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segunda-feira, 27 de maio de 2013

VIVENDO E APRENDENDO A LUTAR


 
Não acredito muito em crédito sem luta, em vitória sem combate, em crescimento sem uma ponta de desafios acontecidos na jornada, seja ela de trabalho, de estudo, ou mesmo de vida.

É uma condição lógica, você luta você ou consegue vencer ou ganha uma baita experiência no assunto, a tal ponto que se você tiver que combater novamente a mesma batalha, ela já estará vencida pela experiência que você já vivenciou.

Não é fácil nos dias de hoje lutar, não é fácil nos dias de hoje pousar para uma luta, ou mesmo se colocar na posição de combate principalmente quando o opositor é a vida.

Para este, talvez nunca estamos completamente preparados, sempre haverá um momento em que não estamos diretamente ligados ao assunto, e assim assumimos as posições de derrota.

E é nessa posição de derrota que talvez esteja me encontrando no momento, onde, na quase ou na totalidade do assunto darei a mão à palmatória.

Discurso derrotista? Não. Apenas um reconhecimento da fraqueza que invade meu corpo neste momento, onde a dor do não vencer, não é maior do que a dor de ter tentado.

Confuso, complexo, filosófico, tudo isso eu diria talvez, se não fosse a verdade de ver a realidade que se apresenta nos quadros distribuídos nas paredes de minha mente.

Sou um investigador, pelo menos assim me considero, onde a investigação é o combustível que move esta excelente máquina cerebral que estou investido, deixando apenas para os fracos, ou para aqueles que não tem o mesmo espírito investigativo, de busca a novas verdades para velhos problemas.

Quando digo em novas verdades, é porque sempre considerei que existem múltiplas verdades para o mesmo assunto, apenas precisamos estar na observação de um ângulo, diferente da nossa zona de conforto, onde temos que combater, investigar para chegar aquela mesma conclusão.

Me coloquei ontem como uma pessoa “Tímida”, e reconheço isso, e não afasto nenhuma possibilidade daqueles que não tem esse conceito sobre minha pessoa.

Recebi também um comentário que me pedia para descrever-me, do meu ponto de vista, não de uma forma genérica, mas confesso não estou conseguindo traduzir com as palavras as ações pela pessoa colocada.

Levo uma vida, tal qual qualquer pessoa levaria no meu lugar, enfrentando problemas de forma a ganhar algumas batalhas, mas também perdendo outras tantas, que se formos colocar nos pratos de uma balança, acredito eu que as derrotas que tive, foram muito maiores que a vitória, mas que sempre vieram a me dar sustentação para outro combate.

Mas entre uma batalha vencida e uma perdida, existe um lapso não só temporal, mas também um lapso territorial, emocional, geográfico, sentimental que poderia levar em conta, se não fosse sempre chegar a mesma resposta da pergunta, o que fazer para modificar?

Sim, modificar, porque ao ganhar uma ação, não precisamos efetuar qualquer modificação nas atitudes, nas formas de agir, nas formas de enxergar a vida, porque ali foi ganho, e é daquela forma que devemos nos comportar para ganhar uma outra igual.

O aprendizado vem com o erro, e isso é mais do que certo, é lá que vamos encontrar os defeitos mais singelos que nos levaram a derrota, ao fracasso.

Então, a você que me pediu para que eu dissesse quem eu sou, sem subterfúgios, sem qualquer emendas, derrotas ou vitórias, digo que sou um homem que ardentemente procura melhor a perfeição onde ela existe, não onde dizem que existe.

Digo que sou aquele cara que ao jogar com os contrários, está sempre aprendendo a linha mais curta, mais reta para a resposta.

Digo ainda, que sempre me fazendo de advogado do Diabo, como sou muitas vezes chamado, analiso não só o que o outro tem de respostas, mas a profundidade que tive que chegar para fazer a pergunta, pergunta esta que por muitas vezes ferem e ferem fundo o coração do oponente.

Sei que um erro ao falar de oponente, mas deixemos a interpretação sisuda da palavra, para ver apenas uma palavra de conotação de embate, de gnose, de conhecimento.

Lembro-me muito bem que quando iniciei nos graus filosóficos da Maçonaria, meu pai me falou: - Chegar ao grau 33 é vencer as adversidades interpostas no seu caminho.

