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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sinceridade

Sincera

Quando procuramos pela palavra Sincera nos dicionários, encontramos além de diversos significados, um que mais se aproxima da verdade, que é de dizer aquilo que pensa.
Quando nos referimos a amigos, dizer que são sinceros é dizer que eles nos representam a verdade, a pureza da palavra.
Na antiga Roma, todas as coisas que eram muito boas e que serviam para alimentar (não só o corpo mas também a alma), eram guardadas em um vaso.
Esse vaso deveria ser o mais límpido possível, o mais transparente possível, mas não poderia ser de vidro, pois a mácula da quebra não representaria a fortaleza que deveria ser algo forte e algo confiável.
Fazia-se então um vaso cujo material era transparente o suficiente para ser visto no seu conteúdo e forte o bastante para guardar o que nele deveria ser abrigado.
Mas para dar lustro ao vaso, era necessário uma grande camada de cera, o que muitas vezes o deixava opaco o suficiente para não revelar o conteúdo.
Então havia o polimento. Eram feitas por mãos habilidosas que lustravam com panos próprios até ter a tonalidade e o brilho necessário.
Eram tão bem lustrados que quase não se percebia a cera que fora colocado, daí a expressão “cine-cera” ou em português, sem cera.
Então, quando falamos em amigos de verdade, aqueles a quem amamos de verdade, sem falsidade, sem meandros, dizemos que eles são tão polidos que parecem “cine-cera”, ou melhor sem cera, ou melhor ainda sinceros.
Assim tenho meus amigos. Assim tenho as pessoas que amo. Cine-cera – ou Sinceras, dentro do meu peito, dentro do meu coração.
A vocês meus amigos Cine-Cera, ou Sinceros, meu eterno Amplexo fraternal, e o ósculo dos amores.
Prazer em recebê-los.

Urnas Eletrônicas - texto para reflexão jurídica

Para quem é da área da Informática o assunto é muito simples, porém complica-se um pouco para o usuário comum.
Falar de segurança em internet é o mesmo que falar em separação do ar em um mesmo ambiente em que várias pessoas estão compartilhando a respiração.
Uma das coisas que muito me chamou a atenção ao ver a inovação tecnológica de nosso país mediante a votação, é a chamada Urna Eletrônica. Porque países chamados de 1º mundo (não conheço 2º ou 3º mundo, mas vamos lá) não adotaram ainda um sistema de votação em que clica-se em um candidato e 2 horas depois já temos o resultado de quem vai nos governar? Muito simples, o HOMEM DO MEIO.
Sim, aquele em que intermedia a contagem eletrônica e os resultados apurados. Imaginemos uma planilha eletrônica onde possuímos candidatos “A”,  “B”, “C” e “D”.  A votação segue dentro de uma normalidade incomparável. Tudo transcorre de acordo com as leis. Seis botões para apertar, sendo os 4 candidatos mais o botão em Branco e o botão Anulado.
Dentro dessas condições, um disco de armazenagem que irá ser transferido ao computador central. Tudo dentro dos conformes, até que.....
Bem vamos as fazes. Para cada 3 votos em “A”, transfere-se 1 voto para “D”. Inúmeras serão as probabilidades matemáticas. O “HOMEM DO MEIO”, poderá (disse poderá) eleger quem bem ele quiser. Medo? Eu? Não tenho nenhum, mesmo porque sei que sempre existirão as cartas marcadas.
Mas, senhores, chamo a atenção para o “HOMEM DO MEIO”.
É um ser humano, sujeito a todos os tipos de tentações.
Um dia poderemos voltar a falar sobre isso
Clóvis Cortez de Almeida.

domingo, 22 de maio de 2011

Mais uma trapalhada com chaves

Casos engraçados que devem ser contados.



Todos nós pensamos que as coisas só acontecem com os outros e se torna engraçado quando contato por eles, mas quando o negócio é conosco daí a coisa fica preta.

Para não dar nome aos bois, confesso que aqui os nomes não foram trocados, e é pura e verdadeira a HISTÓRIA, não estória.

Convenci minha esposa a ir até a empresa onde ela trabalha para lavar meu carro, uma vez que moro em apartamento onde não se permite lavar o carro no condomínio.

Até ai tudo bem. Ela pegou a chave do escritório, compramos as ceras os panos e vamos lá. Levei meu carro para lavar.

Uma terapia para mim, cá pra nós. Dá trabalho, mas o prazer é maior.

Levei minha caminhonete que é grande por sinal, para lavar. Enquanto eu me divertia tirando o barro do carro, minha esposa estava a adiantar o serviço para segunda feira. Vez ou outra chamava minha esposa à janela, mandava um beijinho e ganhava um incentivo para terminar o que tinha me proposto.

Cabine dupla, Frontier com câmbio automático, coloquei tampa para fechar a carroceria, tudo muito legal, senão fosse o tamanho.

Confesso que depois de tirar o barro, passar uma água com cera e enxugá-la, preparando-a para ganhar uma mão de cera pastosa, tive vontade de ir à concessionária e trocá-la por um Smart.

