Sincera
Quando procuramos pela palavra Sincera nos dicionários, encontramos além de diversos significados, um que mais se aproxima da verdade, que é de dizer aquilo que pensa.
Quando nos referimos a amigos, dizer que são sinceros é dizer que eles nos representam a verdade, a pureza da palavra.
Na antiga Roma, todas as coisas que eram muito boas e que serviam para alimentar (não só o corpo mas também a alma), eram guardadas em um vaso.
Esse vaso deveria ser o mais límpido possível, o mais transparente possível, mas não poderia ser de vidro, pois a mácula da quebra não representaria a fortaleza que deveria ser algo forte e algo confiável.
Fazia-se então um vaso cujo material era transparente o suficiente para ser visto no seu conteúdo e forte o bastante para guardar o que nele deveria ser abrigado.
Mas para dar lustro ao vaso, era necessário uma grande camada de cera, o que muitas vezes o deixava opaco o suficiente para não revelar o conteúdo.
Então havia o polimento. Eram feitas por mãos habilidosas que lustravam com panos próprios até ter a tonalidade e o brilho necessário.
Eram tão bem lustrados que quase não se percebia a cera que fora colocado, daí a expressão “cine-cera” ou em português, sem cera.
Então, quando falamos em amigos de verdade, aqueles a quem amamos de verdade, sem falsidade, sem meandros, dizemos que eles são tão polidos que parecem “cine-cera”, ou melhor sem cera, ou melhor ainda sinceros.
Assim tenho meus amigos. Assim tenho as pessoas que amo. Cine-cera – ou Sinceras, dentro do meu peito, dentro do meu coração.
A vocês meus amigos Cine-Cera, ou Sinceros, meu eterno Amplexo fraternal, e o ósculo dos amores.
Prazer em recebê-los.