E não está nem um pouco errado a afirmação aqui colocada, porque realmente não é fácil ter que lutar, e estar nessa vida lutando cada vez mais por ter que sobreviver, ter que sustentar-se, ou ter que sustentar alguém.

É só nesse caminho que escolhi trilhar, é que posso realmente me conhecer, me encontrar, ou até mesmo encontrar-me na imensidão deste Universi Terrarum.

A Ordem está no Caos, e é no Caos que procuramos a Ordem, seja ela Maçônica, seja Rosacruz, seja ela o nome que queiram dar, mas o mais importante é procurar as revelações escritas nessa Ordem que procuramos.

Assim, posso até dizer UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAM INGENTIS - ORDO AB CHAO.

E a Ordem está no Caos.

Assim vou levando a vida, com análises, acertos e erros, vivendo para aprender sempre, e o melhor de tudo, Vivendo para Aprender a Lutar.

Prazer em Recebê-los.

(Clóvis Cortez de Almeida)

5 comentários:

  1. É isso!!! É isso!!! O primeiro, o que se apresentou, é isso que quero ver novamente. Pode parecer complexo mesmo, mas, tem um sentido, mestre. Arrancar o bico? Não sei. Penas? Tb não sei. Voar. É... Isso...
    A vida é um eterno combate, mestre. Estar ou não preparado para eles, cada um deles, não é uma opção... Vitorias? Defina vitória... Não sei. Talvez a vitoria seja estar vivo para o próximo combate. E quem me diz o que é certo ou errado? Sociedade? Baseado em que? Verdade? Dimensão prisma com várias faces. E o que fazer diante de tantas? Lutar pela nossa. E isso já será o certo.
    Há, entretanto, duas verdades base para dois caminhos: razão e coração. Em qual trilha, mestre? Razão? Se sim, onde está a graça em viver somente passando a vida?
    Emoção, coração? Ah... Prepare-se... Largue o escudo, abra o peito bem aberto e sinta... Sinta o vento... Sinta a vida... Há machucados imensos nesse caminho, feridas e cicatrizes de guerra quase mortais... Mas... De tudo? Eu ainda escolho esse caminho mestre. Não existe guerreiro sem cicatrizes e são elas que nos controem. Sustentar a si ou a alguém? Desculpas vãs pelo que aprendi, minha verdade, claro. Naceste sozinho. Morrerás sozinho (ficar sozinho não é o que está em questão, claro, rs), mas, morrer sozinho, isso é um fato... E o que vai levar, mestre? Um prato de hospital sem tempero da vida? :) Ou pratos exóticos que te dão sabor a vida? Eu quero uma vida com sabor, mestre. Diversos sabores, intensos e unicos... Compor cada página dessa breve vida, independente de conceitos maçonicos ou rosa cruzes, com emoção, amor ágape ou qualquer outro nome que se dê.
    Que se danem escudos e lanças.
    Espelho? Ponha um, mais um na minha frente que vou estar nua perante ele e a cada pergunta uma resposta nua tb, livre de conceitos pré-estabelecidos por quem tem medo de viver...
    As pessoas chocam-se com a coragem de se dizer o que se sente. Eu choco-me com pessoas que nao conseguem enfrentar os próprios pensamentos.
    O perfume... Sempre está comigo e sempre vai estar. Que venham as cicatrizes, que venham as lutas. Davi venceu Golias e uma vitória surgirá a cada dia, independente de se ganhar ou não a luta...
    Vamos apimentar sua tese, vamos fundo, tire o snorquel. Me dê a mão e vamos ver o que tem lá embaixo...
    Lilith

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  2. Quer mais tempero, mestre?
    Como diria Eistein: "Não há maior insanidade do que continuar fazendo as mesmas coisas esperando resultados diferentes..."
    E outra coisa: as melhores refeições são feitas por aqueles que se atrevem a misturar temperos...
    Sua tese não vai ser uma simples tese, mixuruca... Vai ser um livro de receitas. ;)Basta que se atreva, experimente, sinta ao invés de só passar pela vida... Topa?
    Lilith.