Sei que é 3 vezes menor, mas seria três vezes mais fácil de passar cera.

Depois de terminar, ganhar os elogios foi o motivo da confusão da história.

Resolvemos tirar do local o carro já limpinho e trancar tudo para ir para casa. Para evitar que os cachorros que guardam a empresa fugissem, minha esposa pegou e tirou o carro da garagem, enquanto eu segurava os ferozes Marrom e Negão, (nome dos dois animais de guarda).

Fechou o carro, trancou e foi rapidamente fechar o portão elétrico que fica em um departamento fechado do local do escritório.

Nada de mais, se ao passar pelo portão das pessoas, não tivesse também trancado. Fechou o portão elétrico, trancou a sala das chaves, e iiiuuuuppppiiiii. Todas as outras chaves ficaram lá dentro.

Bem ficamos com uma porta, sem acesso a computadores, telefone e sem poder sair para pegar o carro que estava a 10 metros à nossa frente.

Eu como não sou comunicativo, parei o primeiro cidadão e solicitei dele um celular para comunicar-me com meu cunhado para que ele viesse com uma cópia das chaves.

Foi uma espera de 30 minutos, mas o suficiente para ter dado razão em dizer que Cunhado é Mala.

Qualquer coincidência é totalmente oficial na data de hoje comigo e qualquer emanação de dizer que cunhado é mala, estará perdoada, afinal fui retirado do local.

Nada melhor que uma chave atrás de outra.

Prazer em recebê-los

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma dívida com uma poetisa

Pagando uma dívida.

Fiquei devendo uma explicação à poetisa Célia Moura a respeito de uma frustração. Pois bem, tentarei ser sucinto e objetivo.
Nos idos da minha juventude, o Escritor João Cabral de Melo Neto lançava uma das obras mais fascinantes para um jovem daquela época “Vida e Morte Severina”.
Lia e relia aquelas páginas até que uma emissora de TV (rede Globo de Televisão) resolveu fazer um especial cantado, com a música de Chico Buarque de Holanda e letra é claro do Escritor João Cabral de Melo Neto.
Sucesso nem preciso dizer que foi extraordinário.
Jovem, entusiasta da leitura resolvi por conta própria descobrir o endereço do escritor do livro “Vida e Morte Severina” aqui em São Paulo.
Foi difícil, não havia internet, as informações eram difíceis de se conseguir, mas sempre fui insistente.
Realizava mesmo com tropeços meus sonhos, e os da época era ter o livro autografado pelo autor.
Alguns meses antes, tinha ido num show de Maria Bethânia e consegui um disco dela e ela com sua simpatia autografou para mim. Então achei que com o escritor seria até mais fácil, bateria em sua porta, com o livro e uma caneta e pediria autógrafo para meu ídolo literário.
Devassei a lista telefônica, percorri cartórios, mas achei a famigerada rua da zona nobre de São Paulo onde morava João Cabral de Melo Neto.
Foi a glória. Corri a livraria, comprei o mais novo exemplar, uma caneta e estabeleci um plantão, já que o escritor estava de viagem e pouco parava no endereço localizado.
Foi então que veio a decepção.
Bati-lhe a porta, um mordomo me recebe e ao falar que desejava, recebi um sonoro Não.
Fiquei ainda, na garoa paulistana na frente da casa, vi a cortina cerrar-se por algumas vezes, pessoas entrando em um carro, e meu sonho despedaçado.
Tinha até bem pouco tempo o exemplar do livro que tanto amo, e nunca deixei de admirar o escritor como escritor, mas passei a sentir pequeno diante de alguém que tinha o dom de escrever como ele.
Meus sonhos de escrever foram embora naquele carro, naquele dia.
Descobri depois de 35 anos que escritores, poetas, poetisas são pessoas. Descobri que eles tem coração, tem sentimentos e tem amor por seus leitores e admiradores.
Hoje, aos 50 anos de idade, coloquei novamente minha vontade de ter um livro autografado por seu autor. No caso da poetisa Célia Moura.
Os sonhos desta vez estão mais difíceis pela distância que nos separa. Temos um oceano Atlântico em distância física, mas confesso que se preciso for, imitarei Fernando Pessoa em seu poema e direi “Navegar é preciso,  viver não é preciso”, mas darei meu jeitinho, o jeitinho brasileiro de não deixar escapar esse sonho.
Portugal? Está perto, são apenas 12 horas pelo ar. Santos Dumont nos facilitou a vida.
Prazer em recebê-los.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Anjo existe?

