Não sou
chegado em futebol, mas dizem no Brasil, que ganhar é bom, mas
ganhar da Argentina é muito melhor.
Vim para Buenos
Aires atrás de um Diploma de Doutorado em Direito, e isso já é
sábio e notório, mas em poucos minutos que tenho por aqui, resolvi
dar uma andada na (bela) Buenos Aires.
Com toda a
sinceridade, fiquei encantado com a Cidade, de avenidas muito largas
e planas que vão de norte a sul, de leste a oeste da cidade, sempre
com semáforos antigos, mas funcionais, apesar do povo quase ser
atropelado por querer avançar o sinal, mesmo estando a pé.
Fui ao
Obelisco, a Casa Rosada, a diversos Museus, livrarias, e diversos
outros lugares comuns que um turista tem que visitar na cidade. O
ufanismo encontrado aqui é grande, e com a organização da cidade,
podem até tentar se acharem um pouco “europeus”
latino-americanos, com livrarias espalhadas por toda a cidade.
Realmente
parece uma cidade cultural, com a quantidade de Universidades
disponibilizadas pelo centro e pelos bairros nobres e pobres da
cidade, onde o respeito ao Professor, ao Mestre, ou ao Doutor, são
de dar inveja a qualquer colégio Brasileiro, até mesmo porque, a
educação que se dão de respeito a eles é tremenda.
Enquanto no
Brasil, os alunos se confrontam com seus Mestres, aqui o respeito é
tão grande, que surge até por vez uma separação entre a classe
discente e a classe docente.
Para não ficar
diferente dos colegas, fui recebido por dois representantes do curso
que me inscrevi, e num verdadeiro “portunhol” fomos nos
comunicando, ficando cada dia que se passava, um pouco melhor nossa
negociação de classe com Ar Condicionado, Cadeiras Estofadas,
Tomadas para nossos Notebooks, Bibliotecas informatizadas e físicas,
que nos levavam cada vez mais ao mundo dos sonhos, ao mundo dos
estudantes que um dia sonharam em fazer o Doutorado.
Recebemos nosso
professor Ernán, um Professor Doutor em Ciências Sociais e Direito
na “Universidad del Museo Social da Argentina” conhecida na
Capital Federal como UMSA. A matéria dele foi então explicada em
Espanhol, e tínhamos que entender (quase) completamente os assuntos
da História do Direito, conversando com Platão, Aristóteles,
Ulpiano, Cícero dentre outras personagens da história que vimos lá
atrás, no nosso ginásio, isso em 1969 à 1974.
Por entre
vários trabalhos que tínhamos que fazer, o Doutor então saía da
sala de aula para resolver seus problemas talvez como discente, ou
talvez problemas particulares, não sei, mas ausentava-se da sala de
aula por muitos minutos, tempo o suficiente, para nós 15 alunos do
Doutorado fazer nossas “fofocas”.
Sempre há na
sala um aluno engraçadinho, um mais estudioso, uma mais legal, e eu,
logicamente o mais velho e o mais instigante da sala.
Sabia que era o
mais velho (inclusive incluindo o Doutor Ernán) porque na sala falei
a todos: “Se houvesse alguém com idade superior a 52 que apenas
mencionasse a mim”, e como não houve manifestação, então me
coloquei como o “pai” da criançada presente na sala.
Um amigo nosso
então veio com uma colocação sobre a cidade Argentina e seus
habitantes, e foi aí que vimos a rivalidade dos povos.
Estávamos
falando sobre troca de moeda entre Real e Peso, Dólar e Peso, quando
esse amigo falou sobre a maior inflação de moedas que um Brasileiro
poderia ter na Argentina.
Ficamos todos
curiosos para ouvir a explicação, quando fomos surpreendidos com a
fala de que ele só faria a explicação quando o Doutor se
ausentasse da sala de aula.
Assim foi, veio
um novo exercício, e com a ausência do Mestre, então o colega foi
até o púlpito e perguntou? “Alguém sabe como se multiplica o
dinheiro aqui na Argentina? Como se pode inflacionar rapidamente em
nosso bolsos o dinheiro?”. Logicamente a resposta foi negativa.
Então esse
colega falou: “Para se ganhar muito dinheiro aqui na Argentina, o
Brasileiro deve vir a Buenos Aires, comprar um Argentino pelo preço
que ele VALE e posteriormente, vender o Argentino pelo preço que ele
ACHA QUE VALE”.
Que os
Argentinos não nos ouçam, mas dá uma bela grana.
Prazer em
Recebê-los.
Bom dia, Mestre.
ResponderExcluirDe novo, desculpe minha ausência. Não estou dando conta dos meus pedidos e estou ampliando um pouco meu negocio, mas, isso e pra depois...
Argentinos são assim mesmo... kkkkkk :)
Abraço fraterno.
Lilith
Boa noite, mestre.
ResponderExcluirPq estais tão mudo? :) Vai me dizer que algum argentino safado comeu sua lingua?!? :)
Quando respondo suas postagens e vc não dá um pitaquinho, parece que to falando sozinha rsrs.
Abraço fraterno.
Lilith
Obrigado querida, estou numa correria muito grande aqui, porque tenho de decidir sobre minha tese. Mas continue agitando-se junto aos seus clientes. Beijos
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