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  3. Meu Deus, como o homem tem medo de ser feliz. Como nós, seus filhos, temos medo de nos tornar ultrapassados em nossos conceitos a respeito da verdade! Como o ser humano tem medo de ter medo!A felicidade pode ser descrita de várias maneiras. Levando-se em conta o aspecto religioso do homem e de sua cultura , a verdade possui mil faces. . Cada religião, cada corrente religiosa tem sua definição de felicidade. No Cristianismo, tendo em vista o numero de igrejas, seitas e ramificações do tronco principal que disputam um lugar no céu, a felicidade é apresentada sob os mais variados ângulos e conceitos, como se fossem tentáculos. Não obstante, o medo talvez constitua um laço comum a quase todas as interpretações, visto geralmente como um obstáculo muito real à felicidade humana. Medo de se definir, medo de fazer escolhas, medo de tomar partido - medo de que esse partido , mais tarde, possa ser considerado um erro. No campo político, o medo parece rondas as pessoas por todos os lados. Caso se mostre que uma opção política, é ou está distante do ideal, cai por terra a felicidade ou a satisfação de quem a adotou; caso se frustrem os projetos idealizados por determinada corrente, o mesmo acontece com que a defende. Portanto, o medo de adotar uma corrente política passa por situações complexas, que vão desde o orgulho ferido à necessidade de acobertar situações cheias de meandros inconfessáveis. Medo de ser feliz pode também mascarar a necessidade de superar, de inovar, de romper com os próprios limites. Imagino se os apóstolos de Nosso Senhor tivessem medo de por suas vidas em risco ao levar o Evangelho ao mundo. Onde estaríamos hoje? Onde o mundo estaria se o homem não ousasse, não se aventurasse ou não tivesse dado o primeiro passo em direção às experiências que transformaram o mundo naquilo que é hoje? Fico também a refletir sobre como se daria a nossa existência caso tivéssemos consciência ou tivéssemos cedido ao medo de deixar o útero materno, de enfrentar o mundo novo a fim de vivenciar as experiências da infância, da juventude, enfim, caso o medo de viver a vida com seus desafios nos dominasse por completo. Ao mesmo tempo em que avalio e entendo, ao menos em parte, a força que o medo exerce sobre as pessoas, assim como sobre mim, não me vejo deixando o mundo acontecer sem minha participação ou os eventos sucederem sem meu envolvimento. Por isso, optei por conviver com o medo, realizando justamente aquilo de que mais tenho medo. Transformo-o num aliado, digamos assim. Uma coisa é certa: o mundo não foi idealizado por pessoas medrosas, tampouco o progresso foi alcançado por meio do medo, mas sim pelo exercício da coragem e pelo empreendimento de pessoas que tiveram a atitude de romper seus limites. Penso que todos podemos vencer a barreira do medo inicial, bastando para isso não nos candidatarmos a iniciativas imensas ou complicadas que chamam a atenção. Cristo, jamais nos pediu que fizéssemos grandes feitos ou fôssemos santos, missionários. Pediu-nos apenas que amássemos. E é claro que tinha consciência, ao formular semelhante pedido, de que cada um de nós amaria numa medida e numa dimensão diferente. De modo que não ha lugar para comparações entre o que esta ou aquela pessoa fez ou faz pela humanidade; o que se pode confrontar é a coragem individual em demonstrar o amor com que se é capaz de amar.
    Como se pode ver, ante cada obstáculo que o medo constrói, podemos nos amar de maneira tão intensa - amar nosso ideal, nossa meta - a ponto de esse obstáculo se romper, e aí podemos encontrar esta força, represada durante tanto tempo dentro de nós: o amor. Descobriremos que, como disse o Nosso Senhor Jesus Cristo, podemos fazer muito mais. E ouso complementar, com minhas palavras de aprendiz, que podemos fazer muito mais - em benefício de nós mesmos. Pois, mesmo quando fazemos algo pelo próximo, o alvo principal de nossa ação somos nós mesmos. Quando criamos coragem de fazer algo, ainda que seja algo errado, que, mais tarde, será cobrado por nossa consciência, somos nós o centro do interesse."

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    1. Minha querida, vamos analisar com bastante acuidade vossas palavras. Obrigado por ofertá-las.

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