Uma história de Amor

Você sabe qual o sexo dos anjos? Qual a cor de seus cabelos? Qual a sua idade?
Nos idos de 1988 quando um de meus filhos estava com 4 anos ele sofreu de uma infecção e simplesmente ficou mole, sem ação ou reação.
Cheguei em casa do trabalho, e o encontrei semi-desfalecido no sofá, seus olhos verdes parados sem esboço da usual alegria que ele fazia quando me via.
Quase que tive uma parada cardíaco, mas o amor de pai falou mais forte.
Fui dar partida no meu velho e bom Passat 1976 e aí que começou a encrenca. O carro resolveu fazer um complô, não dava partida. Não tive tempo sequer de pensar em arrumar uma bateria ou fazer a famosa chupeta de carro para carro. Meu único interesse era levar o moleque ao pronto socorro ou ao hospital mais próximo.
No desespero, carreguei aqueles 12 ou 15 quilos pela rua afora, no afã de que alguém parasse para me socorrer.
Passou um carro da polícia militar e nem parou, não tive dúvidas xinguei a mãe e a terceira geração dos policiais, afinal queria eu atenção para levar o filho ao médico.
Foi nesse momento que parou ao meu lado um carro novinho em folha, e nele estava à direção uma mulher, alta, esguia, óculos escuros, que só me falou uma palavra: Entre.
Acredito que Ayrton Senna tenha sido aluno dela, pois nunca vi um carro correr daquela forma. Desviava de tudo e de todos como nunca havia visto, e em menos de 20 minutos tinha atravessado São Paulo e chegava ao hospital em Guarulhos.
Desci do carro levando o garoto ao médico, depositando ao colo do homem de branco a minha preciosidade.
A mulher do carro saiu em disparada. Nunca mais a vi. Nunca pude dizer-lhe obrigado. Acho que foi um Anjo da Guarda enviado por Deus.
Frustro os leitores por não poder dizer a idade do anjo, cor, olhos, mas só sei que Anjos existem e sabem pilotar um automóvel.
Prazer em recebê-los.

Com toda Razão

Com toda razão.

Estou postando mensagens no facebook e fui chamado a atenção no bom sentido pela Patrícia Rocha de que Advogado é coisa chata, não tem outro assunto a não ser trabalho.
Tirei uns momentos para refletir e vi que ela tem razão. Levantamos pensando na audiência, no meio da audiência a contestação, no meio da contestação o resultado e assim por diante, e quando vamos dormir, puf. Só mais um dia.
São esposas reclamando a falta de um carinho, namorados ou namoradas que não tem a devida atenção, mas hoje é diferente.
Hoje foi o dia da reflexão.
Dia de Santo Ivo. O padroeiro dos Advogados.
Único advogado no céu que conhecemos e por que será?
Tentei refletir sobre isso e vi a incompatibilidade de ser santo e defender a causa.
Se pendermos para um lado somos injustos com alguém, se pendemos para o outro, poderemos não estar certos.
Lembrei então daquele advogado que com medo de ir para o inferno e ver seus pares, juízes e até alguns clientes, deitado no leito e já bem enfermo pede para que as enfermeiras tragam para ele os seguintes livros: Bíblia Sagrada (versão católica, versão protestante), Alcorão, Sutra, a Tora, e todos os livros religiosos.
A enfermeira sem saber o porquê assim o traz, pensando que ele queria se inteirar mais de Deus e menos dos Rolex, Mercedes, Casas na Praia e outras coisinhas de advogado.
Como ele havia sido um homem de pouco compreensão religiosa, começou rapidamente a ler todos os livros em velocidade fantástica. Até parecia que havia feito curso de leitura dinâmica.
A enfermeira vendo a cena pergunta: - Doutor, porque o senhor está lendo esses livros justo agora que está para morrer?
E a resposta do advogado:-
Fique quieta, estou tentando achar uma brecha na lei. Preciso ir para o Céu.
Prazer em recebê-los

terça-feira, 3 de maio de 2011

Um fato que não tenho explicações

Fatos e tenho fotos.

