de Portugal, e por fim a sua Independência, tão bem retratado por Pedro Américo no quadro da Independência.
Hoje, observando as condições atuais de meu país, fico pensando se não seria melhor ainda o jugo Português, ou Espanhol ou Holandês ou Francês, sei lá, mas ficar da forma que estamos vivendo não é mais possível.
Lembro-me bem, quando chegava 7 de Setembro, minha mãe engomava minha camisa branca, minha calça curta marrom, minha meia que vinha até os joelhos, meu sapato bem engraxado, e seis e meia da manhã estava em forma, como dizem os militares, na avenida principal de Guaratinguetá, pronto para marchar.
Eram pequenos mil e quinhentos metros, mas que marchava com orgulho no peito, peito este estufado pela solenidade e pelo patriotismo que girava em torno de nós alunos.
Ao chegar ao final da formatura, nos átrios da dispersão, encontrava-me com minha mãe e meu pai, que carregavam até então da minha irmã caçula, que ficava empolgada em ver seu irmão ali, valente, bravo, com um civismo a flor da pele, que marchou como ninguém.
Hoje, passado alguns poucos anos, poucos mesmos, estou observando vendo minha televisão, com medo, medo de sair de casa e me deparar com pessoas se vestindo com as Bandeiras do Brasil nas costas, dizendo ser patriota, ou com grupo de arruaceiros prontos a vandalizar com outros de mesmo grupo com o patrimônio que é meu também.
Fazendo de passeatas de protestos, mas sem um foco, sem uma organização, derrubando, quebrando, assaltando com uma gana incontida os prédios, as estátuas e tudo o que representa nossa cultura, nosso patrimônio, nossa identidade.
O medo de sair nas ruas e ser atingido por uma bala de borracha, ou gás de pimenta nos olhos, ou de uma lata de lixo vindo sobre nossa cabeça, somente para chamar a atenção, nem sempre daqueles que nos governam, mas de pessoas que nada tem a ver com as reclamações.
É tanto tumulto que já existe um grupo fazendo passeata contra passeata, grupo que tumultua contra tumultos, atrapalhando pessoas nos seus trajetos, nas suas vias, impedindo ambulâncias, carros, ônibus, taxis, enfim, toda nossa frota de veículos e pessoas que precisam chegar ao seu destino, sendo tratado com indignidade, com desprezo por aqueles que se rotulam pacificadores, que se rotulam pessoas respeitosas.
É tanta coisa, que passaria aqui, por muito tempo escrevendo sem chegar a uma conclusão objetiva, sem mesmo saber o porquê dessas manifestações, dessas atitudes.
No começo era uma passeata contra R$ 0,20 centavos por uma passagem de ônibus, mas foi se ampliando, ampliando sem rumo e foco, que virou já motivo de piadas. Será que nós vamos sair antes da passeata que não quer sapato velho para o povo ou depois da passeata que irá definir se o pelo do cachorro não pode ser podado com menos de cinco centímetros.
Piadas é a única coisa que se ouve do governo que tem nas mãos, a força de um povo derrotado.
Se não for revisto tudo isso, jamais deixaremos de ser rotulados como povo de terceiro mundo, mas sim fixarmos melhor no povo pacífico que não tem o menor interesse em política, mas que dá o maior valor ao futebol, estádios, arenas gigantescas, dinheiro sendo gasto sem necessidade, enquanto o povo precisa é de hospitais, escolas, segurança.
Bem, não há o que mais falar, senão
Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida.