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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Palito de Dentes


Acho que ainda não contei a história a vocês, mas a acho no mínimo curiosa, senão vejam bem.
No final de setembro de 2009, fui dar um pulinho loga ali em Portugal. Até ai nada de mais.
Lá chegamos, eu e minha esposa, e vamos visitar os parentes. Eram tantos que eu que não os conhecia já estava ficando tonto de tantos Joaquins e Marias e Josés e Fernandas, que por bem, chamava um José e não errava. Lá vinha um.
Pois bem, logo após meu aniversário, que também é de uma prima da minha esposa, agora prima minha também, peguei o carro do Sogro que estava em posse de seu irmão para dar um passeio.
A primeira gafe foi perguntar se o carro, uma Mercedes ano 1993, com baixíssima quilometragem, já que meu parentes da minha esposa moram aqui no Brasil e o carro em Portugal, foi eu perguntar ao Tio se precisava fazer uma revisão antes da viagem.
Lembro-me como se fosse hoje, ele parou diante da pergunta, olhou para baixo, colocou a mão esquerda sob o mento, e me falou: “Clóvis, isso daqui é uma Mercedes, tem garantia de 1.000.000 de Kilômetros”.
Isso mesmo, vocês não leram errado não, é de UM MILHÃO DE KILÔMETROS mesmo.
Então peguei o carro e fui trocar o óleo, os filtros já que a Mercedes estava parada há muito tempo.
Uma vez com óleo e filtros trocados, fui então fazer o meu passeio, na bela Mercedes, primorosamente guardada.
Em Portugal, fui visitar Fátima (passeio obrigatório para quem vai a Portugal), Serra da Estrela, Almeida, Porto, e todas as “aldeias” daquele primor de País.
Como o passeio só em Portugal ficaria pequeno demais, resolvemos (eu e a esposa) a fazer um Tour pela Europa.
Fomos a Santiago de Compostela, Paris, Lourdes, Londres, Oxford, Callét, depois fomos a Suíça, Alpes Suíços, passamos aos Alpes d'Itália, Roma, Vicenza, Veneza, Bolonha, Piza, Assis, depois passamos pelo Mar Mediterrâneo, entramos na Espanha novamente, onde visitamos Madri, Toledo, e fomos até o estreito de Gibraltar.
Esticamos bem a cabeça e do mirante vimos a África. Só vimos, mas não tive a coragem de atravessar o estreito de Gibraltar.
Daí subimos por Beja em Portugal e nos dirigimos à Lisboa, onde paramos para cumprimentar os tios da Lourdes que moram lá.
Ao sair do apartamento do casal, nos despedimos e falei então que seguiria até Guarda, onde estávamos hospedados.
O Tio, foi nos acompanhar até o carro, e ao me despedir, ele falou: “Acredito que tu não vais muito longe”. Ao ouvir o Tio, fui olhar o carro e daí a surpresa, o pneu traseiro esquerdo havia furado.
Com toda a calma do mundo, peguei o macaco, coloquei no carro para elevá-lo, peguei chave de rodas, desapertei os parafusos da “Jantes” (rodas), peguei o Step (conhecido como Sobressalente na terrinha), coloquei e fui sair com o carro que parecia uma carroça com eixo danificado.
Depois de algumas tentativas de Tira e Põe a Roda no lugar, vimos que os parafusos que seguravam as Jantes eram de tamanho maior, pois meu sogro havia trocado as Rodas por umas de Alumínio, muito bonita, mas mais grossas e precisavam de Parafusos maiores.
Bem, não precisa dizer que dormimos na casa do Tio não é, pois não havia borracheiro aberto. Só teria um em condições de nos atender, depois das 09:00h do dia seguinte.
Dormimos uma noite dos justos, e fomos levar o pneu para seu reparo na borracharia mais próxima.
Ao chegar lá, o borracheiro falou que o furo havia sido provocado por um PALITO DE DENTES. Acreditem, um simples palito de dentes.
Daí eu pergunto, o que pode tirar do tráfego uma Mercedes de 30.000,00 Euros? Digo em resposta: um palito de dentes de 0,01centésimo de Euro.
O pior, rodei quase 18.000 Kilômetros sem o sobressalente.
O palito anda na Bolsa da minha esposa que é para eu apresentar para aqueles que querem me chamar de mentiroso.
Então: Prazer em Recebê-los.

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