Não gosto de dar conotação religiosa a nada que falo ou escrevo isto porque não pretendo persuadir ninguém a seguir meus preceitos, minhas práticas religiosas, mas o fato a seguir é a pura verdade.
Morei muitos anos numa cidade por nome de Guaratinguetá, interior de São Paulo, que fica a 15 minutos de carro da Catedral nova de Aparecida do Norte.
Enquanto criança acompanhava meus pais no domingo para a missa em Aparecida, e como sempre, uma lembrança sempre levava da cidade Padroeira.
Como não, a Imagem da Santa sempre tinha que ser substituída, porque os santeiros a faziam com gesso muito fino no pescoço, o que ocasionava a quebra da imagem sempre no mesmo lugar, e meu pai com a famosa Araldite (dois tubos) colava.
Não adiantava, mas ele colava e durava mais um pouco.
Quando havia a substituição, cumpríamos o preceito de não jogar a imagem velha no lixo, mas sim em água corrente (normalmente no rio Paraíba do Sul).
Estávamos com uma novinha depois de depositar a quebrada no rio Paraíba do Sul quando recebemos a notícia de que meu pai havia sido transferido para Anápolis-GO. (vida de militar).
Mais uma vez, o caminhão de mudanças na porta e o pessoal para cada peça embrulhada, marcava, etiquetavam e colocavam em uma caixa própria para não haver problemas.
Na cozinha, além das louças, a imagem da Santa Negra e seu manto azul, foram cuidadosamente acopladas no interior da caixa que depois de lacrada com minha assinatura (eu é quem despachei a mudança), foram colocados no caminhão para uma viagem de 1.000 km.
Fui de avião da FAB (Força Aérea Brasileira), e lógico cheguei 2 dias antes do caminhão que eu lacrei.
Em Anápolis, depois de limpar a casa, fazer amigos (outra história legal essa), chegou o caminhão com a mudança.
Cada caixa tinha seu destino. Uma para o quarto dos pais, outra para o quarto das irmãs e quando chegou a caixa da cozinha, novamente fui acompanhar o desenvelopamento de cada item da caixa.
Eis que o funcionário falou:- Xi moço quebrei alguma coisa, vamos ver.
Ao abrir aquele monte de jornais (naquela época não havia sacos-bolha), lá estava a imagem da Santa Negra, com o pescoço quebrado e a cola escorrida, como ficava todas as vezes que se tenta colar gesso com araldite.
Imediatamente o funcionário da empresa pediu para que eu relatasse a quebra, porque o seguro pagaria a despesa.
Meu coração, congelado ao ver que não era a mesma imagem que eu havia lacrado em São Paulo e sim a mesma que havia depositado  no Rio Paraíba, não deixei fazer o relatório.
O funcionário quis então pagar o prejuízo, coisa que logicamente não deixei.
Coloquei a imagem numa pedra de mármore branca, onde normalmente se colocava o filtro de barro para água.
O tempo passou, meus pais chegaram e quase tiveram um troço quando viram e souberam do ocorrido.
Hoje essa imagem, não foi depositada mais em nenhum rio, encontra-se numa pedra de mármore, no quarto de hóspedes da casa de meus pais.
Por favor, não me peçam explicações. Não as tenho.
Prazer em recebê-los.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Uma Estória de Amor

Para ficar mais bonito: Reza a lenda que Ariadne, filha de Minos na Mitologia Grega, este que foi o Rei de Creta era muito bonita.
Como toda boa história e estória, ela se apaixona por Teseu, quando justamente ele havia sido mandado para ser sacrificado pelo Minotauro em Creta.


O Minotauro habitava um labirinto construído por Dédalo.


Sabendo de sua sorte, Teseu foi ao Oráculo de Delfos, onde consultou a Pitonisa a respeito de sua sorte. Esta revelou o segredo que só o amor poderia fazer com que ele sobrevivesse.
Ariadne, disse a Teseu que lhe ajudaria com seu amor se ele casasse com ela, e ao invés de lhe dar uma espada, concedeu a ele um novelo de linha, muito grande e enrolado em forma de rolo.


Teseu, pegou a ponta inicial desta linha, ou que chamaremos agora de fio, e enrolou numa pedra, adentrando ao labirinto, deixando por onde passava o fio esticado.


No centro do Labirinto encontrou o Minotauro e numa luta digna de ser vista pelos Deuses no alto do Monte Olimpo, eliminou o Minotauro, e encontrou a saída do labirinto enrolando novamente o fio que estava esticado, até chegar na pedra onde era o início do Labirinto de Dédalo.


Embora o amor de Teseu por Ariadne não era o mesmo e de mesma intensidade de Ariadne para com Teseu, ele Teseu retirou a Amada de Creta.


Apesar de um simples conto de mitologia, de uma simples história de amor, muitas vezes passamos por nossas vidas dificuldades que nos recorremos aos Oráculos (igrejas), perguntando a Pitonisa (padres, pastores, rabinos, pais de santos), sobre nosso futuro, e unanimemente descobrimos que a resposta de nossa conquista está no amor.


Já, o labirinto de Dédalo é construído por nossa ignorância e teimosia, por muitas vezes, quando resolvemos fazer algo contrário a nossa consciência.


O fio de Ariadne, esse sim nos traz de volta ao caminho inicial.


Possa você, assim como eu achei, o fio de Ariadne que me conduziu e me conduz até hoje ao fim do labirinto da Vida, descobrindo que o Amor é o Fio que nos traz à luz de todas nossas perguntas.

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz dia de Páscoa


Páscoa

Quando falamos em Páscoa, a primeira lembrança que nos vêem é a ressurreição de Cristo para os católicos, A Imolação de um cordeiro Virgem para os Ortodoxos e para a garotada a abertura do ovo de chocolate.
Sem querer colocar a religiosidade no assunto, é muito divertido quando vemos felicidade no rosto de cada criança abrindo seu ovinho e melando as mãos com o chocolate derretido.
Famílias são todas iguais, só mudam de endereço e telefone, e as vezes partilham até mesmo isso.
Hoje, neste domingo especial, já levantamos cedo, fizemos nossa obrigação religiosa, e logo em seguida rumamos à casa de meus pais.
Para não mudar a tradição, deixamos dependurados um ovo de páscoa para cada família. Um para o casal, raiz de tudo isso, e um para cada irmã, e agora para sobrinha que na condição de casada e não morando com a mãe merece seu ovo solo, para deliciar-se com seu marido.
Quem saiu pelo cano desta vez foi meu sobrinho que tem que dividir com a mãe e namorada, mas tudo bem, faz parte da história.
Depois, o rumo foi mais ao leste, onde chegamos a casa dos pais da minha esposa.
Como sempre, ajudamos a fazer o barulho, cumprimentamos a todos, e desta vez, para ficar diferente, compartilhamos nossa alegria de poder passar com nosso familiares mais um ano.
Que o bom Deus, a quem chamamos de Grande Arquiteto do Universo, a todos nos ilumine e guarde.
E que os ovinhos da páscoa possa acompanhar a todas a famílias.
Prazer em recebê-los.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um dia Especial o de hoje

