Acho que ainda não
contei a história a vocês, mas a acho no mínimo curiosa, senão
vejam bem.
No final de setembro de
2009, fui dar um pulinho loga ali em Portugal. Até ai nada de mais.
Lá chegamos, eu e
minha esposa, e vamos visitar os parentes. Eram tantos que eu que não
os conhecia já estava ficando tonto de tantos Joaquins e Marias e
Josés e Fernandas, que por bem, chamava um José e não errava. Lá
vinha um.
Pois bem, logo após
meu aniversário, que também é de uma prima da minha esposa, agora
prima minha também, peguei o carro do Sogro que estava em posse de
seu irmão para dar um passeio.
A primeira gafe foi
perguntar se o carro, uma Mercedes ano 1993, com baixíssima
quilometragem, já que meu parentes da minha esposa moram aqui no Brasil e o carro em
Portugal, foi eu perguntar ao Tio se precisava fazer uma revisão
antes da viagem.
Lembro-me como se fosse
hoje, ele parou diante da pergunta, olhou para baixo, colocou a mão
esquerda sob o mento, e me falou: “Clóvis, isso daqui é uma
Mercedes, tem garantia de 1.000.000 de Kilômetros”.
Isso mesmo, vocês não
leram errado não, é de UM MILHÃO DE KILÔMETROS mesmo.
Então peguei o carro e
fui trocar o óleo, os filtros já que a Mercedes estava parada há
muito tempo.
Uma vez com óleo e
filtros trocados, fui então fazer o meu passeio, na bela Mercedes,
primorosamente guardada.
Em Portugal, fui
visitar Fátima (passeio obrigatório para quem vai a Portugal),
Serra da Estrela, Almeida, Porto, e todas as “aldeias” daquele
primor de País.
Como o passeio só em
Portugal ficaria pequeno demais, resolvemos (eu e a esposa) a fazer
um Tour pela Europa.
Fomos a Santiago de
Compostela, Paris, Lourdes, Londres, Oxford, Callét, depois fomos a
Suíça, Alpes Suíços, passamos aos Alpes d'Itália, Roma, Vicenza,
Veneza, Bolonha, Piza, Assis, depois passamos pelo Mar Mediterrâneo,
entramos na Espanha novamente, onde visitamos Madri, Toledo, e fomos
até o estreito de Gibraltar.
Esticamos bem a cabeça
e do mirante vimos a África. Só vimos, mas não tive a coragem de
atravessar o estreito de Gibraltar.
Daí subimos por Beja
em Portugal e nos dirigimos à Lisboa, onde paramos para cumprimentar
os tios da Lourdes que moram lá.
Ao sair do apartamento
do casal, nos despedimos e falei então que seguiria até Guarda,
onde estávamos hospedados.
O Tio, foi nos
acompanhar até o carro, e ao me despedir, ele falou: “Acredito que
tu não vais muito longe”. Ao ouvir o Tio, fui olhar o carro e daí
a surpresa, o pneu traseiro esquerdo havia furado.
Com toda a calma do
mundo, peguei o macaco, coloquei no carro para elevá-lo, peguei
chave de rodas, desapertei os parafusos da “Jantes” (rodas),
peguei o Step (conhecido como Sobressalente na terrinha), coloquei e
fui sair com o carro que parecia uma carroça com eixo danificado.
Depois de algumas
tentativas de Tira e Põe a Roda no lugar, vimos que os parafusos que
seguravam as Jantes eram de tamanho maior, pois meu sogro havia
trocado as Rodas por umas de Alumínio, muito bonita, mas mais
grossas e precisavam de Parafusos maiores.
Bem, não precisa dizer
que dormimos na casa do Tio não é, pois não havia borracheiro
aberto. Só teria um em condições de nos atender, depois das 09:00h
do dia seguinte.
Dormimos uma noite dos
justos, e fomos levar o pneu para seu reparo na borracharia mais
próxima.
Ao chegar lá, o
borracheiro falou que o furo havia sido provocado por um PALITO DE
DENTES. Acreditem, um simples palito de dentes.
Daí eu pergunto, o que
pode tirar do tráfego uma Mercedes de 30.000,00 Euros? Digo em
resposta: um palito de dentes de 0,01centésimo de Euro.
O pior, rodei quase
18.000 Kilômetros sem o sobressalente.
O palito anda na Bolsa
da minha esposa que é para eu apresentar para aqueles que querem me
chamar de mentiroso.
Então: Prazer em
Recebê-los.
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