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domingo, 8 de setembro de 2013

FACULDADES DE PRIMEIRA LINHA

Observando alguns anúncios que me enviam por E-mail, os tais chamados de Spam, vi que estava em minha lista de descartáveis uma empresa cujo objetivo era de angariar ou até mesmo, buscar pessoas recém formadas para fazerem parte do grupo de pessoas empregadas.
Tal anúncio começava dizendo: “Se você é jovem, sonhador, se está cursando o primeiro até o terceiro ano do Curso de Direito em Universidade de PRIMEIRA LINHA (USP, PUC), tem como um segundo idioma o inglês e o francês procurem-nos que temos para você o estágio perfeito que irá alavancar sua carreira Jurídica”.
A primeira vista tudo bem, não questionei, a não ser pela segunda língua, mas depois, com uma leitura mais detalhada do texto, comecei a consultar-me do que seria uma Universidade de Primeira Linha.
Achei primeiramente que fosse tradição, mas não era, senão a empresa anunciante anunciaria você que faz uma Universidade Tradicional.
Foi daí então que caiu minha ficha, e agora apelo ao saudosismo dos nascidos antes de 1961 e depois de 1959, o que seria então uma faculdade, ou uma universidade de primeira linha.
Busquei.
Fui buscar em dicionários, em enciclopédias ou enciplopaédia, como a minha velha Barsa, o que seria tal instituição de ensino.
As respostas foram chegando aos poucos e aos poucos comecei a ter uma vaga resposta de ter uma universidade de primeira linha. Sim seria exatamente o que se passava em minha mente.
Uma Universidade que dava ao aluno uma formação sólida, com vasto curriculum, de professores altamente capacitados e colocados num púlpito onde o conhecimento ali se emanava para cada aluno da sala.
Essa seria a explicação mais honesta que encontrava, e comecei agora a indagar ao propagandista sobre o porque então desse anúncio que não me deixava quieto, tranqüilo, pois tudo estava ali, escrito com a palavra de “primeira” linha.
Não fiquei contente e fui pegar minhas velhas, mas boas apostilas, e ver se existia alguma coisa diferente entre eu e o curriculum pedido pelo anúncio, ou melhor, dizendo entre o curriculum que minha Universidade havia me conferido com o Diploma de Bacharel e o diploma conferido a alunos das Universidades citadas.
Comecei com o primeiro ano, e conferi Teoria Geral do Direito, certo, batido e examinado. Depois, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, e assim por diante, até chegar a última das matérias que seria o tal Estágio, onde em meu curriculum me enchia de orgulho dizendo ser estagiário do Governo do Estado de São Paulo.
Confesso, não achei nada ou qualquer código que não fosse dado em outras Universidades que a minha não tivesse me ensinado.
Meus códigos eram os mesmos, as mesmas editoras, as mesmas explicações, as mesmas doutrinas, os mesmos citados, sempre os mesmos.
Daí cheguei a uma simples, mas simples solução do questionamento.
O problema era o NOME.
Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida

 

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