Felicidade de Trabalhar

Para alguns o trabalho é uma forma de ganhar dinheiro. Para outros, o trabalho é uma obrigação do ser humano. Biblicamente falando o trabalho foi uma imposição do Altíssimo para que pudéssemos retirar dele o nosso sustento.
Não tenho o que discordar de nenhuma das citações acima, só gostaria de acrescentar minhas versões sobre o trabalho.
Tenho no trabalho o meu centro de divertimento. Fazendo dele um divertimento, fica mais fácil, ou como queiram os pessimistas, menos difícil de ganhar dinheiro.
Trabalho para mim é gratificante.
Um comercial de TV (antigo), tão antigo que a gente chamava de “reclame”, cantarolava uma musica mais ou menos assim: “Depois de um sonho bom, a gente levanta, toma aquele banho, escova os dentinhos e vai tomar café...” eu no meu pequeno conhecimento lingüístico, gostaria de somar o seguinte: “...tomar café, bota o paletó e a gravata, enfrenta aquele trânsito e chega ao trabalho.” (poesia minha).
Ao chegar, dificilmente passo despercebido, ou porque sou um dos primeiros a chegar, ou porque ao chegar atrasado ou não sou chamado de post-it, porque vou parando de mesa em mesa glorificando o dia que estamos iniciando e cumprimentando os colegas.
Para minha grata surpresa, hoje tive uma lição de vida legal, e que me motiva a continuar com meu sorriso pela manhã, por pior que esteja o trânsito, por mais chuva que caia no trajeto do estacionamento ao elevador.
Ocorreu que hoje cheguei muito cedo, sendo o primeiro a começar o serviço.
Sentei-me à mesa, fiz minhas orações ao Pai Maior, e a turma começou a chegar. Nós temos horários flexíveis, portanto é normal uma turma as 08:00h outra as 09:00h e assim por diante.
Um colega (não vou citar o nome) com voz forte, chegando por volta das 09:20h todo agitado pelo trânsito que havia enfrentado passou nas mesas dando o bom dia aos colegas, foi onde me senti elogiado.
Para cada colega que ele cumprimentava esse amigo dizia com entusiasmo contagiante: “-Como diz nosso amigo Clóvis:- Tenha um Bom Dia, Cheio de Alegria, e agradeçamos pelo trabalho que temos.”
Esse colega não sabe, mas essa frase “Como diz nosso amigo Clóvis” mexeu e muito comigo.
Amanhã, feriado na repartição, já começo ter a alegria de um feriado prolongado, mas uma nostalgia de não poder ver os colegas de trabalho, principalmente esse amigo que falou de mim como um exemplo, coisa que não me considero.
Então, assim sendo, ou como queira, isto posto:- Tenham todos um bom dia de trabalho, e que o Pai Maior nos ilumine e guarde para sempre.
Prazer em recebê-lo

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma cena difícil de esquecer

Postagem no Facebook

Minha prima postou uma foto no Facebook que me lembrou de uma história que não sei se verídica ou não, mas pela postagem de hoje, dá-se a impressão que o relato abaixo foi verdadeiro.
O que eu conheço da história falava mais ou menos assim:

“Um pai, querendo dar mais conforto à família, resolveu economizar para comprar um carro, e assim o fez.
O carro novinho em folha, depois de alguns dias estava sujo pela poeira do tempo. Nada que uma jogada de água não desse jeito.
Então o pai deixou o carro fora da garagem, no terreno descoberto e primeiramente foi resolver algumas coisas urgentes.
Ao voltar para o terreno, viu o seu carro todo riscado à pregos, e seu filho com balde e uma escova de aço nas mãos.
Irritado e nervoso, bateu firmemente nas mãos da criança que chorava pela dor física e pelas palavras que seu pai proferia enquanto duramente castigava a criança.
Um dia passado, o carro precisaria agora de uma pintura nova, mas a criança estava com febre, muita febre.
O pai levou a criança ao hospital e lá foi diagnosticado que as mãos estavam com gangrena e que se não fossem amputadas a criança padeceria.
A cirurgia foi feita, a criança com alta hospitalar e o pai ao reencontrar o filho com as mãos cheias de ataduras, ouve de seu filho a seguinte frase:
Papai, me desculpe pelo seu carro.
Quando minhas mãos crescerem de novo, posso ajudar o senhor a consertar o carro e deixá-lo limpinho?”
Preciso contar mais alguma coisa?
Prazer em recebê-los.

