Almofada Vermelha
Coisas inexplicáveis
Quando
desejamos dar um cunho científico e uma credibilidade na história
sempre nos recorremos a ciência, para que depois de tudo comprovado se
torne verídico aos olhos de quem está lendo ou ouvindo.
Pois bem, essa história, apesar de verídica não posso me recorrer de cientificidade, mas vou narrar.
Um
tio meu (já falecido) era na época escrivão de polícia em uma delegacia
do interior de São Paulo e sua residência era numa cidade vizinha.
Em uma determinada noite, me convidou para que fosse passar o “plantão” com ele na delegacia.
Sabe como é que são as coisas, jovem, cheio de entusiasmo, lá fomos.
A
Variant 74 azul andava a boa velocidade quando no meio da estrada
observamos uma senhora com uma almofada vermelha nas mãos acenando
desesperadamente pedindo socorro.
Meu
tio, mais que depressa parou o carro o foi-se ter com a senhora, que
chorava muito dizendo que logo mais, numa curva à frente havia um ônibus
capotado e que uma criança estava sob o corpo de uma mulher.
Meu
tio falou então que ela viesse conosco para o local do acidente, mas
ela relutou dizendo que com o gesto da almofada vermelha iria procurar
mais ajudas, devido a quantidade de feridos que havia.
160
por hora e chegamos em menos de 3 minutos. Lá estava o ônibus, e
realmente o choro de uma criança, abafado pelo corpo de uma mulher morta
sobre ela.
Meu tio, com experiência policial, afastou a mulher e levou um choque violento.
Era a mulher que estava acenando com a almofada.
Outros
carros pararam e comentaram que uma pessoa havia avisado sobre o
acidente, e o que mais nos impressionava era que as pessoas avisadas
vinham de diferentes direções e descreviam a mesma pessoa. A mulher da
almofada vermelha.
Hoje,
depois de 32 anos do episódio não tenho outra explicação a não ser o
amor de uma mãe, mesmo na morte, por sua filha que certamente padeceria
se a ajuda não fosse dada.
Contei
isso a várias pessoas, alguns tentam me convencer na visão espírita,
outros na visão católica, outros na evangélica, outras na muçulmana,
outros na indiana, mas pouco importa para mim tais explicações.
Não me deixo de emocionar por saber que quer eu aceite ou não, havia a presença de Deus acenando aquela almofada vermelha.
Pelas
obras de benemerência e pela humanidade que foi conduzida vida digna em
que meu tio viveu, foi dado nome de uma delegacia da Cidade de Sorocaba
em sua Homenagem. “Delegacia Roque de Almeida”.
Prazer em recebê-los
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