Observando alguns anúncios que me enviam por E-mail, os tais
chamados de Spam, vi que estava em minha lista de descartáveis uma empresa cujo
objetivo era de angariar ou até mesmo, buscar pessoas recém formadas para
fazerem parte do grupo de pessoas empregadas.
Tal anúncio começava dizendo: “Se você é jovem, sonhador, se
está cursando o primeiro até o terceiro ano do Curso de Direito em Universidade
de PRIMEIRA LINHA (USP, PUC), tem como um segundo idioma o inglês e o francês
procurem-nos que temos para você o estágio perfeito que irá alavancar sua
carreira Jurídica”.
A primeira vista tudo bem, não questionei, a não ser pela
segunda língua, mas depois, com uma leitura mais detalhada do texto, comecei a
consultar-me do que seria uma Universidade de Primeira Linha.
Achei primeiramente que fosse tradição, mas não era, senão a
empresa anunciante anunciaria você que faz uma Universidade Tradicional.
Foi daí então que caiu minha ficha, e agora apelo ao
saudosismo dos nascidos antes de 1961 e depois de 1959, o que seria então uma
faculdade, ou uma universidade de primeira linha.
Busquei.
Fui buscar em dicionários, em enciclopédias ou enciplopaédia,
como a minha velha Barsa, o que seria tal instituição de ensino.
As respostas foram chegando aos poucos e aos poucos comecei a
ter uma vaga resposta de ter uma universidade de primeira linha. Sim seria
exatamente o que se passava em minha mente.
Uma Universidade que dava ao aluno uma formação sólida, com
vasto curriculum, de professores
altamente capacitados e colocados num púlpito onde o conhecimento ali se
emanava para cada aluno da sala.
Essa seria a explicação mais honesta que encontrava, e comecei
agora a indagar ao propagandista sobre o porque então desse anúncio que não me
deixava quieto, tranqüilo, pois tudo estava ali, escrito com a palavra de “primeira”
linha.
Não fiquei contente e fui pegar minhas velhas, mas boas
apostilas, e ver se existia alguma coisa diferente entre eu e o curriculum pedido pelo anúncio, ou
melhor, dizendo entre o curriculum que
minha Universidade havia me conferido com o Diploma de Bacharel e o diploma
conferido a alunos das Universidades citadas.
Comecei com o primeiro ano, e conferi Teoria Geral do
Direito, certo, batido e examinado. Depois, Direito Civil, Direito Processual
Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, e assim por diante, até chegar
a última das matérias que seria o tal Estágio, onde em meu curriculum me enchia de orgulho dizendo ser estagiário do Governo
do Estado de São Paulo.
Confesso, não achei nada ou qualquer código que não fosse
dado em outras Universidades que a minha não tivesse me ensinado.
Meus códigos eram os mesmos, as mesmas editoras, as mesmas
explicações, as mesmas doutrinas, os mesmos citados, sempre os mesmos.
Daí cheguei a uma simples, mas simples solução do
questionamento.
O problema era o NOME.
Prazer em Recebê-los.
Clóvis Cortez de Almeida
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