Almofada Vermelha

Coisas inexplicáveis

Quando desejamos dar um cunho científico e uma credibilidade na história sempre nos recorremos a ciência, para que depois de tudo comprovado se torne verídico aos olhos de quem está lendo ou ouvindo.
Pois bem, essa história, apesar de verídica não posso me recorrer de cientificidade, mas vou narrar.
Um tio meu (já falecido) era na época escrivão de polícia em uma delegacia do interior de São Paulo e sua residência era numa cidade vizinha.
Em uma determinada noite, me convidou para que fosse passar o “plantão” com ele na delegacia.
Sabe como é que são as coisas, jovem, cheio de entusiasmo, lá fomos.
A Variant 74 azul andava a boa velocidade quando no meio da estrada observamos uma senhora com uma almofada vermelha nas mãos acenando desesperadamente pedindo socorro.
Meu tio, mais que depressa parou o carro o foi-se ter com a senhora, que chorava muito dizendo que logo mais, numa curva à frente havia um ônibus capotado e que uma criança estava sob o corpo de uma mulher.
Meu tio falou então que ela viesse conosco para o local do acidente, mas ela relutou dizendo que com o gesto da almofada vermelha iria procurar mais ajudas, devido a quantidade de feridos que havia.
160 por hora e chegamos em menos de 3 minutos. Lá estava o ônibus, e realmente o choro de uma criança, abafado pelo corpo de uma mulher morta sobre ela.
Meu tio, com experiência policial, afastou a mulher e levou um choque violento.
Era a mulher que estava acenando com a almofada.
Outros carros pararam e comentaram que uma pessoa havia avisado sobre o acidente, e o que mais nos impressionava era que as pessoas avisadas vinham de diferentes direções e descreviam a mesma pessoa. A mulher da almofada vermelha.
Hoje, depois de 32 anos do episódio não tenho outra explicação a não ser o amor de uma mãe, mesmo na morte, por sua filha que certamente padeceria se a ajuda não fosse dada.
Contei isso a várias pessoas, alguns tentam me convencer na visão espírita, outros na visão católica, outros na evangélica, outras na muçulmana, outros na indiana, mas pouco importa para mim tais explicações.
Não me deixo de emocionar por saber que quer eu aceite ou não, havia a presença de Deus acenando aquela almofada vermelha.
Pelas obras de benemerência e pela humanidade que foi conduzida vida digna em que meu tio viveu, foi dado nome de uma delegacia da Cidade de Sorocaba em sua Homenagem. “Delegacia Roque de Almeida”.
Prazer em recebê-los

segunda-feira, 18 de abril de 2011

E Fêz-se o Pai

... E FEZ-SE O PAI
(Erma Bombeck)


                                   Quando o bom Deus criou os Pais, começou com um grande esqueleto.
E um anjo mulher, vendo-O trabalhar, disse:
A-) “Que espécie de Pai é esse?” Se o Senhor fez as crianças tão rentes ao chão, para que um Pai tão alto?  “Ele não poderá jogar bola de gude com o filho sem se ajoelhar, nem pôr a criança na cama sem se curvar, nem beijá-la sem se inclinar”
Deus sorriu e disse:
ו-) “Sim, mas se Eu o fizer tão pequeno, para quem as crianças alçarão os olhos?”
                                   E Deus fez as mãos daquele Pai grandes e rijas.
O anjo balançou a cabeça e disse:
A-) “Mãos tão grandes não poderão menejar alfinetes de fraldas ou pequenos botões, nem fazer curativos ou remover farpas”
E Deus sorriu, e acrescentou:
ו-) Sei disso, mas elas são grandes o bastante para guardar tudo o que sair dos bolsos de um menino e pequenas o suficiente para empalmar o rosto de uma criança”
                                   Então, Deus modelou pernas longas e esguias e ombros largos.
A-) “Não compreende que criou um Pai sem colo?” falhou o anjo.
Deus disse:
ו-) “Só as mães precisam ter colo. Um Pai necessita de ombros fortes para puxar um carrinho, empurrar um balanço ou amparar uma pequenina cabeça adormecida, quando as crianças voltarem do circo para casa”
                                   Deus estava em plena ciação dos maiores pés que alguém já tinha visto até então, quando o anjo não se conteve:
A-) “Isto está errado. Acredita honestamente que essas pranchas enormes conseguirão se levantar sem fazer ruído, quando o bebê chorar de madrugada? Ou caminhar pela sala apinhada, numa festinha de aniversário, sem pisar pelo menos três dos pequenos convidados?”
Deus sorriu e afirmou:
ו-) “São para trabalhar. Você verá. Eles permitirão que o Pai brinque de cavalinho com seus filhos, servirão para espantar os ratos da casa, e o obrigarão a usar sapatos capazes de conter muitos brinquedos de Natal”
                                   Deus trabalhou durante toda a noite, dando ao Pai poucas palavras, mas uma voz firme e autoritária; olhos que viam tudo, mas que continuavam calmos e tolerantes. Finalmente, quase como que uma reflexão tardia, acrescentou-lhe lágrimas.
                                   Voltou-se então para o anjo e perguntou:
ו-) “E agora, está convencido que ele possa amar tanto quanto uma verdadeira Mãe?
                                   E o bom anjo nada mais disse.

domingo, 17 de abril de 2011

Ninguém olha para cima

Curiosidades da profissão.



