Para quem me conhece
pelo menos a 30 exatos anos sabe que sou uma pessoa sem vícios. Sem
nenhum mesmo. Nada de Cerveja, Vinho, Pinga, Vodka, ou cigarro,
baseado, maconha, crack, nada que possa aviltar minha pessoa.
Não que um dia tenha
feito parte da minha vida, mas já cheguei a fumar cigarros, dois
maços por dia de Continental, nunca menos, nunca mais, mas foram 6
anos seguidos.
Quando morei em
Anápolis-GO, trabalhei por um bocado de tempo na Cervejaria de
Brasília S/A a famosa CEBRASA, onde fui gerente do Posto de Serviço
do Banco Real, que fazia-se presente na Empresa, e toda vez que
perguntavam para meu filho mais velho, o Ygor, o que seu pai foi
fazer, e lá vinha a resposta: Foi beber Cerveja.
A fama não faz a cama
como dizem por aí, mas ainda me lembro quando minha filha Àgnes
nasceu, a Cebrasa me deu uma camisa com a inscrição: O Prazer de
Fazer Bem Feito. Não era uma inscrição jogada ao vento, mas sim
para fazer a publicidade de uma cerveja que estavam lançando, a
Malte 90.
Bem, vamos deixar essa
parte de lado e vamos ao que interessa de verdade.
Passou então 20 anos
quando conheci minha Esposa Lourdes, e papo vai, papo vem, quando
resolvemos então nos casar.
Gostaríamos de fugir,
esse era nosso sonho de consumo, baseado em fatos Reais de filmes que
assistíamos juntos separados fisicamente, mas na mesma bat emissora,
bat canal e na mesma bat hora.
Como esse sonho teria
que ser frustrado, tanto pelo coração dos pais dela como os do meus
pais, resolvemos então fazer nosso casamento em 24 de Dezembro de
2005. Já pensou que data cabalística essa? Não poderia ser melhor.
Fomos ao nosso
apartamento, arrumamos tudo por lá, ela foi para casa dela tomar
banho (isso porque os sogros não permitiriam tal atitude enquanto
não nos casássemos), eu fiquei no apartamento, arrumei as malas e
esperamos a noite chegar.
Não preciso dizer que
foi uma longa espera essa, das cinco da tarde até as nove da noite,
hora da Ceia Natalina Portuguesa, também conhecida como Consoada,
para então unir-nos até o fim.
Assim fizemos,
terminamos a Consoada e rumamos a casa dos meus pais, que também
levaram um baita susto, é claro.
Saímos da casa dos
meus pais, lá pela meia-noite, e fomos..... deixa pra lá, é
intimidade demais para ser escrita.
Já no dia seguinte
fomos rumo a São Tomé das Letras, uma pacata cidade no interior de
Minas Gerais.
Para variar, e só para
variar, pegamos todas estradas vicinais, e então a primeira
surpresa, Dezembro mais Chuva associado a uma estrada de terra, virou
Barro Puro.
Era um tal de gira
volante para direita, vira para esquerda, pisa no freio e no
acelerador, e lá chegamos. Não preciso também falar que ficamos p
da vida ao saber que paralela a nossa estrada havia uma novinha de
asfalto recém-criado.
São Tomé das Letras,
ficou conhecida no tempo de Raul Seixas como a Cidade do Tudo Bem,
entende?
Fomos visitar a cidade,
deixamos o carro na rua, ou seja no estacionamento do Hotel, e vamos
andar.
Tem diversos lugares
muito bacana naquela cidade, e só para fazer um parêntesis, o único
PM da cidade, deixa no portão da Delegacia, sempre fechada, o número
do Celular particular, com os dizeres: Qualquer ocorrência, basta me
ligar. Bem irônico, mas como lá não tem mesmo ocorrências, vale a
pena pelo aviso.
Umas escadarias de
pedra, uma gruta que reza a lenda que vai dar em Machu-Pitchu, no
interior dos Templos Sagrados dos Maias, e uma pedra misteriosa, que
teríamos que subir para atingir seu cume.
Um buteco ao pé da
subida, era a única indicação do início da jornada da Pedra.
Começamos a subir,
vagarosamente, ao nosso rítimo, pois estamos falando de dois jovens
de vinte e tantos anos. Melhor não fazer as contas não é.
