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sábado, 19 de outubro de 2013

Brasil, 2013


Em breves linhas falaremos de um Brasil, mas não esse país cuja dimensão é continental, seu patrimônio é gigantesco, nada disso, mas estaremos falando de um Brasil cultural, cuja cultura abomino deste dicionário.
É certo que os tempos são outros, ou que não foram os antigos que tiveram o privilégio de inventar, mas o que quero dizer é que os tempos realmente são outros, e nós temos que acabar com essa prática.
Trata-se de dar o pão ao invés de ensinar a pescar, um ato quase que instintivo de um governo-madrasta, onde quer ver seu filho, o povo, sob o jugo de seu poder, sob a força de suas condições, sem pensar, sem agir, sem protestar, sem sequer esboçar um ato de revolta.
Começarei falando sobre o Bolsa Família, esse farto dinheiro utilizado de uma forma totalmente corrompida e comprometida que o governo tem para com o povo, e o povo utilizando esse dinheiro como um “descansando eternamente em berço esplêndido”, em que o trabalhar é a última coisa que o povo realmente deseja.
O Governo Brasileiro, implantou a um tempo atrás o chamado Bolsa Família, a fim de colocar um zero de tolerância contra a fome no Brasil, e mediante a esse marketing levando isso ao mundo, e de uma forma extremamente organizada, para os propósitos a qual tinha sido inventada.
Em outras palavras, o governo implantou um “dou-lhe um peixe” para que o povo, agradecido, dê-lhe em troca seu voto, enfim sua estabilidade.
Não é de hoje que ouvimos que o Bolsa Família tem sido usado para tantas outras finalidades que a bem pouco tempo, uma prostituta do nordeste brasileiro, estava denunciando um de seus clientes por tentar pagar o referido compromisso de serviços prestados por um vale-família no valor de cinquenta reais.
O que o governo desejou um dia, hoje já é uma realidade nacional, quem que dando tudo, o povo não precise mais trabalhar para viver, e assim mais e mais dependente de um governo corrupto e aproveitador.
Lembro-me bem de quando houve um boato de que seria suspensa o Bolsa-Família e o povo todo do Nordeste Brasileiro, caiu nessa conversa ou melhor nessa fofoca, e foram todos, com pouquíssimas exceções, nas agências da Caixa Federal, querendo Retirar o dinheiro que iria ser suspenso pelo Governo.
Mais uma artimanha governamental, cujo teste foi aprovado com louvor, pois o teste consistia em verificar a quantidade de votos tinha nas mãos.
Com esse Bolsa-Família, o governo tem o povo nas mãos, completinho, sem emprego, sem uma qualificação definida, sem estudo, sem direcionamento, e senão vejamos, tudo isso para conseguir desse povo, o tão amado e esperado Voto, nas urnas agora de dois mil e catorze, em que vamos ter as eleições de Presidente, Governadores, Senadores, Deputados.
Quantas trocas foram e estão sendo feitas, com essa enquete, com essa filosofia, com esse povo, que mal sabe ler o que rabiscou em um pedaço de papel, e mesmo assim vive reclamando de seus direitos, direito de consumir celulares cada vez mais caros, carros cada vez mais baratos e também cada vez mais financiável em cento e vinte meses, o que dá para o pagamento dez longos anos, por um automóvel que durará no máximo entre três e cinco anos.
Um povo que faz as contas e vê que se trabalhar oito horas por dia, por vinte e dois dias por ano, mais quatro horas por quatro dias da semana, e não terá o mesmo rendimento que se ficar em casa e ter um filho por ano, conseguirá a ter um rendimento muito maior que um salário mínimo mensal.
E estou falando em rendimento maior que um salário mínimo, isso para não dizer que esse rendimento é maior que um professor que se esmera em dar aulas, um trabalhador honesto consegue ao longo do mês.
Muito fácil receber do Governo, Bolsa-Família, Bolsa-Gás, Bolsa-Casa, Bolsa-Eletrônicos para casa, Bolsa-Presidiário, Bolsa-Menor, e tantas outros peixes dados pelo governo.
E o estudo então, onde uma pessoa hoje tem o direito a tudo na escola e com os professores, direitos esses que os professores não têm, a escola não poder fazer ou corrigir, ou que “eu pago o salário dos professores, portanto são meus empregados”, e eles tem que fazer o que os alunos falam, senão são banidos da cadeira de professor, e tenha que catar latinha na rua.
Chegar a Universidade hoje está fácil, pegar uma Bolsa-dessas qualquer e comprovar um grau de cor de preconceito, dizer que incapacitado para pagar, e pronto você tem a bolsa Universitária, em Universidade Pública, muito conceituada.
Daí então esses mesmo Universitários fazem greve, passeata, ficam dois, três, quatro meses sem estudar, custeado pelo povo, querendo como reivindicação a eleição direta de um Reitor, muitas vezes sem o menor conhecimento de quem é o Reitor, e vou até mais, sem sequer saber o porquê está em greve.
Parece até aquela frase pronta, “Donde hay gobierno, estoy contra” sem a menor capacitação em saber o porquê irá protestar ou como, e do jeito que falo digo em Organização, sem badernas ou depredações de coisas PÚBLICAS.
Nessas condições, teremos ainda muito a escrever, sobre Bolsa-Família, Bolsa-disso ou Bolsa-daquilo, sim porque temos um povo que deseja ganhar, sem se importar de onde vem o dinheiro, mas que só quer se dar bem, e esse se dar bem, significa, dinheiro no bolso sem sequer um pingo de suor de seu trabalho.
Já coloquei isso em um outro artigo, mas vale a pena recordar de uma frase infeliz ou feliz, depende do ponto de vista de quem a lê ou fala, de um jogador de futebol conceituado na época, que ao fumar um cigarro de uma determinada marca, fala a quem está lhe assistindo: “É bom levar vantagem em tudo, certo?” e isso parece que ficou caracterizado como fundamento de todas a conversas, sejam elas de boteco, de shopping, de classe de aula, de serviço, ou seja de qualquer lugar onde envolva dinheiro.
Certamente, sei que tudo envolve em dinheiro, mas espero que um dia, o Brasil dê um reset em todos esses estigmas e pare com todas essa formas erradas contra a moral e os bons costumes, para começar a Governar o País, de uma forma que o País merece.
Nosso Brasil é muito rico, não só em riqueza material, mas como material cultura, exceto por esses pequenos desvios, e merece ser bem governado.
Não haverá nenhuma necessidade de Bolsa-qualquer coisa quando o País tiver uma Escola descente, com continuidade para seu povo, Hospitais e médicos competentes para começar a governar nosso corpo, Segurança pública de bom tamanho, que nos deixe tranquilos ao sair de casa as vinte e três horas, e voltarmos as três da madrugada, sem se preocupar de quando e como seremos assaltados e mortos por um bando de adolescentes.
Continuo dizendo, não haverá necessidade de Bolsa-qualquer outra coisa, quando nossos laboratórios forem bem equipados, nossa indústria bem fortalecida, nossos Cursos Universitários aparelhados com pessoas e objetos de uma boa plêiade de Doutores, Mestres, Pós-Graduados, Bacharéis e Estudantes, empenhados e fazer pesquisas, elevando assim nosso grau de conhecimento.
E com grau de conhecimento elevado, não vamos precisar ficar nos escondendo ou esperneando por ter sido vigiado eletronicamente, mas sim, capacitados a não ser espionados, e tantas outras coisas.
É triste, mas digo-vos,
Prazer em Conhecê-los.
Clóvis Cortez de Almeida

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