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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Um dia para ser lembrado (divertido)


Nada mais gostoso do que ser espontâneo e surpreender pessoas que estão em nossa volta.

Fui lembrado esses dias por uma passagem na época de minha universidade (que faz realmente bem pouco tempo – 2003), e como todo banco escolar nos faz voltar a ser criança novamente, então lá estava eu.

Era por volta de 19:30, por aí, quando a classe lotada e com muito barulho aguardando os mestres chegarem para dar a grande e boa aula de Direito.

Também, como todo aluno de direito já é um advogado, não havia motivos de ser diferente, eu já um advogado, ainda em formação, aguardava o mestre chegar, mas o que veio primeiro foi uma enorme vontade de digamos assim, colocar para fora a água do joelho.

Observei o corredor, o mestre ainda não havia aparecido, então dirigi-me ao banheiro mais próximo. Como é de costume, antes de sair do banheiro fui lavar as mãos, caso de higiene incontestável.

Vou a uma torneira, nada de água. Na outra, nada, e na seguinte, nada, quando o zelador virou e falou: - Moço, não tem água desde as 08:00 da manhã. Não adianta.
Não precisa dizer que fiquei P da vida. Saí do banheiro e fui procurar um outro e outro e outro e outro, até que encontrei um pequenino banheiro (dos professores) que havia água.

Que legal, naquela noite quente, eu poderia não só lavar as mãos, mas também poder refrescar-me ali, naquele cantinho esquecido da Universidade.

Quando terminei, e saí do banheiro, o Reitor passou por mim, sem me ver é lógico, e dirigiu-se à sala dele.

Foi então a vingança.

Cheguei até a ante-sala da Reitoria e falei que precisava falar urgente com o Reitor, que o havia visto indo para sala dele (para evitar de me falarem que ele não estava lá), e que era de suma importância.

Mediante a minha afirmativa, a secretária ficou sem ação, e depois de um pouco de bate papo, ela liberou minha entrada na sala da Reitoria.

Entrei, falei boa noite ao Reitor, ele educadamente me mandou sentar, sentei-me e ele perguntou do que se tratava. Não hesitei, fui logo falando sobre a falta de água dos banheiros, que aquilo era de calamidade pública, ele tentou se esvair da conversa, mas eu insistente o convenci de que era necessário tomar algumas providências, e chegado a conclusão fomos nos despedir.

Estendi a mão para ele que segurou firmemente, e então falou:- Um prazer, meu nome é Fulano de Tal, e qualquer coisa que precisar daqui desta universidade não se acanhe, venha me procurar.

A minha resposta foi a seguinte:- O prazer é meu Dr. O senhor está apertando às mãos de um aluno que foi ao banheiro e que não havendo água para lavá-las, estava aproveitando a pele daquela macia mão para deixar ali os germes da minha mão.

Foi terminar de falar, me virei para sair da sala quando de esguio o vi passando suas mãos no paletó, com aquela cara de Filho da Mãe, que sacana foi esse aluno, e todos os outros palavreados que aqui não caberiam.

Fingi que não vi, e de cabeça erguida voltei para sala de aula.

Lá chegando fui logo contar aos colegas, e lógico ao professor que estava ministrando aula de Estudo do Direito.

O professor mandou todos ficarem calados e me mandou repetir várias vezes a história.

Não precisa dizer que fiquei famoso na Universidade.

Prazer em Recebê-los.


2 comentários:

  1. Meu Deus do Céu... Espero que todos tenham se vacinado, hahahahahha! :)
    Pelo jeito, Mestre, o senhor também é bom em se tornar famoso nos lugares que passa. Assim como eu, rsrs.
    Abraço fraterno e sem germes.
    Lilith

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  2. Por incrível que pareça minha querida, essa história é verídica. Precisava ver a cara do Reitor.....

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