É muito interessante
quando paramos para refletir sobre um único, específico assunto.
Já não é de agora que meu
ritual da manhã vem sendo levantar, fazer minha higiene corporal, me aprontar,
tomar meu café, e depois de fechar as portas da sala, vou até o meu Sanctun
Sanctorum com minha esposa e fazemos nossas orações.
É como se esse ritual nos
fortalecesse para mais um dia, mais uma jornada neste Tempo de Deus, tentando
nos proteger da auguras da vida, das armadilhas por ela firmada, que não nos
são conhecidas, mas que aparecem assim de repente.
Hoje não foi diferente,
após o rosto lavado, fui tomar um gostoso café da manhã com a esposa, fomos até
a sala, fechamos todas as portas e nos dirigimos ao nosso Santuário.
Como todo Ritual, nos
compenetramos na cerimônia que iriamos realizar, neste dia 02 de Janeiro de
2013.
Era como se fosse um novo
Ritual, de uma Vida que se iniciava naquele instante, um novo trabalho a
começar, uma nova promessa de vida, um novo laser, um novo abraço, enfim, um novo
começo para nós.
Como já cheguei a
escrever no meu livro, não quero aqui influenciar ninguém a fazer o que faço, e
saberei respeitar todas as opiniões contrárias e a favor de meus pensamentos,
porque sou Livre e de Bons Costumes, e assim sendo, devo respeitar a premissa
maior que é Respeite o Próximo se desejas ser Respeitado.
Posicionei-me diante do
Altar e fomos efetuar o tão esperado ritual do nosso início do Dia, rogando aos
Céus que todos, sem exceção, recebam as bênçãos Divinas para que possam com essas
bênçãos enfrentar o dia de hoje.
Como todo Ritual tem sua
sequência a ser feita, começamos com o Salmo 6 da Bíblia Sagrada.
É nesse Salmo em seu
versículo 5 que diz “Porque na morte não há lembrança de Ti; no sepulcro quem
Te louvará?” é que me deparei fazendo algo que faço de melhor, as vezes tardia,
mas de melhor, a Arte Real, ou a Arte de Pensar.
Paramos para analisar
palavra a palavra o que dizia o Versículo 5 do Salmo 6, que lemos todos os
dias, repetidamente, só que agora com a reflexão que deveria já ter feito a
mais tempo.
Recorremos aos nossos
conhecimentos de diversas Religiões, Seitas, e conhecimentos abstratos de
outras intervenções Religiosas, para daí tirarmos nossa única conclusão, mas
não a definitiva.
O que diria um Evangélico
ao ler esse Salmo? E o Católico, o Espírita, o Candomblezeiro, o Muçulmano, e o
Confucionista? E assim começamos a divagação no pequeno, mas intrigante
Versículo do Livro Sagrado para uma parte da População Mundial.
Para todos, menos ao
Espírita, o Salmo exemplifica que na Morte física, Deus deixará de ter alguém
que O louve, alguém que vá fazer os rituais de Oração, de Meditação.
“Porque na Morte não há
lembrança de Ti...”.
Então me veio à mente a
Doutrina Espírita, onde há Reencarnação, mas não se fala de Morte.
Essa contradição não me
sai da cabeça, e já fui buscar em todos os Livros Espíritas mencionados pela
Federação Espírita Brasileira, ou Federação Espírita do Estado de São Paulo,
mas ainda não encontrei a resposta desta contradição.
No Espiritismo, é enfático
em afirmar que não há Morte, mas sim uma passagem para uma nova vida, em corpo
novo, mas uma nova chance de acabar com as maldades que o corpo velho produziu
aqui na Terra e construir Bondades com o novo corpo, passando pelo Rio do
Esquecimento.
Se é tão enfático assim,
como fica essa afirmação, que para os Católicos, Protestantes, que seguem a
Bíblia Sagrada como norte de sua consciência?
“No sepulcro, quem Te
louvará?”
Mais uma afirmação que
leva por água a baixo a Doutrina Espírita.
Não é de minha vontade
colocar aqui, que Religião A ou B ou C estão certas em suas afirmações, nem
desejo que você leitor possa comungar comigo de minhas atitudes, gestos ou
mesmo de meus Rituais, pois isso é pessoal, único, ímpar a minha pessoa.
Fazer o leitor abrir os
olhos, refletir com muita seriedade e com muito respeito a todas as Religiões é
o objetivo maior deste que aprendeu a escrever, ou melhor, está aprendendo a
escrever com o dia a dia, com as observações que faz em seu cotidiano.
E dessa forma, deixo aqui
a você leitor, um pouquinho das observações que vimos fazendo ao longo de nossa
jornada, para que você não deixe sua religião, mas sim a observe com olhos
críticos, porém justos de tudo o que você lê, escreve, ou absorve através de
sua audição, tato, paladar e olfato.
Que a Quintessência possa
reinar em seus pensamentos, deixando-o cada vez mais livres, porém mais
próximos ao Seu Criador.
Assim sendo, deixo aqui o
Fraternal Abraço e um grande Prazer em Recebê-los.
(Clóvis Cortez de
Almeida)
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