Nada mais gostoso do
que ser espontâneo e surpreender pessoas que estão em nossa volta.
Fui lembrado esses dias
por uma passagem na época de minha universidade (que faz realmente
bem pouco tempo – 2003), e como todo banco escolar nos faz voltar a
ser criança novamente, então lá estava eu.
Era por volta de 19:30,
por aí, quando a classe lotada e com muito barulho aguardando os
mestres chegarem para dar a grande e boa aula de Direito.
Também, como todo
aluno de direito já é um advogado, não havia motivos de ser
diferente, eu já um advogado, ainda em formação, aguardava o
mestre chegar, mas o que veio primeiro foi uma enorme vontade de
digamos assim, colocar para fora a água do joelho.
Observei o corredor, o
mestre ainda não havia aparecido, então dirigi-me ao banheiro mais
próximo. Como é de costume, antes de sair do banheiro fui lavar as
mãos, caso de higiene incontestável.
Vou a uma torneira,
nada de água. Na outra, nada, e na seguinte, nada, quando o zelador
virou e falou: - Moço, não tem água desde as 08:00 da manhã. Não
adianta.
Não precisa dizer que
fiquei P da vida. Saí do banheiro e fui procurar um outro e outro e
outro e outro, até que encontrei um pequenino banheiro (dos
professores) que havia água.
Que legal, naquela
noite quente, eu poderia não só lavar as mãos, mas também poder
refrescar-me ali, naquele cantinho esquecido da Universidade.
Quando terminei, e saí
do banheiro, o Reitor passou por mim, sem me ver é lógico, e
dirigiu-se à sala dele.
Foi então a vingança.
Cheguei até a
ante-sala da Reitoria e falei que precisava falar urgente com o
Reitor, que o havia visto indo para sala dele (para evitar de me
falarem que ele não estava lá), e que era de suma importância.
Mediante a minha
afirmativa, a secretária ficou sem ação, e depois de um pouco de
bate papo, ela liberou minha entrada na sala da Reitoria.
Entrei, falei boa noite
ao Reitor, ele educadamente me mandou sentar, sentei-me e ele
perguntou do que se tratava. Não hesitei, fui logo falando sobre a
falta de água dos banheiros, que aquilo era de calamidade pública,
ele tentou se esvair da conversa, mas eu insistente o convenci de que
era necessário tomar algumas providências, e chegado a conclusão
fomos nos despedir.
Estendi a mão para ele
que segurou firmemente, e então falou:- Um prazer, meu nome é
Fulano de Tal, e qualquer coisa que precisar daqui desta universidade
não se acanhe, venha me procurar.
A minha resposta foi a
seguinte:- O prazer é meu Dr. O senhor está apertando às mãos de
um aluno que foi ao banheiro e que não havendo água para lavá-las,
estava aproveitando a pele daquela macia mão para deixar ali os
germes da minha mão.
Foi terminar de falar,
me virei para sair da sala quando de esguio o vi passando suas mãos
no paletó, com aquela cara de Filho da Mãe, que sacana foi esse
aluno, e todos os outros palavreados que aqui não caberiam.
Fingi que não vi, e de
cabeça erguida voltei para sala de aula.
Lá chegando fui logo
contar aos colegas, e lógico ao professor que estava ministrando
aula de Estudo do Direito.
O professor mandou
todos ficarem calados e me mandou repetir várias vezes a história.
Não precisa dizer que
fiquei famoso na Universidade.
Prazer em Recebê-los.
Meu Deus do Céu... Espero que todos tenham se vacinado, hahahahahha! :)
ResponderExcluirPelo jeito, Mestre, o senhor também é bom em se tornar famoso nos lugares que passa. Assim como eu, rsrs.
Abraço fraterno e sem germes.
Lilith
Por incrível que pareça minha querida, essa história é verídica. Precisava ver a cara do Reitor.....
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