Muita gente acha que ter aquela profissão é demais e que a ele próprio escolheu não presta.

Mas o fato é que todas são realmente muito boas, basta gostar do que se faz e tentar fazer bem feito.

Certa vez, trabalhando em uma empresa como técnico em eletrônica, efetuando manutenção de (naquela época) avançadíssimas câmeras de Vídeo Cassete, descobri que as pessoas são cuidadosas com algumas coisas que querem fazer impunemente cobertas, mas não se preocupam e fazer uma varredura para ver se realmente estão seguras.

Eu estava fazendo testes depois de um árduo tempo de trabalho com uma câmera moderna que possuía um zoom de 400 vezes no segundo andar do prédio que eu trabalhava.

No prédio em frente ao meu, que só havia a rua como separação, funcionava um pronto socorro infantil, e bem defronte a minha janela, era o local do refeitório e um pátio descoberto para que os enfermeiros e enfermeiras pudessem tomar um solzinho de vez em quando ou fumar seus cigarros. (naquela época não era anti-social fumar).

Pois bem, eu mirando a lente no local do refeitório quando observei uma enfermeira (linda), conhecida minha saindo desse refeitório e indo para a área de sol, mas ela estava com pressa e preocupada em ficar sozinha.

Antes de atravessar a porta, fechou o vidro da cozinha, atravessou o portal, olhou para todos os lados e vendo-se só, levantou a saia branca bem alvejada, deixando seu par de coxas à mostra.

Sem mais restrições, baixou a calcinha, e coçou as nádegas, se compondo logo em seguida.

Seu rosto aliviado a fez voltar para o trabalho.

Conhecendo a enfermeira e tendo amizade o suficiente para brincar, levei a fita até ela e nos divertimos ao ver as imagens. Ela mesmo chamou as colegas para assistir a filmagem (que ficou ótima por sinal).

Terminado as brincadeiras fiquei imaginando: O porque não nos damos conta de que não existe nada escondido? Sempre haverá um andar superior a nós.

Prazer em recebê-los.




sábado, 16 de abril de 2011

Frustrado em ter que trabalhar a toa

Uma postagem rápida.



É difícil para mim contar alguma coisa assim no calor das emoções, e sempre escutei que não se deve escrever com o fígado, mas sim com o coração.

Não é o que acontece com a maioria das petições que leio diariamente, mas dentre tantas petições tem sempre aquela que nos chama a atenção.

Ocultando nomes é claro, um pacote de processos atrelado uns aos outros, num total de 25 processos foram juntados para análise.

É absurdo, mas um processo se lê do fim para o começo. (Antigas aulas de Direito na Universidade).

Pois bem, depois de ler 20 dos 25 processos observei a falta de assinatura em um deles.

Imagine!

Fiquei frustrado em ter que rejeitar 25 processos do que a pessoa que terá que refazê-los todos, novamente.

Cenas de um dia de trabalho.

Prazer em recebê-los

Um Pai nunca Desiste

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda,muito gado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de festas,estar com seus amigos e de ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.

Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres:
"Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai".
Mais tarde chamou o filho, o levou ate o celeiro e disse:
"- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir,você tomará conta de tudo o que e meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e ira gastar todo dinheiro com seus amigos, poderá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. E por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcara nela."
O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer. O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, e tarde demais.
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava. A passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegra-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço,e disse:
-Ah se eu tivesse uma nova chance...
Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caiam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes; a forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
- Essa e a sua nova chance, eu te Amo muito.

Seu pai.

AUTOR DESCONHECIDO

Abraços D'Alma

Clóvis Cortez de Almeida






quarta-feira, 13 de abril de 2011

Criança tem cada uma.......

Crianças falam cada coisa....