Mas os passos mais
vagarosos nos ia deixando cada vez mais sem ar, ficava rarefeito, e
mais nossas pernas já não nos ajudava a manter-nos em pé.
A Lourdes parou nos
cinqüenta primeiros metros e sentou-se numa espécie de muro de
pedra, criado naturalmente, e falou para mim, que desejava um suco ou
um refrigerante para aguentar a subida.
Bem, eu mais moleque,
desci os cinqüenta metros em uma carreira de fazer gosto, chegando
rapidamente ao buteco ao pé da montanha de pedra.
Cheguei colocando
metade da língua para fora, e a outra metade também, recuperei o
fôlego e fui pedir ao balconista um refrigerante, o mais comum: Uma
Coca.
O balconista ao ouvir
meu pedido: “Me dá uma Coca” "por favor", me olhou assim, daquele
jeito mineiro de olhar, raspou a mão direita na barba, cujo barulho
de lixa se ouvia do outro lado da cidade.
Me olhou de cima em
baixo, para ver se eu não estaria grampeado, e num gesto rápido me
chamou em um canto daquele bar.
Falou a seguinte frase:
“Olha moço, para quem é a Coca?”. Eu respondí, para minha
esposa que está subindo a ladeira e sem ar para chegar ao final,
deseja uma Coca para dar-lhe as forças que faltam para o término
da subida.
Ele mais uma vez, do
jeito mais mineiro ainda, me olhou, olhou, olhou, e então foi
falando: - “Olha aqui seu moço, se ela desejar fumar aqui mesmo,
então fale para ela vir até aqui atras do Bar, ou então se desejar
fumar lá em cima, não vai ter problema, o policial já está
acostumado(com os baseados da turma), e mesmo assim, neste horário está no almoço” “Só
volta lá pelas três da tarde”.
Foi um espanto e até
explicar que o que a Lourdes queria era um refrigerante........
Depois de muitas
risadas subimos até o cume mais alto, da montanha mais alta daquele
reino Tão Tão Distante.
Tem Coca í na
Geladeira??????
Prazer em Recebê-los
Prazer em Recebê-los
Gostei de ler mais um conto seu!
ResponderExcluirObrigado minha querida, sempre é bom ter um estímulo deste.
ResponderExcluirOi, Mestre...
ResponderExcluirTá falando sério?
Tenho um número melhor para a Cabala... Mas, nem te digo ainda pq preciso saber ao certo o significado do número 8. Deve ter alguma relação ou com o Circo de Soleil ou com a Estrela de Davi... Vai saber...
Ah, o bom humor... :)
No mais, adoreeeeei o mineiro doidão e chapado. Da próxima vez, não que casar, mas, que subir ladeiras, aconselho pedir uma limonada. Pelo menos, refresca mais. Coca-cola tem muito sal em sua composição, vem daí a vontade eterna de beber mais...
Abraço fraterno.
Lilith.
Muito legal querida, mas deixa-me dar-te uma explicação sobre a cabala do número 8. Trata-se de um número que escrevemos errado. A bolinha do número 8 maior, deve ficar em cima da bola menor do 8. Daí sim o significado cabalístico. O micro-cosmo se aproximando ao macro-cosmo. O homem se achegando a Deus. É muito profundo esse número. Aliás todos os 10 números que conhecemos tem significado profundo. O circ de Soleil ou o Círculo do Sol, ou a Estrela de Davi possuem significados muito mais relevantes que um dia, se puder te explico ok? Beijos querida.
ResponderExcluirAh, que bom... Pq o 8 é a soma do meu aniversário, data importantíssima prá mim, pois o mundo ficou muito mais feliz depois que eu vim prá cá. A gente num acende uma vela prá deixar embaixo da mesa, né? Mesmo pq, pega fogo na toalha, rsrs.
ExcluirTinha que ter uma coisa boa nessa soma... Algumas vezes, por n razões, penso o 6 ser melhor sob alguns aspectos. :) Mas, enfim... Tb assunto para outras conversas.
Sobre o micro se aproximar do macro-cosmo... Isso não dá uma catástrofe? Eu acho que dá. :)
Maluca, claro, para saber o significado do Circulo do Sol e da Estrela de Davi... Do Circo de Soleil, acho que ja descobri com o número 6. :D Aaaaai, meu Deus. :D
Adoro falar com vc.
Abraço fraterno,
Lilith.