A história é verdadeira, e para preservar as pessoas não identificarei os nomes (rsrsrsrs)
Em 1992 fui convidado a participar de uma reunião no Interior do Estado de São Paulo, em uma Fazenda, onde se decidiria sobre a abertura e inauguração de um lugar especial para uma turma da região.
Não querendo ir só, peguei meus filhos, meus pais e seguimos para a Fazenda desse amigo que nos convidou.
Ele já com cabeça branca, uma candura em seu rosto, ao ver nossa chegada com a caravana de diversos carros, se encheu de alegria.
A acomodação na fazenda era prá lá de especial. Para cada suíte, uma entrada de garagem separada, e a saída dos apartamentos se dava numa imensa sala central, aconchegante, com todos os ornamentos de que necessita uma riquíssima fazenda interiorana.
Logo pela manhã, esse amigo lotou um tratorzinho que puxava um reboque de crianças que estavam na fazenda e foi mostrar que leite não se dá em caixinha, ovos não são botados nas cartelas, que o queijo não nascia na geladeira e assim por diante.
Mostrando para as crianças a diferenças entre uma vaca e uma galinha, o que para muitas era novidade, ele chegou a um ponto da fazenda onde os olhares de 360º podiam observar a beleza da paisagem e o cuidado que ele tinha com aquelas terras.
Dentro de uma linda área gramada, estava lá uma piscina, brinquedos infantis e uma série de outras diversões para as crianças.
Foi aí que minha filha perguntou...
- Tio? Isso daqui é um sítio, uma chácara, uma fazenda ou o paraíso?
Infelizmente hoje esse amigo (que posso chamar de Irmão), possui Alzheimer e não pode se lembrar desse fato.
Mas seu coração estremeceu quando sua fazenda foi comparada ao paraíso.
Prazer em Recebê-lo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Driblando a Tecnologia

Driblando a tecnologia.

Sou mais um daqueles que são rotulados como Dinossauro da Internet ou Vovô da Tecnologia, só porque cheguei a conhecer e trabalhar com o Super Computador TK 1000, TK 2000, os primórdios computadores 286 com HD de 40 MB e 250K de memória RAM.
Um dia, ainda quando novo, quase endividei meu pai para me comprar um computador que tinha Tela de Fósforo Verde e outras novidades da época. Ainda bem que não fiz isso. O preço de um equipamento desses custava mais do que os olhos da cara, afinal de contas, na época foi rotulado que se construiria um homem de 6 milhões de dólares. (Melhor mesmo seria a mulher de 6 milhões de dólares que já existia e nós não sabíamos).
Mas o tempo passou, veio o 386, 486, Pentium e outras modernidades.
Nesse ínterim, meu filho já com alguma experiência (12 anos de idade) se colocou como expert na informática, lançando o desafio de que poderia eu colocar a senha que fosse que ele conseguiria entrar na internet (modem de 9.600Kbps discado). Evolução, eu comecei com 1.400 kbps.
Bem, tentei todos os tipos de senha da época. Misturava letras e números, maiúsculas e minúsculas, nomes, fictícios e o meu geniosinho se mostrava que era realmente bom.
Um dia, consolidamos a aposta, eu sairia de casa para trabalhar e ele ficaria tentando quebrar o código. Caso não conseguisse o castigo seria não entrar na internet.
Ao chegar em casa, lá pelas 18:00h tava ele lá nervoso, por não ter conseguido, e veio me perguntar que senha esdrúxula eu inventei que ele não conseguiu quebrar.
Já havia tentado de tudo, inclusive programas hackers e nada.
Com sorriso nos lábios, tirei do bolso da minha calça o fio de telefone.
Prazer em recebê-lo.

A Oração da Maçaneta

Nós Pais, quando abrimos os jornais ou os acessamos pelo computador é inevitável o calafrio que nos dá ao ler tanta notícia ruim, tantos jovens desequilibrados e nossa mente, como num passe de mágica, nos remete aos nossos lares e aos nossos filhos. Alta madrugada, eles ainda não chegaram do que chamam hoje de Balada, o telefone mudo e silencioso, então me lembrei de uma poesia, que mais considero como uma oração noturna de um pai, que levanta-se 300 vezes à noite para olhar a cama de seu filho. Não sei quando Gióia Júnior escreveu, nem o motivo. A data pode ficar até escondida mas o motivo está explícito, e partilho hoje com vocês.
Prazer em recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida


Oração da Maçaneta

  
Não há mais bela música
que o ruído da maçaneta da porta
quando meu filho volta para casa.


Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta
e o gemer do trinco,
o bater da porta que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível do molho de chaves
são um doce acalanto,
uma suave cantiga de ninar.


Só assim fecho os olhos,
posso afinal dormir e descansar.


Oh! a longa espera,
a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos
que só a noite como ninguém sabe contar!


Oh! os presságios e os pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua
e o longo apito do guarda
medindo a madrugada,
e os cães uivando na distância
e o grito lancinante da ambulância!


E o coração descompassado a pressentir
e a martelar
na arritmia do relógio do meu quarto
esquadrinhando a noite e seus mistérios.


Nisso, na sala que se cala, estala
a gargalhada jovem
da maçaneta que canta
a festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa
com todos os ruídos secundários.
- Oh! os címbalos do trinco
e os clarins da porta que se escancara
e os guizos das muitas chaves que se abraçam
e o festival dos passos que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
e o tilintar de copos
e a mansa canção da chuva no telhado
podem sequer se comparar
ao som da maçaneta que sorri
quando meu filho volta.


Que ele retorne sempre são e salvo,
marinheiro depois da tempestade
a sorrir e a cantar.
E que na porta a maçaneta cante
a festiva canção do seu retorno
que soa para mim
como suave cantiga de ninar.


Só assim, só assim meu coração se aquieta,
posso afinal dormir e descansar.


Gióia Júnior